Teve a falha de Grohe no gol do Fluminense logo no início – antes de algum jogador suar a camisa -, os dois gols de Lucas Barrios, um autêntico ‘fazedor de gols’; a atuação exuberante de Luan; o desempenho estupendo da dupla Geromel/Kannemann – vacilo apenas no gol do adversário -; o gol de Arthur, a descoberta do ano; e, claro, a arbitragem que deixou o pau comer e permitiu a caça a Luan, e que, espertamente, só passou a usar o cartão amarelo quando o jogo já estava decidido.
Eu poderia me deter nesses aspectos do jogo, mas fico com algo maior, mais abrangente, algo que dá ao torcedor gremista – não a todos, claro – a convicção de que o Grêmio está se revelando um time maduro, consciente de seus problemas e de suas virtudes. Afinal, largar sofrendo um gol logo aos 4 minutos, de um time forte como o treinado por Abel Braga – e ter serenidade e determinação para buscar o empate – com o juiz conivente com a violência dos cariocas, e depois virar, podendo ainda aplicar uma goleada, não é pouca coisa. Não é pra qualquer um.
Se tivesse havido um resultado negativo do Grêmio – previsto pelos que não confiam no trabalho de Renato e da diretoria de futebol – o discurso nas redes sociais seria marcado mais uma vez pelo mantra da ‘terra arrasada’, que nada presta e tudo precisa ser mudado. Não faltariam aqueles, sempre os mesmos, para dizer que Renato havia levado um nó tático.
Curioso, quando o Grêmio ganha, ninguém diz que Renato deu o tal ‘nó tático’. No caso, seria o festejado e endeusado – aqui na aldeia – Abel Braga, que só parou de mascar chiclete quando sofreu a virada.
GOLS
A virada começou com Arthur invadindo a área depois de tabelar com Barrios. Ele driblou o goleiro com a tranquilidade de um veterano e empatou.
No segundo tempo, outro gol de jogada ensaiada de um técnico que ‘não treina, só quer saber de jogar vôlei’. Luan cobrou, Kannemann desviou para a segunda trave, onde apareceu Lucas Barrios.
O terceiro gol começou com Éverton, que viu Cortez. E este, com visão de jogo e precisão, cruzou na medida para Barrios dominar e meter a bola no canto oposto ao do goleiro.
Quero registrar que ali pelos 18 minutos do segundo tempo, jogo ainda indefinido, houve pênalti em falta cometida sobre Léo Moura.
INTER
Já o Inter perdeu para o Palmeiras. Foi 1 a 0. Para um time da série B, pode-se dizer que perder por 1 a 0 não chega a ser mau resultado.
O Palmeiras, festejado por muitos aqui na aldeia – não por mim – penou para bater o time da segundona, revelando que não está com essa bola toda.
Digo mais, o Inter tem todas as condições de reverter na volta, no Beira-Rio.