Fazer terra arrasada da derrota por 4 a 3 diante do Palmeiras, em SP, é uma demasia. É coisa de quem espera demais de um time mediano, do nível de todos os demais candidatos a título do Brasileirão.
Esse time que fracassou na Libertadores, no Gauchão e na Liga estava fazendo demais, acima do que previam os mais otimistas.
Dói mais quando a realidade despeja um balde de gelo sobre a empolgação.
Se não houvesse uma CBF no meio do caminho, com seu preposto Dunga para tornar a caminhada ainda mais espinhenta, até seria possível projetar uma disputa pelo título.
Hoje, o grupo do Grêmio é modesto, mal dá para formar um time competitivo. Um time que perde força e se fragiliza quando cede jogadores para a seleção passear nos Estados Unidos.
A direção tem muito trabalho pela frente. Precisa qualificar o time.
Já no primeiro jogo sem Marcelo Grohe a defesa menos vazada, com zero gol em quatro jogos, escancarou as deficiências conhecidas anteriormente.
Bruno Grassi levou quatro gols. Tenho dúvidas se Grohe evitaria os gols, talvez o segundo, onde me parece ter ocorrido uma falha técnica de Grassi. Ele, acredito, poderia ter dado um passo para trás para só então tomar impulso e afastar a bola que o encobria.
Mas a falta de Grohe se deu principalmente pelo entrosamento com os companheiros. É muito importante o goleiro estar alinhado especialmente com seus zagueiros. E isso estava acontecendo. A zaga vinha bem.
Nesses quatro jogos ninguém ergueu a voz para criticar Bressan, que estava dando conta do recado.
Com os quatro gols sofridos, sobrou para Bressan. Vi erro de posicionamento e descuido coletivo nos gols de cabeça.
Vi erro no primeiro gol do Palmeiras, numa bola metida por Dudu, que depois daria outras duas metidas preciosas, contra nenhuma de Douglas, figura apagada no jogo.
Ali me pareceu que Bressan foi desatento e lento, mas velocidade nunca foi seu forte.
No segundo gol, baixou um capeta verde que levou a bola para a rede tricolor. Gol de Roger Guedes, um guri de Ibirubá, que ganhou uma disputa com Wallace, frouxo no lance.
A entrada do inquieto Guedes, que tem apenas 19 anos, no lugar do aipim Alexsandro, melhorou muito o Palmeiras. Outro jogador que chamou minha atenção foi Moisés, um volante que faz área a área.
O terceiro gol foi de Vitor Hugo, notório cabeceador na área alheia. Um perigo. Pois ele cabeceou sozinho metendo-se entre Bressan e Geromel. Aí houve falha de Luan que estava ao lado do zagueiro na risca da grande área e não o acompanhou. Colocar Luan para marcar o melhor cabeceador do Palmeiras é um desatino.
No quarto gol, a bola voou sobre a área, dois metros acima de Bressan, e alcançou Thiago Santos, que escapou de Marcelo Hermes para cabecear.
Como se percebe, muita gente cometeu erros. Alguns começaram bem antes de o jogo começar.
EDILSON
Grande partida do Edilson. Eu critiquei muito sua contratação. Ele fez a belíssima jogada para o segundo gol de Giuliano. Depois, marcou um gol em jogada individual, cheia de iniciativa e indignação. Gostei, apesar de alguns descuidos defensivos, mas nada significativo.
Só espero que ele não tenha uma recaída.
PONTE PRETA
Só existe uma maneira de exorcisar essa derrota em SP.
É vencer a Ponte Preta neste domingo, 16h, e continuar somando pontos rodada após a rodada para ver no que dá.
Para isso, é importante que a torcida siga acreditando e não se encolha.
É isso que ‘eles’ querem.