O Valdívia admitiu que se jogou ao pressentir o choque com o zagueiro Lucas Claro, o que resultou no pênalti que deu à vitória ao Inter.
Aliás, a segunda vitória seguida. Está aí uma ideia para a pauta ufanista que envolve o Inter nesses tempos de mobilização total contra o rebaixamento. ‘Inter soma seis pontos em dois jogos.’
Quero aproveitar a iniciativa até certo ponto ingênua – os árbitros agora já sabem com quem estão lidando – do meia colorado para fazer uma revelação.
Confesso que até me envergonho de ter um sentimento tão baixo, mas lá vai:
sempre que vejo a TV dando um close em William penso imediatamente em Miller Bolanos.
É uma dupla inseparável na minha cabeça. Tipo Claudinho e Buchecha, queijo com goiabada, feijão com arroz, Pelé e Coutinho, Alcindo e Joãozinho, etc
Chego a desejar, por momentos, que ele, William, sofra uma lesão que o prejudique tanto quanto a cotovelada que ele desferiu no equatoriano.
Enquanto William consegue exercer sua profissão normalmente, Bolanos sofre sequelas da contusão causada pelo lateral colorado. Foi submetido dias atrás a outra cirurgia na mandíbula.
A cotovelada de William afetou o desempenho e a trajetória de Bolanos e, de quebra, contribuiu para reduzir as chances do Grêmio nas competições, em especial na Libertadores.
Então, é isso, também tenho as minhas pequenezas, também sou humano.
Realmente, ver William jogando feliz e Bolanos afastado dos campos, provoca em mim sentimentos negativos.
Mas isso também vai passar.
GIULIANO
O RW relatou em uma de suas 300 intervenções diárias em várias mídias que o técnico Tite elogiou muito Giuliano.
Ficou claro que Giuliano foi subaproveitado no Grêmio.
No Zenit, ele é o campeão em assistências e ainda não cansa de fazer gol. Na seleção, é destaque.
O técnico Roger Machado não teria visto as qualidades do meia? Duvido.
Roger optou por colocar Douglas como centro do time – conforme destacou o titular do blog cornetadorw.
Coube a Giuliano correr por ele e por Douglas.
Giuliano carregando o piano. Douglas, o pianista.
Aliás, esse tipo de coisa ajuda a explicar a derrocada gremista, que de postulante ao título brasileiro agora corre atrás de um sexto lugar.
DOR DE DENTE
Quando a gente está com uma dor de dente daquelas nada mais interessa.
O foco é a dor de dente. Somos um dente ambulante.
Confesso que a possibilidade de rebaixamento do Inter é a minha dor de dente.
Não consigo pensar em outra coisa.
Nem nas chances do Grêmio no Brasileirão ou na Copa do Brasil.
Até as revelações da Lava-Jato ficaram em segundo plano.
Eu só penso e respiro rebaixamento.
Não apenas eu. Todos os gremistas que conheço estão vivendo hoje em função dessa dor de dente, digo, desse rebaixamento.
Agora, depois da vitória sobre o Coritiba com gol de pênalti (que não existiu), no finalzinho, declaro que o Inter não cai.
Mas a ‘dor de dente’ continua. Enquanto há vida, há esperança.