Os sinais são de que Roger Machado vai mesmo adotar o esquema com três volantes. Eu aqui de longe, sem os elementos que o técnico gremista possui, é bom frisar, considero um equívoco tal decisão.
Entendo que escalar três volantes, mesmo que sejam de boa qualidade como são Wallace, Maicon e Jailson, deveria ser uma alternativa de jogo, diante de determinadas circunstâncias, levando em conta as características do adversário da hora.
Pelo jeito Roger gostou tanto do time assim que já deu a entender que irá mantê-lo.
Contra o Atlético Mineiro, na Arena, o esquema mostrou seu ponto positivo: dominou amplamente o setor, amordaçando o galo, que foi cantar só no final, numa estocada mortífera. Mas cantou, e aí o Grêmio já estava com quatro volantes.
E é aí que mora o perigo. O quarto volante, o volante número 1 para substituir qualquer um dos três titulares é Ramiro.
Então, na ausência de um dos três, Ramiro; na tentativa de reforçar o meio para garantir um resultado positivo nos minutos finais, Ramiro.
Já se viu que Ramiro entra e o time cai de rendimento.
Vejam, não sou contra Ramiro. Entendo que é um bom jogador de grupo, mas não pode ser alternativa primeira nunca. Ramiro não pode ser o 12º jogador de um time que mira o título brasileiro.
Há um levantamento aí provando que com Ramiro em campo o Grêmio obteve a maior parte dos seus resultados negativos. É um dado, a ser considerado pelo técnico tricolor.
Eu preferia manter uma dupla de volantes e ter um meia atacante mais agudo, que aliás faltou na partida contra o Atlético. O Grêmio teve amplo domínio, mas não criou muitas situações claras de gol até por falta de uma jogada que foi perdida, pelo jeito, com a saída de Giuliano.
Sei que há jogadores na base – Roger está observando de perto a gurizada, e isso merece ser elogiado – que poderiam ser testados.
Minha bola da vez seria investir firme em Lincoln.