O Grêmio não chegou a jogar bem, mas jogou o suficiente para bater o Toluca por 1 a 0, placar que deve afastar o time de longas viagens na próxima etapa da Libertadores.
O resultado não é fiel ao que aconteceu em campo. O Grêmio foi superior, criou boas chances para ampliar, enquanto seu adversário praticamente não levou perigo ao goleiro Marcelo Grohe.
A verdade é que as duas equipes não jogaram a 110% como é comum em jogos decisivos da Libertadores. O que é bem razoável, já que as duas equipes já estavam classificadas. Por isso, o Toluca jogou desfalcado, mais preocupado com o jogo contra o América, sábado, pelo campeonato mexicanos.
O Grêmio, sim, precisava do resultado para escapar de um adversário mais distante, que poderia ser o próprio Toluca em caso de derrota.
Por isso, o time de Roger largou com tudo sobre os mexicanos. Aos 15 minutos, Ramiro marcou, entrando em diagonal na área e desviando um lançamento primoroso de Luan. O Pequeno Grande Volante é meu titular na lateral-direita.
Os mexicanos só começaram a mostrar mais disposição ofensiva no segundo tempo. O Grêmio diminuiu de ritmo. Ainda assim, o Toluca pouco criou ofensivamente, enquanto o Grêmio ainda criou mais duas ou três boas oportunidades de gol.
Visivelmente, havia uma preocupação entre os jogadores do tricolor em se preservar para o jogo contra o Juventude, nesta quinta, em Caxias.
Roger, tratou de preservar Douglas, colocando Lincoln mais cedo do que de costume. Fora isso, Douglas foi apenas esforçado no jogo.
Lincoln custou um pouco a entrar no ritmo do jogo, o que é normal. Independente disso, ele não foi tão bem quanto em jogos anteriores. Ousou pouco, foi burocrático. Inclusive bateu mal os escanteios.
Talvez tivesse ido melhor se Roger escalasse mais um jogador de velocidade pelos flancos. Mas o técnico optou por outro camisa 9, Henrique Almeida, que substituiu BobÔ.
Estaria Roger abrindo mão do esquema vencedor do Brasileirão passado, rendendo-se aos aipins flexíveis?
É o que saberemos com o passar dos jogos.
Infelizmente, percebo que essa é a tendência de Roger.
Ao menos até a volta de Miller Bolaños.