O que importa no final das contas são os 3 pontos

O Grêmio entrou naquela fase em que vitória por 1 a 0 é goleada. O Inter está nessa também. O que importa são os três pontos. Para o Grêmio, cada ‘goleada’ é um degrau a mais para quem agora disputa apenas vaga na Libertadores/2017. O título, sonho acalentado diante do futebol vistoso e eficiente que o time apresentou durante parte do Brasileirão do ano passado e em alguns jogos isolados nesta temporada, ficou inatingível.

Para o Inter, três pontos em um jogo seria uma benção divina, mas penso que pecados acumulados impedem que essa graça seja alcançada. Assim, a cada rodada o Inter mais firma os pés no terreno pantanoso que conduz ao rebaixamento.

Neste domingo, até fez um segundo tempo bom. Mas acabou perdendo da mesma forma: 3 a 1 diante do Atlético, em MG. O resultado em si é até normal, mas para quem precisa de ar pra respirar foi mais um desastre. Pelo que ouvi do guru Fernando Carvalho, Roth segue no comando do time. Se ele cair, pode sair todo mundo do futebol, inclusive FC. Boatos são conta de que Lisca está contratado.

O fato é que Jesus está chamando, e o presidente Piffero, do alto de sua soberba, continua se fazendo de salame (seja lá o que isso significa).

Já o Grêmio ao que tudo indica está deixando para trás o jogo de toque-toque para algo mais realista em função da qualidade de seus jogadores. Pragmático, Renato viu aquilo que Roger teimava em não perceber: com esse time não dá pra querer imitar o Barcelona.

Deu certo por um tempo, e foi bom – sinto saudade dos dois ou três meses dourados da temporada passada -, mas acabou. 

Se até o casamento da Angelina Jolie e Brad Pitt terminou, por que o esquema implantado por Roger não chegaria ao fim?

Então, consciente de sua nova realidade, o Grêmio busca um novo caminho. O momento é de transição na forma de jogar, mas já está claro que o Grêmio de Renato não dará show, e talvez não empolgue como o que Roger exibiu logo que assumiu o time, mas sem dúvida será um Grêmio que se propõe a jogar um futebol mais vertical, incansável na busca pelo gol e ainda mais incansável para garantir a vantagem eventual.

Foi mais ou menos o que aconteceu na Arena na vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense. O Grêmio venceu, mas não seria injustiça se o jogo terminasse empatado. No final, Renato mostrou a que veio: sacou um atacante e colocou o zagueiro Thieri.

Na entrevista pós-jogo, admitiu que era para garantir os três pontos. Fez muito bem o Renato. Se o ataque titular já é ineficiente, o que esperar dos reservas? Não muito mais, certo?

Então, entra um zagueiro para os pontos preciosos, pontos que se tornaram escassos nos últimos jogos e que, por isso mesmo, merecem ser festejados como um goleada.

Afinal, é somando pontos que se conquista um título ou se escapa do rebaixamento.

ELEIÇÃO

Minha chapa, a 4, de Situação venceu. E teria vencido com folga maior se o time estivesse bem no Brasileirão, disputando título. Aí talvez eu entrasse no CD tricolor, um sonho que transfiro para a próxima encarnação. Como minha posição na lista de 150 nomes era ali na zona do rebaixamento, fiquei de fora.

Mas estou contente porque 14 companheiros do meu grupo, o Multicampeão, passam a integrar o Conselho.

O corpo de conselheiros do Grêmio, sem dúvida, fica mais qualificado com esses parceiros.

E quem mais ganha com isso é o clube.