O Grêmio está numa encruzilhada, e sob fogo cruzado, o chamado fogo amigo que se alastra nas redes sociais.
Está na hora de uma trégua. Aliás, já passou da hora.
Quem sabe não seria o caso de seguir o exemplo vermelho? Os colorados, constrangidos, emudeceram, com exceção de alguns que nunca perdem a pose, a soberba.
Os colorados fizeram uma pausa nos ataques ao time, ao técnico, aos dirigentes.
Afinal, a segundona está aí, acenando. O que fazem os colorados? Se unem. Claro, é uma união momentânea, que pode se dissolver em caso de derrota para o Santos, por exemplo.
Aí, volta o ‘portão 8’. Porque a trégua no futebol não resiste a um resultado negativo.
Cabe neste momento ao gremista recolher suas bazucas, metralhadoras e ovos podres. Suspender o fogo pesado no tuíter, feice e tudo mais
Se o Inter está atormentado pelo fantasma do rebaixamento, os gremistas têm pesadelos pelos 15 anos sem grandes títulos – e ultimamente até títulos menores.
Sempre que o Grêmio entra em campo seus jogadores levam sobre os ombros 15 anos de frustrações, decepções e revolta de seus torcedores.
Não importa se eles chegaram agora e a responsabilidade deles nesse latifúndio de seca é pequena. Vale o mesmo para o técnico Roger e dirigentes.
Mas o torcedor quer resultado agora, e faz a cobrança de quem está no comando, de quem entra em campo com o manto tricolor.
Agora, no momento de fragilidade e instabilidade, é hora de o torcedor fechar com a causa tricolor em todos os sentidos, a começar por acenar a bandeira branca nas redes sociais, acessada por muitos ou todos os profissionais do clube.
Mais do que nunca é hora de exercitar a tolerância, de torcer como quem busca o Nobel da paz.
O Grêmio se encontra numa encruzilhada, e nós ‘tamo junto’.
Uma vitória sobre o Coritiba mantém o time na briga pelo título, que está difícil, mas não impossível.
O empate nos deixa à espera de uma milagre, sonhando com uma vitória sobre o líder Palmeiras no domingo.
Já uma derrota leva ao caminho dos que podem chegar no máximo a uma vaga na Libertadores.
Sem contar que pode gerar uma crise das mais terríveis até em função do processo eleitoral.
O caminho a ser seguido depende também, e muito, dos torcedores.
A hora não é de incendiários, mas de bombeiros.