O Corinthians é o virtual campeão brasileiro/2017, mas está claro que se existe um time que ainda ameace essa conquista este, sem dúvida, é o Grêmio.
Até coloco o Flamengo como uma segunda opção, porque tem muito dinheiro, está mais organizado do que em anos anteriores e segue investindo em reforços de alto nível.
Só espero que não apareça com uma proposta milionária para contratar o melhor treinador do futebol brasileiro no momento, o Professor Renato Portaluppi. Deixando claro que Tite não conta porque não disputa o Brasileirão.
Nesse jogo contra a Ponte Preta, mais uma vez ficaram evidentes as dificuldades do time em impor seu jogo dentro de casa, em especial contra adversários de porte médio, que se fecham, tiram espaços e marcam forte. A PP ainda abusou da cera, sob o olhar negligente do juiz.
Ter levado um gol contribuiu para despertar as piores imagens em minha cabeça. Eu, e penso que muitos gremistas, já previa um filme de terror, com o ‘goleiro aquele’ pegando tudo.
Thiery foi afoito no lance do gol contra, coisa de jogador sem ritmo de jogo. Trata-se de um bom zagueiro, um bom reserva, nada além disso, ainda mais quando se tem como parâmetro Geromel (outra atuação fantástica) e Kannemann. Há um abismo entre a dupla titular e a dupla reserva.
Ir para o intervalo com um gol sobre os ombros era um fardo pesado demais, ainda mais que o Grêmio pouco havia criado. O ‘goleiro aquele’ quase não trabalhou, a não ser para fazer tempo e quebrar o ritmo mais veloz que o Grêmio pretendia dar.
O Grêmio voltou mais rápido no segundo tempo, mas ainda com poucos lances de área. Muita posse de bola, pouca produção ofensiva. A entrada de Fernandinho deixou o time mais agressivo, mas ainda ineficiente. Até que Pedro Rocha, até então um tanto apagado, fez grande jogada pelo lado esquerdo e tocou para Lucas Barrios empatar. A bola ainda desviu na zaga.
Doze minutos depois, aos 23, Luan lançou Fernandinho, que foi puxado por trás, pênalti! Barrios cobrou em meio a um clima tenso na Arena. Será que vamos perder outro pênalti? Era a questão que pairava. Mas Barrios chutou muito bem e colocou o Grêmio em vantagem.
Aí, a Ponte parou com seu joguinho lenga-lenga. Foi bom de ver a pressa do adversário, oposto ao que havia feito até então. De nada adiantou. Com o sistema defensivo bem organizado – mesmo sem Arthur -, o Grêmio praticamente não deu chances ao ataque adversário.
No final, um golaço dentro do padrão de qualidade que o time mostrou em seus melhores momentos desde a conquista do Penta. Luan lançou Ramiro, que cabeceou consciente para Éverton, que vinha de trás, cabecear para a rede deixando estatelado o ‘goleiro aquele’.
A vitória por 3 a 1 foi justa, e teve a mão do treinador, que sacou um volante no intervalo, colocou um atacante, bloqueou os contra-ataques do adversário e foi pra cima sem medo de ser feliz.
SEGUNDONA
O Inter segue em seu calvário.
O time de série A na série B não está demonstrando em campo essa definição propagada pela imprensa gaúcha.
Esse tal ‘time de série A’ estaria hoje na lanterna da série A de verdade.
A direção colorada acreditou nessa lorota ufanista reiterada pelo lado vermelho da mídia. Se quebrou.
Agora, corre em busca de reforços. Não são muitos os bons jogadores que aceitam disputar a segundona. Não é o que diziam quando o Grêmio caiu?
Pois é, agora tentam Camilo para ser o articulador, companheiro de Dalessandro, que anda se arrastando.
Assim, a culpa recai sobre o técnico. A maior parte da imprensa culpa Guto Ferreira, nome que muitos enalteceram e agora querem sua cabeça.
A direção colorada ouviu muito seus jornalistas preferidos no ano passado. Deu no que que deu.