Mesmo que o Brasileirão não seja prioridade, o Grêmio tem obrigação de disputar cada jogo como se fosse o último nesse período sem confrontos pela Libertadores e Copa do Brasil.
O jogo contra o Flamengo é um desafio – o clube carioca vem crescendo e já é segundo colocado – e também uma oportunidade: nada melhor do que uma vitória sobre o time queridinho da influente mídia carioca para mostrar que o Grêmio segue vivo na disputa, apesar de recentes resultados negativos, frustrantes.
A lamentar, portanto, as ausência de Grohe, Pedro Rocha e, principalmente, Bolaños.
Por que ‘principalmente Bolaños’? Ora, dos três o único a ter unanimidade perante a torcida gremista é o equatoriano.
Grohe, para uma parcela significativa e ruidosa de gremistas, não tem condições de ser titular.
Para esses, a ausência de Grohe nesta quinta, no Rio, é um presente dos deuses. Afinal, se Léo fechar o gol estará abrindo caminho até para a titularidade. Será o primeiro passo para Grohe sair, assim como aconteceu com o também execrado Victor, hoje endeusado pelos atleticanos.
Isso que tem ainda o Paulo Victor, goleiro de trajetória irregular, mas que pode mostrar no Grêmio o que não conseguiu exibir com consistência até hoje.
Léo Moura e Cortez estão aí para provar que o Grêmio tem esse poder de reabilitar e consagrar jogadores com carreira instável ou em declínio.
Outro que sofre resistência de uma boa parte da torcida é Pedro Rocha. É verdade que alguns já estão reconsiderando, mas basta mais um gol perdido que o atacante volta a ser bombardeado nas redes sociais.
Sei de gente disposta a levá-lo ao aeroporto se ele for negociado, como se especula.
Assim, unanimidade na lamentação só o Bolaños. O técnico Renato foi muito criticado até poucos dias atrás por não colocar o equatoriano para jogar. É aquela história, a tal de economia interna.
Renato, Espinosa e Roman fizeram e estão fazendo o possível e o impossível para usar o jogador, peça considerada fundamental para a disputa da Libertadores e da CB.
No ano passado, Bolanos desfalcou o time por causa de uma agressão covarde, o que prejudicou bastante a campanha da Libertadores.
Agora, vítima de si mesmo, não de uma cotovelada assassina, Bolanos sinaliza que mais uma vez o time não poderá depender de seu talento pra coisa alguma.
Está fora do jogo contra o Flamengo por “problemas particulares”, conforme divulgou o clube.
RACISMO
O STJD, se for provocado, pode abrir um procedimento contra Victor Cuesta, sob acusação de injúria racial. O juiz nada registrou na súmula a esse respeito.
Quem quiser abastecer o STJD com informações pode mandar o material para o e-mail stjd@cbf.com.br.
Se houve racismo, que não fique impune. E que a punição seja exemplar como aconteceu quando o Grêmio foi envolvido.