Chifre em cabeça de cavalo

É inevitável. É uma força maior que me impele a procurar chifre em cabeça de cavalo a cada jogo desses clubes que estão na zona de rebaixamento.

Em cada um deles vislumbro uma sacanagem para beneficiar o Inter. Sim, acredito na força da ‘suati’ e no poder da grana. Sim, não acredito que o futebol seja imune à corrupção.

Por isso, a cada jogo do Inter, principalmente, procuro descobrir se o juiz está na gaveta, se um bandeirinha é cúmplice, se tem jogador engavetado, e por aí vai.

Se o jogo for precedido de boatos nebulosos como esse Inter x Santa Cruz, aí mais eu aguço meus sentidos. É uma coisa doentia, eu sei, mas como escrevi acima é uma força maior que me leva como uma gigantesca onda.

Eu não gosto de ver jogos do Inter. Mas é por um bom motivo: sempre que eu vejo o jogo todo o tempo o Inter se dá bem, de um jeito ou de outro. Exemplo: não vi o jogo glorioso contra o Mazembe. Não vi porque acredito no meu poder de levar tudo ao contrário.

Estou pensando em fazer terapia, mas acho que é muito tarde. Estou velho demais pra essas coisas.

Além do mais, percebo que esse meu ‘poder’ já não é tão eficaz.

Exemplo: o jogo de sábado no Beira-Rio, estádio lotado, tingido de vermelho. Os colorados felizes, prevendo uma vitória tranquila, sem sustos, sobre o pobre do Santa Cruz.

Pois não é que o Santa Cruz endureceu? E eu vi todo o jogo, do primeiro ao último minuto. Só saí pra urinar e dar uma espiada nos reservas do Grêmio (jogo horrível).

Não desisti nem quando deu o gol do Vitinho. Aliás, se o juiz quisesse poderia ter anulado esse gol.

Pensei: arbitragem na gaveta. Será que o time também está na gaveta, não todo o time, mas um ou outro jogador?

Os minutos seguintes provaram por A mais B que se havia gaveta era no lado do Inter, de tão mal que o time jogou. Olha, se o time seguir jogando o que jogou sábado não escapa da degola – se o Vitória do Argel der uma melhorada.

O que parecia impossível aconteceu, e num momento que me levou a desconfiar que continuo ‘poderoso’. Saí da frente da TV pra fazer um chimarrão e, quando volto, estava escrito no alto da tela: 1 a 1.

Pensei em mudar de canal. Mas decidi desafiar os astros. O jogo ficou no empate até o final. Ficou a dúvida: e se eu  tivesse deixado de ver Inter e Santa Cruz os pernambucanos teriam vencido?

Não adianta, nunca saberei, mas uma coisa é certa: não vou desistir de provar que não tenho nenhuma responsabilidade nos resultados positivos do Inter. Vou continuar secando ao vivo, mas agora com uma nova estratégia: sair da frente da TV ou mudar de canal por alguns minutos pra ver se a magia não se repete, como aconteceu contra o Santa Cruz.

O gol do Santa Cruz foi algo absurdo: Léo Moura, que continua sendo um grande jogador, cabeceou livre dentro da pequena área. Parecia até impedimento. Mas a arbitragem, provando sua seriedade, referendou o gol. Alívio.

O Inter, tão festejado pela mídia vermelha nos últimos dias, não foi capaz de encurralar o adversário, nem com todo apoio da torcida.

Anderson, ungido craque recentemente pelo ‘deus’ Carvalho e sua legião de admiradores da mídia, entrou e nada fez. Foi uma atuação péssima do Inter, que até pode escapar do rebaixamento porque tem outros times tão ou mais ruins, mas que o clube está merecendo uma temporada no inferno da segundona, está.

FIGUEIRENSE

O Figueira é pior que o Inter. Sofreu para garantir o empate diante dos reservas do Grêmio, que, pelo pouco que vi, não jogaram nada. Só escapou a dupla de área, em especial Thiery.

No finalzinho, o Grêmio quase vence. Achei que o empate foi de bom tamanho. Não adiantaria perder, porque o Figueira está com a alma encomendada. Mesmo com os três pontos sobre o Grêmio ele não escapa da queda.

Tem uma vaga para o rebaixamento, e acho que é disputada por Inter e Vitória.

MALA PRETA

O vazamento da denúncia de uma possível mala preta para o Santa Cruz perder prejudicou um eventual acordo.

Acredito na denúncia. Soube que o jornal desmentiu, dizendo que não havia documento ou algo assim pra provar.

Ora, esse é o tipo de coisa que fica o dito pelo não dito.

Ninguém vai assinar um recibo.

Essa situação vazou. Fica a dúvida: há, houve ou haverá novos casos de mala preta?

Agora, eu desconfio de mala branca para o Santa Cruz não perder. É apenas uma desconfiança.

Não adianta, preciso me tratar…

Denúncia de mala preta no Brasileirão

Um repórter do tradicional Jornal do Commercio, de Recife, setorista do Santa Cruz, publicou em seu facebook uma informação estrondosa: alguém ligado ao Inter teria tentado engavetar o time pernambucano, adversário colorado neste sábado, no Beira-Rio.

Quem não leu, pode conferir no cornetadorw:  

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/10/o-voo-do-bumeranguedouglas.html  

É o tipo de coisa difícil de acreditar, mas que acontece. O mar de corrupção que assola o país não deixaria livre o futebol.

São inúmeras as histórias de mala preta no futebol, não apenas aqui, mas em todo o mundo.

Agora, é curioso que o Inter, nessa evolução tão festejada pela mídia gaúcha, se preocupe em comprar um time tão frágil, tão inofensivo.

A equipe da rádio Guaíba, praticando o bom jornalismo, foi atrás da informação. Foi checar a fonte. O sempre atento Flávio Dal Pizzol entrevistou o repórter Diego Toscano, que não só confirmou a informação – que teria vindo dos jogadores – como se colocou à disposição do STJD para maiores esclarecimentos.

A direção colorada, é claro, nega essa tentativa de mala preta. 

O repórter sustenta a informação.  

Resta esperar que as autoridades do futebol busquem conhecer a verdade.

Ou que a própria imprensa, inclusive a nossa, investigue mais essa história. Até para afastar qualquer dúvida.

Mas a tendência é de que o assunto não evolua, e que tudo fique por isso mesmo. Como já aconteceu tantas vezes.

Ah, estou tentando contato com o jornalista Diego Toscano. Quem sabe ele não passa alguns nomes…

REPERCUSSÃO

O caso repercute em todo o país. É um assunto sério que precisa realmente ser apurado. Até em favor do próprio Inter, envolvido numa situação escabrosa.

Confira:

http://espnfc.espn.uol.com.br/internacional/blog-do-povo/11501-inter-acusacao-de-mala-preta-precisa-ser-investigada

 

Grêmio mostra que é o melhor entre os semifinalistas

Com todo respeito aos demais semifinalistas da Copa do Brasil, mas o Grêmio mostrou esta noite, no Mineirão, diante de 50 mil torcedores do Cruzeiro, que tem o melhor futebol entre os quatro times que buscam o título do torneio.

O Grêmio já havia feito uma apresentação exuberante no primeiro jogo contra o Palmeiras, que é bastante superior ao time de Mano Menezes.

Aliás, escrevi o seguinte no comentário anterior: “Quem bateu o Palmeiras, virtual campeão brasileiro, pode repetir a dose em cima dos mineiros”.

O futebol muitas vezes é complexo, mas em outras tantas é muito simples. 

Pois com simplicidade mesclada com sofisticação, o Grêmio se impôs ao Cruzeiro, marcou 2 a 0 e encaminhou sua presença na final da Copa do Brasil de 2016. 

É o Grêmio recuperando sua fama de time copeiro, de vencedor de mata-mata. Antes do Palmeiras teve outro obstáculo de respeito, o Atlético Paranaense.

É o Grêmio mostrando que consegue vencer também fora de casa, longe da Arena e de sua torcida.

É o Grêmio de Renato Portaluppi e, sim, de Roger Machado.

Renato deu seu toque pessoal ao futebol elegante e vistoso do time herdado de Roger. O time de Renato tem mais pegada e mais indignação.

Contribui muito para isso o argentino Kanneman, que não cansa de mostrar as travas das chuteiras e de se jogar em cada disputa com o corpo e a alma. Por vezes, exagera, como nos dois carrinhos frontais que deu, um deles resultando em falta perigosa e outro em cartão amarelo.

Kannemann pode pecar pelo excesso, nunca pela omissão ou negligência. Ele e Geromel formam uma grande dupla de área, sem dúvida a melhor em atuação no futebol brasileiro.

Com certeza, toda essa qualidade contribuiu para que Marcelo Grohe fosse pouco exigido. Importante destacar também o cuidado do time para não fazer faltas pelos flancos e ceder escanteio.

Orientação do ‘neófito’ Renato Portaluppi, que teve a sabedoria de manter a estrutura deixada por Roger, acrescentando detalhes que tornam o Grêmio esse time vibrante, competitivo e por vezes refinado, como na jogada que resultou no primeiro gol, o golaço de Luan.

O Grêmio ficou mais de um minuto com a bola nos pés, saindo da esquerda, passando para a direita e voltando para a esquerda, deixando zonza a defesa do Cruzeiro.

Jogada que começou com Wallace, passou por meio time e que terminou num toque sutil de Marcelo Oliveira (tão criticado) para Luan, que colocou por cima do goleiro para marcar um dos gols mais bonitos da temporada. 

Foi como um lance de três pontos no basquete, certeiro, preciso, genial.

Depois, o segundo gol, com Ramiro (outro tão criticado) metendo uma bola milimétrica para Douglas invadir a área e bater de direita, deslocando o goleiro mineiro.

ATLÉTICO

No outro jogo da fase semifinal, o Atlético bateu o Inter por 2 a 1. Com isso, também encaminhou sua classificação na finalíssima da Copa do Brasil.

Assim, se não houver surpresa, Grêmio e Atlético Mineiro decidem o título.

O Atlético, como já escrevi, é um time com estrelas que já não brilham como em outros tempos, mas que podem encontrar a qualquer momento um tanto do brilho que um dia tiveram.

Vejo o Grêmio como favorito. Afinal, é o melhor entre os quatro. Com todo respeito.

RANÇO

Depois dessa rodada da CB, aguardem o ranço, a inveja e o despeito dos setores vermelhos – perfeitamente identificáveis – da mídia gaúcha.

Ascensão tricolor e o ataque a um grande gremista

O Grêmio está a quatro jogos de interromper esses amargos 15 anos de jejum de grandes títulos.

O principal desafio é recuperar a aura de campeão do mata-mata, imagem alicerçada mesmo nos gloriosos anos 90.

Foi nesse período que o clube incorporou a expressão ‘imortal’, que tanta inveja causou nas imediações.

Hoje, o ‘imortal’ é ironizado. A fama de imbatível em mata-mata se esfarelou.

Cabe ao maior ídolo da história gremista a difícil missão de resgatar esses conceitos que tanto orgulham a nação tricolor.

Para isso, é preciso sair do Mineirão com um resultado positivo nesta quarta-feira. Quem bateu o Palmeiras, virtual campeão brasileiro, pode repetir a dose em cima dos mineiros.

Não espero que o Grêmio repita aquela atuação alentadora que teve diante do Palmeiras na Arena. Ainda mais que em jogos fora de casa o Grêmio não tem sido muito feliz, acumulando resultados negativos – se bem que com Renato a situação melhorou nesse aspecto. Com Roger o Grêmio apanhava fora de casa sem esboçar reação, indignação, revolta. Apanhava como uma ovelhinha.

O importante, e Renato já alertou para isso na entrevista coletiva, é fazer gol no jogo de ida, para ter um pouco mais de tranquilidade em casa, no jogo da volta.

Se o ataque calibrar melhor a mira penso que até a vitória é possível.

O Cruzeiro melhorou muito com Mano Menezes, mas é inferior ao Palmeiras. 

Em relação ao time gremista, eu gostaria de ver Jailson no lugar de Maicon. Ele formou uma dupla mais combativa e eficiente com Wallace. 

No mais, resta esperar que Douglas desminta seu histórico negativo nos jogos fora da Arena.

De qualquer modo, sua presença já qualifica o time em relação ao que jogou o Gre-Nal.

INTER

No outro jogo, vejo um Atlético Mineiro com muitas estrelas que estão perdendo o brilho. Sua defesa é vulnerável e a marcação no meio de campo ineficiente. Agora, o ataque se estiver numa noite iluminada pode desequilibrar em favor dos mineiros.

LAMENTÁVEL

Lamentável. Esta palavra define de maneira educada o comentário feito pelo colunista WC, em ZH desta terça. Atacou asperamente um dirigente de longa bagagem no futebol, um gremista abnegado, de enormes serviços prestados ao clube. Um cidadão que merece o maior respeito: Adalberto Preis.

Penso que a instituição Grêmio deveria se posicionar firmemente sobre essa agressão. Aliás, sobrou também para o presidente na mesma coluna, o que escancara um ódio latente aflorando. 

O cornetadorw não deixou barato: 

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/10/dia-de-furia-de-wc-contra-dirigentes-do.html

 

Gre-Nal murrinha e recorde de público na Arena

O único jogador que não poderia ser poupado ficou de fora do Gre-Nal. Douglas fez muita falta ao Grêmio, que tem um time dependente de seu articulador, o cara que faz rodar a bola e de vez em quando acerta uma metidinha.

Sem ele, o time ficou como um órfão. Sem uma referência, sem apoio. Sem o cara que aparece sempre nos momentos mais enroscados. E está aqui um crítico de Douglas. Não posso, porém, negar que Douglas na Arena joga muita bola normalmente. Fora da Arena, parece ex-jogador.

Se fosse para poupar Douglas, que deixasse para o jogo fora de casa contra o Cruzeiro. Lá ele não vai jogar nada mesmo, é uma questão estatística. O maestro longe da Arena some.

Douglas fez muita falta. Errou Renato. A não ser que Douglas estivesse com algum problema, aí é outra história.

No Gre-Nal, ficou provado que Luan se omite dessa função. E Bolaños é uma criatura indefinida. Sei de muita gente que vê (agora acho que não mais) no equatoriano um substituto de Douglas. Não tem a menor chance, até porque sua capacidade de retenção de bola é mínima, e seu corpo franzino não ajuda no entrevero, como se viu no jogo deste domingo na Arena.

Bolanos precisa jogar pelos flancos, mas acontece que ele não demonstra a menor vocação para marcar, acompanhar a subida do lateral, etc. Hoje, é reserva no Grêmio. Mas, claro, se trata de jogador inteligente, boa visão de jogo. Pode ser que ele ainda consiga justificar o alto investimento feito nele.

O JOGO

Foi um dos piores grenais que eu já vi. Pra começar, os dois goleiros praticamente não trabalharam. Não fizeram nenhuma defesa mais difícil.

A marcação superou a criatividade.

O primeiro tempo foi lastimável. O Inter, nitidamente, armou um time para não perdeu. Bloqueou os lados do campo e forçou o Grêmio e jogar pelo meio. O Grêmio  fez algo parecido. Sem Douglas, a marcação maior foi em cima de Luan, o jogador mais criativo do time. Ficou fácil.

No segundo tempo, o jogo ficou um pouco mais aberto. Mas o pau continuou comendo solto.

Até que aconteceu a briga. Vitinho, causador de toda confusão, levou apenas o amarelo. Poderia ter sido expulso.

O juiz destinou o vermelho para os dois maiores brigões: Edilson e Rodrigo Dourado. Os dois mereceram a expulsão. Os dois bateram. A diferença é que Edilson bateu um pouco mais.

Era de se imaginar um jogo mais franco a partir daí, já que havia dois jogadores a menos em campo. Que nada! Continuou aquele jogo murrinha.

O Grêmio perdeu a chance de dar um empurrãozinho no rival, mas hoje se vê que um eventual esforço para ajudar o Inter a cair de nada adiantará.

Os adversários do Inter continuam fraquejando. 

COPA DO BRASIL

Cabe ao Grêmio focar na Copa do Brasil. Sua única chance de título. Deixar o Inter de lado, e jogar com titulares e/ou reservas quando necessário para atingir esse objetivo, sem perder tempo pensando em prejudicar o Inter, que, está saindo ao natural da zona de perigo.

Quarta-feira, jogo contra o Cruzeiro, que, diferente do Grêmio, poupou vários titulares.

Será uma rodada eletrizante, com a dupla Gre-Nal enfrentando os mineiros. Cariocas e paulistas só assistindo.

Isso é bom demais.

 

ARENA

Recorde de público na Arena. Mais de 53 mil pessoas. Aliás, a Arena, ao contrário do que previam alguns abutres, tem marcado os maiores públicos no Estado.

Só falta a prefeitura colaborar para melhorar o entorno, facilitando o acesso e a saída do local.

Força máxima tricolor e retranca colorada

O que mais aparece nos dias que antecedem ao Gre-Nal são especulações de todos os tipos, ainda mais quando fortalecidas por treinos secretos, sorrisos marotos, silêncios, mistérios e respostas evasivas.

A semana do clássico de número 411 começou com uma onda daquelas gigantes que surfistas corajosos e/ou suicidas adoram. Eram insistentes os boatos e opiniões teimosas de analistas colorados e, como diz o cornetadorw, de gremistas com a síndrome de Estocolmo, apontando para um time reserva do Grêmio.

A onda havaiana virou uma marolinha. 

Claro, a onda se explica: um time reserva do Grêmio é tudo que os colorados gostariam de ver neste domingo na Arena.

Até não duvido que havia essa intenção em determinado momento no lado azul, um processo, se foi esse o caso, abortado nas redes sociais. Dez entre dez gremistas defenderam um Grêmio com força máxima, tolerando desfalque somente em algum caso especial, como lesão ou processo evidente de fadiga.

Nada de poupar jogador pensando no Cruzeiro, na Copa do Brasil.

O ‘título’ que interessa no momento é uma vitória no clássico para dar um empurrão no maior rival em sua caminhada rumo à segundona.

Bem, depois do jogo, é outra história. Aí, sim, foco na Copa do Brasil, colocando o Brasileirão em segundo plano. A partir do Gre-Nal, sim, a torcida gremista irá aceitar, até com entusiasmo, que muitos titulares sejam poupados em determinados jogos.

Então, força máxima contra o Inter, que, por sua vez, vai embalado pelos últimos resultados.

Será um grande jogo, sem dúvida.

RETRANCA

O técnico Celso Roth, pelo que li, se diz satisfeito com um empate. Realmente, um ponto na Arena será um resultado muito bom para quem tenta escapar do rebaixamento.

Para o Grêmio, só a vitória interessa. Soube que há uma premiação milionária. Mobilização total no Grêmio, do porteiro ao ‘ponta-esquerda’.

Diante disso, Roth muito provavelmente irá escalar seu time com três volantes, numa tentativa de erguer uma muralha diante de sua área, congestionar o meio de campo para neutralizar o toque de bola tricolor e explorar contra-ataque com seus velocistas, em especial Vitinho, este um jogador diferenciado.

DOUGLAS

Pelo lado gremista, espero que Douglas não seja poupado. Há comentários nesse sentido. Como se sabe, e como venho dizendo aqui há muito tempo, Douglas em casa é um leão; fora, um gatinho.

Douglas, portanto, precisa jogar este Gre-Nal. Que seja poupado do jogo contra o Cruzeiro, que é fora de casa.

Se for para poupar algum titular, que seja Marcelo Oliveira. Iago já mostrou que é melhor marcador. O que seria interessante taticamente, porque liberaria mais Edilson.

A propósito, Vitinho joga muito pela esquerda. Ramiro terá de ficar atento, cobrindo as subidas de Edilson.

No mais, é esperar que a arbitragem seja absolutamente neutra.

E que os atacantes do Grêmio melhorem substancialmente o índice de acertos nas conclusões.

CORNETA

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/10/pipocao-inconformado.html

 

Agora vamos ao que interessa: o Gre-Nal

O Grêmio jogou como costuma jogar fora de casa: mal. Pois mesmo jogando mal durante a maior parte do tempo, o objetivo foi alcançado, e isso sim merece ser festejado.

A Copa do Brasil se joga assim, degrau por degrau.

O Grêmio pegou o adversário mais poderoso entre todos que estão em atividade hoje no futebol brasileiro. Fez uma partida brilhante na Arena, onde costuma jogar bem, venceu por 2 a 1.

No segundo jogo, em território inimigo, conseguiu galgar mais um degrau, com as pernas vacilantes, é verdade, mas atingiu o objetivo.

O primeiro tempo do Grêmio foi assustador. Mesmo assim, o Palmeiras não conseguiu marcar.

Teve duas ou três boas oportunidades, mas nenhuma tão clara quanto a do Grêmio, desperdiçada pelo Pedro Rocha. Naquele lance em que ele ficou cara a cara com o goleiro, com a bola à feição, o Grêmio perdeu a chance de causar tanto sofrimento e raiva à sua torcida.

O Grêmio teve uma postura digna nos minutos iniciais, marcando a saída de bola do Palmeiras na intermediária. O problema é que ao recuperar a bola errou passes demais – Douglas e Maicon foram os que mais erraram -, prejudicando a jogada ofensiva. Diante disso, o Palmeiras foi empurrando o Grêmio para o campo defensivo. Não era essa a proposta de jogo do time, que começou pensando em fazer o recomendável: marcar um gol e depois sim se resguardar e jogar no desespero do Palmeiras.

O gol palmeirense no começo do segundo tempo foi um golpe. O time de Renato havia começado bem, ameaçando o gol. Houve falha no sistema defensivo e Thiago Martins cabeceou para a rede.

O Grêmio não se intimidou. Foi para cima e passou a criar algumas situações. Tudo melhorou com a entrada de Éverton no lugar de Pedro Rocha, que estava realmente muito mal.

Em um de seus primeiros lances, Éverton foi agredido com um carrinho maldoso de Allione no guri gremista, que havia entrado com grande disposição. Allione acreditava, por certo, que a arbitragem seria conivente, como tem sido ao longo do Brasileiro em favor do Palmeiras. Foi expulso. Era tudo que o Grêmio precisava.

O mesmo Éverton tratou de fazer justiça ao que acontecia em campo, marcando um belo gol em sua jogada tradicional, manjada, mas que ainda causa estragos.

Depois, o Grêmio, nos contra-ataques, poderia ter liquidado o jogo, mas faltou objetividade e mais concentração no acabamento das jogadas.

Agora, o Grêmio pega o Cruzeiro, que eliminou o Corinthians com autoridade.

Primeiro joga, fora. Decisão na Arena.

INTER

No outro jogo da fase semifinal, Inter x Atlético Mineiro. É um torneio Sul-Minas revivido.

O Inter superou o Santos mesmo jogando com um time misto. O time paulista tinha a vantagem do empate, mas jogou mal. O Inter tirou proveito e fez 2 a 0, resultado que não deixa dúvidas.

Já o Atlético, que não tem jogado bem contra o Inter, penou para superar o Juventude.

Apontado como candidatíssimo ao título em função de seu elenco cheio de estrelas – decadentes, a meu ver -, o Atlético será eliminado pelo Inter.

DOUGLAS

Se o Grêmio jogar sem Douglas no confronto fora de casa contra o Cruzeiro, as chances de sucesso são maiores.

Conforme já escrevi muitas vezes, Douglas só joga bem na Arena.

Então, minha sugestão é que Renato comece com Bolanos para articular com Luan, deixando Douglas para entrar no decorrer do jogo se for necessário.

GRE-NAL: FORÇA MÁXIMA

Agora, vamos ao que interessa.

Não, não me refiro à eleição em POA.

Hoje, nada é mais importante que o clássico de domingo.

O torcedor gremista quer o título da CB, é evidente, mas se tiver que optar fica com a vitória no Gre-Nal.

O grande título da torcida neste final de ano seria o rebaixamento colorado. Sonho de dez entre dez gremistas.

É bom que a direção e a comissão técnica do Grêmio tenham plena consciência disso.

E não ousem escalar time misto no clássico, boato estimulado por setores vermelhos da imprensa.

Um resultado negativo – derrota e até empate – seria péssimo, mas somente será suportável se o Grêmio jogar com sua força máxima.

Meu conselho é que não desafiem essa torcida…

 

Pelo título da CB e queda colorada

O Grêmio está a sete jogos de um título nacional. Mas isso parece ser secundário para certos setores da imprensa AM (Abaixo do Mampituba), que preferem especular sobre a possibilidade de um time reserva no Gre-Nal.

Ora, esse tipo de boato – e não passa disso, boato – serve apenas para irritar gremistas, que pululam nas redes sociais detonando a direção, o presidente Romildo, o Renato, o papagaio do Renato, a filha do Renato.

Tudo em cima de uma desinformação. 

A Copa do Brasil para alguns, no caso, o Inter, ficou em segundo plano por dois motivos: o Santos tem vantagem e, além disso, o grande objetivo colorado hoje é fugir do rebaixamento e de uma eventual humilhação no Gre-Nal de domingo. Por isso, o time vermelho será misto para enfrentar o Santos, mantendo o foco pleno no Brasileirão.

Para o Grêmio, o foco neste momento é unicamente na CB. A classificação depende de um empate contra um mistão que o Cuca deve levar a campo.

Sim, o técnico Cuca decidiu imitar o ‘anti-treinador’ Renato Portaluppi. Cuca sabe que seu time estava mortinho na última rodada e só venceu – de novo – com ajuda da arbitragem. O clube do presidente da CBF, nesse quesito, vai muito bem na competição.

As arbitragens favoráveis aparecem nos momentos mais enroscados do Palmeiras. Mas, claro, nada mais do que erros humanos tingidos de verde. E de nada adiantou o presidente do pobre Figueirense espernear.

Outro que está devagar quase parando é o Flamengo, que caminhou em campo contra o Inter e frustrou a minha secação.

GRE-NAL

O Grêmio tem duas prioridades neste momento: conquistar um título nacional e torcer (contribuir se for o caso) para a queda do rival.

Então, o time para o Gre-Nal deve ser força máxima. Independente do que acontecer hoje à noite.

Os dois objetivos correm paralelamente.

Para muitos gremistas, a imensa maioria, na verdade, se tiver que optar vai preferir a queda do Inter ao título da CB.

Afinal, um título nacional cedo ou tarde irá acontecer, já o rebaixamento colorado…

Não, isso não tem preço.

Que a direção esteja bem consciente disso.

 

 

O acerto de Renato e a secação frustrada

Diferente da maioria, penso que Renato Portaluppi – com aval da direção, ressalte-se – não agiu errado ao escalar um time inteiro de reservas para enfrentar o Santos.

Ficou escancarado que o objetivo é conquistar a Copa do Brasil. Queiram ou não, o Palmeiras vai mais desgastado para o confronto de quarta-feira. Não poupou titulares na rodada. O Grêmio vai com sua força máxima e agora sabendo que pode contar com alguns jogadores que quase não recebem oportunidade.

Então, ponto para Renato.

Noventa por cento da torcida gremista desprezam vaga para a Libertadores. Todos querem título. Então, a direção gremista colocou em segundo ou terceiro plano a vaga tão rejeitada pelos gremistas nas redes sociais.

Agora, os mesmos que desprezam a vaga estão irritados porque o clube optou por focar na CB – mas segue na briga pela vaga tão rejeitada por muitos. 

O pior que poderia acontecer na Vila Belmiro neste domingo seria uma goleada. Mas para quem levou recentemente 4 a 0 do glorioso Coritiba jogando com força máxima até isso é superável.

O melhor seria uma vitória. Que quase veio no lance iniciado por Bolanos e concluído muito bem por Éverton que, como disse Renato após o jogo, fez o certo, só faltou um pouco mais de força no toque sobre o goleiro.

Outro aspecto positivo: Éverton mostrou que está pronto de novo e Bolanos teve chance de ganhar mais ritmo de jogo.

No final das contas, o empate ficou de bom tamanho. O Santos mereceu vencer pelo número de situações criadas e volume de jogo, mas esbarrou numa defesa bem postada.

Aí, destaque para Thiery, um fenômeno. Destaque também para Bruno Grassi.

Ah, importante frisar que com o time titular o Grêmio raramente consegue pontuar na Vila Belmiro. Imaginem se entra com os titulares e perde do Santos, o que não seria nenhum absurdo. O moral do time cairia, e isso não é bom para quem tem um jogo decisivo dentro de três dias.

Portanto, examinando friamente, a decisão de Renato foi correta. Claro que é uma questão polêmica, mas eu fico com Renato nessa.

SEGUNDONA

A crítica mais feroz de muitos gremistas é por que não ter usado o mesmo time para enfrentar o Vitória, de modo a prejudicar o Inter em sua luta para escapar da segundona?

Realmente, poderia, mas as circunstâncias eram diferentes. 

Além do mais, Renato foi contratado para conquistar título, não para pensar em estratégia para rebaixar o Inter.

SEGUNDONA II

O Inter não vai cair. A vitória sobre o Flamengo afastou esse risco, na minha opinião, claro, porque ao escrever aqui expresso a minha opinião.

O Inter não vai cair muito mais pela incompetência de equipes como Figueirense, Coritiba, Vitória e Sport. 

Fora isso, tem um jogador que cairia perfeitamente no Grêmio: Vitinho.

Então, estou largando a secação.

É duro torcer para time enganador como esse Flamengo, que não entendo como pode estar disputando o título do Brasileirão.

O Flamengo é o repositório de sobras da dupla Gre-Nal: Pará, Rever, Alan Patrick e… Fernandinho. 

Além do mais, tem o Diego, de péssima atuação, quase ex-jogador, só toquezinho sem criatividade. 

Larguei.

Briga no Inter: a casa está caindo

Faz tempo que aparecem sinais de que o vestiário colorado está rachado. 

Mas não leio nem ouço alguém da imprensa falando sobre isso, como é feito, aliás, quando se trata do Grêmio.

Se um jogador espirra e ninguém diz ‘saúde’, pronto! Vestiário rachado. Mas isso no Grêmio.

No Inter, os jogadores estão se pegando faz tempo. Vazou um áudio de uma suposta briga. Teve aquela discussão entre Valdívia e Paulão durante um jogo, o que foi flagrado pela TV. Há outras histórias que apontam para uma crise das feias.

Tanto que a Swat Colorada está com dificuldade de controlar. Um pequeno grupo de bombeiros cansados contra incendiários com todo o gás.

Agora, essa briga entre Anderson e William, o guri do cotovelo assassino. 

Cena com direito a soco ao melhor estilo pugilista e sangue na boca. William até teve sorte de ser contido pelos companheiros.

Apanharia mais, porque Anderson é muito mais forte.

Então, será que agora vão assumir que o vestiário colorado rachou?

Aqui, pelo andar da carruagem, vejo que é mais que rachaduras, omitidas pelos especialistas no assunto.

Já há sinais claros de que é mais do que isso.

Os indicativos são de que a casa está caindo.