“Noite para confirmar vaga na final”. Imagino que algum jornal ou site irá sair com essa manchete nesta quarta-feira referindo-se ao favoritismo do Grêmio, um favoritismo real em função dos 2 a 0 alcançados no jogo de ida, mas que pode ser revertido pelo Cruzeiro. Difícil, mas possível.
Imagino, ainda, o técnico Mano Menezes sacudindo o exemplar na preleção aos jogadores. Apontando, ainda, as colunas que tem sido escritas desde a vitória em Belo Horizonte, todas mais ou menos dizendo que é ‘jogo jogado’, que o Grêmio já está na final.
É o tipo de coisa que um treinador esperto costuma usar para pilhar mais seus jogadores. Nesse futebol cada vez mais nivelado, um time mais motivado e determinado que o outro pode fazer a diferença durante os 90 minutos.
Imagino mais: Mano Menezes gravando os programas esportivos no horário do meio-dia. Se alguém prestar atenção, verá que os mais ‘otimistas’ e convencidos da vitória do Grêmio ao natural, sem maiores esforços, são jornalistas identificados com o Inter, aqueles identificados que insistem em dizer que são neutros, pensando que o torcedor ainda acredita nisso.
Então, prevejo para estas horas que antecedem ao grande jogo contra o Cruzeiro, um clássico do futebol brasileiro, uma enxurrada de notícia, comentários e palpites todos no sentido de que o Grêmio entra em campo para confirmar sua classificação.
Essa situação irá repetir-se, e de forma ainda mais aguda, se o Grêmio realmente superar o Cruzeiro e ir para a final disputar o título de campeão da Copa do Brasil.
A simples ideia de que o Grêmio irá, finalmente, quebrar o jejum assusta, apavora e inquieta os ‘isentos’ e os nem tanto.
Teremos, pois, dias de muita agitação, com direito a boatos, informações e entrevistas que possam, de alguma forma, perturbar o ambiente no Grêmio em caso de classificação.
Aliás, isso já está acontecendo, mas a tendência é que o quadro piore, inclusive com o reforço de gremistas que o cornetadorw define, muito apropriadamente, como portadores da síndrome de Estocolmo.
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Síndrome de Estocolmo ou síndroma de Estocolomo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.
REBAIXAMENTO
De tanto ler e ouvir o RW abordar a questão do eventual rebaixamento colorado – assunto que tenho evitado porque não quero acabar como ele, enlouquecido de calculadora na mão – decidi também eu dar uma espiada na tabela de classificação e na relação dos jogos do co-irmão.
Coisa rápida, porque não ouso competir com RW, que já analisou todos os detalhes dessa turma de baixo, e que continua afirmando que o Inter irá cair.
Pois já começo a concordar com o ‘matemático’ RW, mestre em cálculos que levem o Inter a ser rebaixado.
Estou pra dizer que o Inter vai perder todos os cinco jogos que lhe restam. No máximo, vai somar uns dois ou três pontos.
Então, se o Vitória, por exemplo, não for tão incompetente e não for mais prejudicado pelos erros humanos dos homens de preto, o Inter vai mesmo conhecer o demônio.
Para isso, é fundamental uma derrota para o Palmeiras, domingo.
O jogo seguinte será contra a Ponte Preta, dia 17. Serão onze dias de muita angústia, muita onda, muita intriga. A suati terá muito trabalho.
Agora, a cereja do bolo: se o Vitória bater o Atlético PR, em Salvador, vai para 39 pontos, afundando o Inter (38) na escuridão do Z-4.
Imaginem, onze dias no pesadelo da segundona. Acho que aí a suati dá um choque de gestão e troca de treinador.
Em resumo: Jesus está chamando.