Confesso que esperava um Grêmio mais encorpado para enfrentar o Atlético-PR depois que o Corinthians deu uma vacilada e sofreu sua primeira derrota no Brasileiro (contra o Vitória, 1 a 0).
Não adianta, a alma do torcedor é nutrida pela emoção, que muitas vezes sufoca a razão. Por mais que eu concorde e defenda a estratégia de priorizar a Copa do Brasil e a Libertadores, sempre fica aquela perguntinha inquietante: será mesmo que não dava para colocar em campo um time um pouco mais qualificado, ou pelo menos compor o banco com alguns titulares capazes de dar uma estocada final no adversário cansado?
Sei que há todo um estudo, um planejamento, que inclui avaliações de fisiologistas e tudo mais. Se eu fosse dirigente, se tivesse algum poder de decisão, talvez fizesse a mesma opção. Talvez.
Outra perguntinha inquietante: se o Cruzeiro – adversário na decisão de quarta-feira – pode escalar os titulares, por que o Grêmio não pode? É o tipo de questão que me perturba. O Cruzeiro bateu o Sport com seu time titular, o Grêmio, com seus reservas e com a perspectiva de aproximar-se do líder, ficou no empate diante dos paranaenses. Com o reforço de alguns titulares poderia ter vencido.
Escalar força máxima não significa vitória garantida – o Avaí não nos deixa esquecer -, mas aumenta as possibilidades de sucesso.
Por outro lado, se tivesse escalado titulares mais vezes em jogos do brasileirão é possível que outros jogadores importantes estivessem com lesão muscular, a exemplo do Geromel.
Quero deixar claro que defendo a estratégia adotada, mas não precisava ser tão radical. É apenas essa a minha discordância. Um detalhe, mas um detalhe que pode fazer toda a diferença, como costuma acontecer no futebol.
Bem, o Grêmio está apostando todas as suas fichas na CB e na Libertadores. A roleta está girando…
Luan
Foi duro ver a TV mostrando Luan e Pedro Rocha nos camarotes enquanto em campo o time reserva escapava de uma derrota graças principalmente ao goleiro Paulo Vitor, e também à imperícia do adversário nas conclusões.
Lincoln
Por fim, lamentar as vaias ao jovem e promissor Lincoln. Um guri de 18 anos, formado no clube, merecia mais carinho, mais tolerância, ainda mais que vem num crescendo.
Torcedor assim deveria fazer como eu: ficar em casa e ver o jogo pela TV.
Bressan
Bressan até que foi bem. Pelo menos mostrou que no momento é superior ao Bruno. Gostei que a torcida deu apoio ao substituto de Geromel. É bom para dar moral e confiança.
Marcelo Oliveira
Deu uma entregada daquelas de sair lesionado de tanta vergonha. Ainda bem que o Paulo Vitor estava atento e saiu na hora para abafar, evitando o gol.