O Grêmio do segundo tempo contra o Flamengo tem todas as condições de fazer campanha e ainda brigar pelo título do Brasileirão.
Ainda á preciso melhorar alguma coisa, mas qual time na competição que não precisa melhorar? Não existe nenhum favorito.
Em duas rodadas não aparece nenhuma equipe com duas vitórias. É um indicativo de que não há bicho-papão no campeonato.
Então, o Grêmio está naquele bolo dos que vão disputar ponto atrás de ponto para chegar na reta final com habilitação para o título.
Se estou parecendo exagerado é porque quero fazer um contraponto aos torcedores pessimistas e aos terroristas vermelhos que questionam Roger e duvidam da capacidade do grupo tricolor, como se houvesse grupo superior nas imediações ou até mesmo Acima do Mampituba.
O Grêmio enfrentou os dois clubes de maior torcida. Somou quatro pontos em seis.
A defesa, peneira na Libertadores se transformou numa muralha. É a única que não sofreu gol. Incrível!
Sinal de que Roger Machado trabalhou muito bem ali, o que significa dizer que merece crédito, que aqueles que o querem longe da Arena talvez estejam sendo exagerados por conta de anos e anos de frustrações acumuladas.
Para mim, Roger ainda é o técnico dos 5 a 0. O técnico que arrumou o time herdado de Felipão.
Mas, por ser um técnico em formação, Roger acabou cometendo erros.
Talvez por ouvir e levar em alta conta conselhos de pessoas que ainda não saíram da década de 90, pessoas que ainda sonham com Arce cruzando e Jardel cabeceando.
Pessoas que defendem o típico centroavante, mesmo que esse centroavante seja um jogador muito limitado como é Bobô. O grande centroavante sempre terá um esquema voltado para si.
Não existe chance de armar um esquema para Bobô.
O jogo contra o Flamengo foi emblemático. O intervalo um divisor de águas.
A troca de Bobô por Éverton elevou o time que estava em campo a um patamar superior.
O time do segundo tempo é o time que muitos torcedores querem. Foram criadas inúmeras situações de gol.
É o time que defendi no comentário na véspera do jogo. Um time sem Douglas e sem Bobô.
O próprio gol é um sinal de a mudança deve ser mantida. Quem bateu o escanteio para Fred marcar foi Éverton. Nem Douglas, nem Luan, os cobradores de sempre.
Veio um cobrador novo e deu-se o milagre: um gol de cabeça em escanteio.
Coincidência ou não, quando Roger não resistiu e mandou Douglas para o campo, o Grêmio decaiu. O Flamengo cresceu nos minutos finais e por pouco não empatou.
O grande goleiro Marcelo Grohe cometeu uma falha bisonha. Mas nada que ofusque sua biografia. Aliás, Grohe quase não trabalhou. Fez uma defesa muito difícil e só.
Foi uma vitória mais do que justa. Li e ouvi comentários de gente querendo diminuir a importância da atuação e do resultado.
Vitória ‘magrinha’, dizia uma manchete. Lamentável.
O fato é que o time ganha moral para enfrentar outra pedreira: o Atlético Mineiro, na quinta-feira.
Não terá Bolaños. Pedro Rocha deve ser o substituto.
Bobô pode ficar no banco como alternativa de jogo.
EDILSON
Fez um estreia auspiciosa. O primeiro tempo foi muito bom. Seu grande lance foi uma metida para Giuliano, que se atrapalhou na jogada.
No segundo tempo, foi mais discreto, até porque o Flamengo começou a jogar mais pelo seu lado.
Foi driblado por Alan Patrick (que jogou muito bem ) no lance em que Grohe quase fez gol contra.
Nota 7.
ARGEL
Grande vitória do Inter sobre o São Paulo. Aqueles que diziam que Argel havia armado o esquema chama-derrota fizeram um recuo estratégico.
Argel conhece o grupo que tem, diferente de muitos analistas esportivos.
O Inter humilde resistiu à pressão do adversário e aproveitou as duas chances de gol que teve nos 90 minutos.
Em caso de derrota, Argel estaria hoje ouvindo poucas e boas.
De retranqueiro e covarde para baixo.