Diferente do ano passado, quando entrou na reta final da Copa do Brasil arrasador como um furacão nível 5, o Grêmio hoje está mais para grau 2 ou 1, se encaminhando para ser rotulado de tempestade tropical, ventinho metido à besta que não é capaz de assustar quem está acostumado com o nordestão no litoral gaudério ou o minuano soprando na campanha.
Infelizmente, apesar de toda uma programação preservacionista visando as Copas do Brasil e da Libertadores, o Grêmio sofre com aquilo que trabalhou tanto para evitar: time desfalcado na hora mais decisiva.
Maicon, figura a meu ver central no esquema vitorioso de 2016, passou por cirurgia e só volta no ano que vem. Pedro Rocha, jovem destaque nos últimos jogos da Copa do Brasil, em especial na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético, marcando dois gols, foi negociado.
São dois titulares da campanha vitoriosa. Não é pouca coisa. A esses dois soma-se agora o craque do time. Luan, com dor muscular, é dúvida para o primeiro jogo contra o Botafogo, no Rio. A tendência é de que volte apenas no segundo jogo.
O Grêmio vem de uma grande atuação sem Luan, na goleada por 5 a 0 sobre o Sport Recife, dia 2, na Arena. Jogo, aliás, que parece não significar nada para aqueles mais assustados.
A torcida, agora, é para que Geromel retorne. Com ele, o time ganha em qualidade atrás, para defender e sair, além de ser um exemplo aos demais de dedicação e vibração em cada lance disputado.
Outro desfalque é Michel, melhor contratação do ano na relação custo/benefício.
Diante desse quadro preocupante resta a expectativa sobre quem deve entrar no time.
Para o lugar de Michel eu não vejo ninguém melhor que Jailson. Ele teve um momento muito bom na CB. Teve gente que defendia sua titularidade. Caiu de rendimento.
Com Jaílson, Arthur deverá ter mais liberdade para armar, chegar na área do adversário e, com sua habilidade, armar uma jogada, cavar falta e até pênalti.
Estou tentando ver o lado positivo diante da troca Michel por Jaílson. Para isso dar certo Jaílson terá que jogar o que não conseguiu jogar ainda neste ano.
No meio, para o lugar de Luan (batendo na madeira, toc-toc-toc) Fernandinho parece ser a opção menos ruim. Com Arthur somando-se à articulação, pode funcionar.
Na frente, Lucas Barrios, que dá cada susto quando cai e a TV mostra seu rosto com cara de sofredor.
Pelo lado esquerdo, se Renato não inventar, Éverton. Tem gente pedindo Arroyo, que recém está se ambientando e até agora não mostrou jogo para começar uma partida.
Eu fico com Éverton. Ele fez um gol nos 3 a 1 sobre o Atlético e, na Arena, no jogo da volta, atuou muito bem pelo lado esquerdo, na do Pedro Rocha. Aos esquecidos lembro que foi dele o cruzamento para o gol de Bolanos.
Sei que Renato gosta de deixar Éverton como trunfo para o segundo tempo, e ele não está errado. Mas para esse jogo, em especial, é importante começar com Éverton.
Tudo indica que o Botafogo, ‘se achando’ depois de vencer o Flamengo por 2 a 0, domingo, não irá jogar fechado e respeitoso como foi o Vasco. O Fogão vai para cima. Por isso, Éverton precisa começar a partida.
Sem essa que alguns analistas do ‘Texas’, como define o cornetadorw, defendem, de que o Grêmio deve jogar fechadinho, por uma bola, cruzamentos pelo alto, tudo isso para ‘voltar vivo’.
No mais, que o Grêmio retome a energia que está se esvaindo pelo caminho e seja demolidor como um furacão grau 5.
CORNETA
Vamos lá, pessoal, votando no RW:
http://cornetadorw.blogspot.com.br/2017/09/premio-press_11.html