Na reta de chegada do Brasileirão eu esperava estar agora com uma calculadora na mão para avaliar as chances de título.
Foi Roger Machado quem me deixou assim confiante.
Antes dele, a calculadora serviria para contar os pontos que faltariam para garantir presença na séria A em 2016. Eu, como muitos, temia um desastre.
Mas veio Roger para erguer minha auto-estima a um patamar que eu não alcançava faz tempo.
É claro que sempre ponderei que o Grêmio não teria grupo para suportar uma maratona de jogos. Por isso, apostei minhas fichas num tiro curto, a Copa do Brasil.
Me quebrei. Sobrou o Brasileirão. Quando o Grêmio bateu o Atlético em pleno Mineirão – jogo dos seis pontos – logo depois de golear por 5 a 0 – não canso de repetir esse resultado -, cheguei a sonhar que havia chance de título, caso o Grêmio mantivesse essas atuações e o Corinthians começasse a desandar minimamente.
Nem uma coisa. nem outra. O futebol do Grêmio está se esvaindo rodada após rodada, enquanto o do Corinthians se robustece.
Resta a vaga direta para a Libertadores.
É aí que tenho usado minha calculadora. Antes da catastrófica derrota para a Chapecoense em plena Arena, eu acreditava que a vaga era uma meta fácil de se atingir.
Havia apenas o Santos no calcanhar. Hoje, são três, São Paulo e Inter. O Inter é o sexto com os mesmos 50 pontos dos demais, mas para certos setores ele já está no G-4.
O Grêmio ainda está numa situação tranquila, consequência da gordura acumulada nos melhores momentos do time.
Mas, como alertei dias atrás aqui, o momento é delicado.
O Grêmio arrancou um empate contra o Vasco. Se o Santos tivesse vencido – deu empate também por 0 a 0 – o Figueirense fora, estaria a quatro pontos do Grêmio.
E aí, como as águas dos rios e riachos que transbordaram deixando muita gente desabrigada, bateria o desespero. E quanto bate o desespero a gente sabe como funciona. Nada mais presta. Que é o pior erro que se pode cometer.
O empate contra o Vasco acabou sendo bom, diante do futebol ruim que o Grêmio jogou, tanto defensiva como ofensivamente. O Vasco chegou com perigo muitas vezes e se não estivesse nessa situação desesperadora talvez tivesse aproveitado melhor seus arremates.
A zona frontal diante entre o meio campo e a grande área do Grêmio parecia o Largo Glênio Peres de tanto espaço que os vascaínos ganharam para atacar.
O Grêmio, claro, também teve chances. No fim das contas, o empate foi justo. Combinado com o empate do Santos, um ótimo resultado.
Domingo, contra o Flamengo na Arena, eu só espero uma coisa do Roger Machado: a volta de Luan como falso camisa 9, com Pedro Rocha ou Éverton, que entrou bem ontem, fazendo o lado esquerdo.
Chega de invenção!
Ah, como é bom ter um goleiro seguro, confiável.
INTER
O sonho de todo colorado neste exato momento em que o Inter divide o quarto lugar em pontos com SP e Santos, não é apenas entrar no G-4, mas, principalmente, passar à frente do Grêmio. Seria o resgate da expressão ‘flanelinha’.
Mais um motivo para o Grêmio começar a reagir.
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