Se até a Heineken de Gravataí fechou as portas, assim como tantos bares e restaurantes em função da crise econômica e da violência, qual a chance de sobrevivência de um modesto boteco virtual?
Sim, o Boteco do Ilgo está encerrando as atividades. Foram oito anos de informações, comentários e debates, estes cada vez mais acalorados.
Aberto em março de 2009, o Boteco foi minha segunda casa nesse mundo informático.
O nome se deve ao Boteco Natalício. Com seu surgimento, o que antes era conhecido como bar passou a ser ‘boteco’ em Porto Alegre. Era boteco pra cá, boteco pra lá. Então, embarquei nessa onda botequeira.
No ano seguinte, 2010, vieram as cervejas, a primeira foi a 1983. Em seguida, a Mazembier e a Kidiaba, reflexo do vexame histórico do rival.
Antes do Boteco tive o ilgowink.zip.net, que ainda está no ar. Começou em 2006. Foi a maneira de combater o coloradismo nas redações de esporte escrevendo sem dar satisfação pra ninguém.
Pouca gente me acompanhava naquela época. Muitas vezes me senti falando sozinho, pra mim mesmo. Mas foi bom, coloquei pra fora certas coisas. Aliviei a alma. Tirei peso das costas.
Por isso, confesso que senti quando deixei o blog para trás, em março de 2009.
O que escrevi naquele momento, cabe hoje:
“Deixo velhos textos para trás. E isso me dói. É um pouco de mim que estou abandonando. Mas não é hora de lamentos, nem de choro. A antiga moradia vai ficar abandonada, habitada apenas pelos meus fantasmas e minhas lembranças”.
Bem, é isso, agora estou aqui.
Nova casa para esses novos tempos do nosso Grêmio.
PS: não se desesperem, os antigos posts do Boteco vieram todos para cá, assim como os comentários que lá estavam.