Grêmio, a montanha russa e os urubulinos

Já não há ingressos para o jogo contra o Barcelona do Equador. É a confiança cega no time, que antes terá o jogo de ida em Guayaquil, onde tudo pode acontecer.

Encontrei essa informação hoje, no site do UOL. Nenhum registro na mídia Abaixo do Mampituba – pelo menos que eu tenha visto. Fatos positivos relacionados ao Grêmio não são muito valorizados por aqui.

Ainda há ingressos para camarotes, coisa de R$ 390 por cabeça. Se eu tivesse muito dinheiro, compraria ingresso para cada um dos urubulinos que vivem disseminando seu negativismo nas redes sociais e, em especial, neste blog.

Mas não ficaria com eles, porque é muito irritante ficar ao lado de torcedor cri-cri. Agora, gravaria tudo para exibir depois da vitória.

Nada contra os urubulinos de pouca fé e muito fel. Um pessoal que passa o tempo desacreditando tanto que parece até que torcem contra. Na real, são gremistas como todos os outros.

Servem de contraponto aos gremistas chapa-branca, como eles gostam de rotular todos aqueles que acreditam até o fim, que sempre encontram algo positivo, que analisam com serenidade e sem desespero, que entendem que há coisas no futebol – como lesão do craque do time – que são dolorosas, desanimadoras, mas naturais.

E o principal: nem sempre há um culpado quando as coisas não andam bem, ou desandam, como acontece agora com o Grêmio.

Eu, como bom ‘chapa-branca’, quero acreditar que o Grêmio que estava no topo da montanha russa e agora foi até o fundo, vai começar a subir, lenta e gradualmente, nos preparando para um turbilhão de emoções logo ali adiante.

Normalmente não sou otimista no futebol, mas aqui me esforço para ser e busco encontram sinais de que tudo vai melhorar, e faço isso muito para irritar esses seres alados, aves agourentas, que seguidamente deixam seu ninho para destilar veneno e ódio por aqui.

(Eu não estou reclamando, pelo contrário. Sem eles não teria graça).

O sinal maior que vejo neste sábado nublado, e que agora, enquanto escrevo, abre caminho para o sol, é que Luan treinou normalmente em Curitiba.

Luan joga amanhã e, se os pessimistas de plantão e secadores em geral forem neutralizados pelos deuses do futebol, estará em campo para as batalhas finais da Libertadores.

Sim, a notícia que Luan está voltando é animadora, estimulante.

A IMPORTANCIA DO CRAQUE

Aos que não passam um dia sequer sem cornetear, desprezando o fato de que o Grêmio tem jogado há meses sem jogadores importantes e decisivos (por lesão ou por venda mesmo, como é o caso do PR), lembro que dificilmente um time que está vencendo não cai de rendimento quando perde suas referências técnicas.

Vejamos o caso do Palmeiras. Campeão brasileiro do ano passado. Perdeu Gabriel Jesus, virou um time comum (e ainda caro), que agora demite um técnico que até meses atrás era festejado e pretendido por torcedores de todos os clubes, inclusive do Grêmio.

São muitos exemplos. Nem os clubes mais poderosos não se ressentem quando perdem seus craques. O Barcelona perdeu Neymar e caiu de rendimento. E isso que tem um time milionário.

Tirem o Cristiano Ronaldo do Real Madrid, ou o Messi do Barcelona.

Então, por que o Grêmio não iria sentir perdendo Luan – sem contar Maicon e Douglas?

Para desespero de secadores (o que andam batendo de tambor por aí…) e surpresa dos gremistas de pouca fé: está chegando a hora de uma nova onda vitoriosa!