Grêmio, irritante, joga com pensamento no Lanús

A primeira palavra que me ocorreu após o empate por 1 a 1 com o Vitória, no Alfedo Jaconi, para definir o futebol do Grêmio foi ‘irritante’.

Poderia ser a palavra frustrante, mas eu não esperava muita coisa desse time que há horas joga pro gasto, olhos fixos no troféu da Libertadores. Portanto, não me frustrei. Nem me decepcionei.

Na verdade, não fiquei irritado apenas no final. Foi durante todos os 90 minutos.

Bem, como já disse, eu não esperava grande coisa, mas também imaginava que o time titular jogaria melhor, criaria mais oportunidades de gol. Enfim, mostrasse estar afinado para a grande decisão que começa dia 22, mas que já faz parte de nós desde a classificação diante do Barcelona, o exterminador de brasileiros – é sempre bom lembrar.

O que mais me irritou: os erros no antepenúltimo e penúltimo passes, o que explica em parte porque o time foi tão pouco efetivo, apesar do maior volume de jogo e também tendo um jogador a mais por uns 30 minutos.

Os melhores passes para gol, salvo engano, foram de Ramiro. O primeiro ele lançou Leonardo (que até jogou bem em comparação com ele mesmo), que cruzou na medida para Fernandinho empatar o jogo.

Aqui, um aparte: minutos antes do Vitória havia feito seu gol, com um impedimento que eu vi na hora diante da TV. Então, não fosse esse erro o Grêmio teria provavelmente somado mais três pontos.

Voltando ao Ramiro: ele cruzou uma bola perfeita para Barrios fazer o segundo gol, mas o goleiro salvou. No mais, não lembro de jogadas mais trabalhadas que levassem perigo. Já não se pode dizer o mesmo do time baiano, que enquanto esteve completo levou mais perigo que o Grêmio.

Agora, mesmo irritado, tenho de admitir que a maioria dos jogadores entrou em campo para manter ritmo de jogo, sem se expor muito, pensando no Lanús.

Luan é o maior exemplo. Aliás, espero mesmo que ele tenha jogado pensando em se preservar, porque se ele jogar contra os argentino o que jogou neste domingo… Não quero nem pensar. Ele parecia distraído como quem olha as vitrines do shopping Iguatemi.

Não tenho dúvida de que teremos o Luan focado e determinado contra o Lanús, e isso é o que realmente importa.

Outra coisa que me deixou um tanto irritado: Jael e Lucas Barrios juntos. Foi uma substituição simplista do Renato, talvez pensando no Lanús, não sei. Ele deveria ter sacado Barrios, que não jogou nada de novo. Jael entrou e fez uns dois ou três lances de boa qualidade. Mas ele e Barrios juntos nada acrescentaram, até facilitaram para os zagueiros do Vitória.

É importante registrar, contudo, que à essa altura os baianos se defendiam na bravura, congestionando o setor defensivo.

O fato é que apelar para dois centroavantes para resolver um problema de falta de criatividade e de técnica nos últimos passes me fez recuar aos anos 70, 80 e 90.

Cheguei a lembrar do Telê Santana apelando para o grande zagueiro Oberdan de centroavante num Gre-Nal, mais isso nos minutos derradeiros, no mais absoluto desespero.

Não era o caso do jogo no Jaconi. E espero que não chegue a algo parecido contra o Lanús. Seria muito sofrimento.

CONE

Jogaram um Damião num soldado de BM. É a brincadeira que estão fazendo diante da foto em que um cone é arremessado, pelas costas, sobre um soldado.

“Damião agride brigadiano”, dizem.

Brincadeira à parte, confusão e agressões no Beira-Rio já estão ficando banalizadas. É hora de o MP atuar com mais rigor, porque já está ficando chato. A cada tumulto, com direito a quebra-quebra, os gremistas reverberam nas redes sociais: “Ah, se isso fosse na Arena…”

 

 

O futebol com seus chapas brancas e urubulinos

É fascinante e intrigante esse mundo dos torcedores de futebol. No meu tempo de jornalista esportivo, atividade que exerci até abril de 2010, não havia essa quase histeria coletiva que aproxima e afasta as pessoas, dependendo das circunstâncias.

As redes sociais deram voz ativa aos torcedores, que antes eram agentes quase passivos, restritos à participações em programas esportivos via telefone, carta, fonograma, pombo correio… É um mundo em efervescência, em ebulição.

O fato é que os jornalistas esportivos já não falam sozinhos. Há toda uma legião de torcedores querendo opinar, informar, trocar ideias, debater, elogiar, atacar e ofender. E são ofensas muitas vezes agressivas demais, em tom raivoso, beligerante.

Estamos diante do crescente empoderamento – nunca pensei que fosse empregar essa palavra – do torcedor. Quem não tem blog, tuíter, face entra nos espaços dos outros para exercer esse poder, nem que para isso apele para a ignorância algumas vezes.

Com isso, sucedem-se os conflitos. E não só gremistas x colorados ou torcedores x jornalistas. O pau tá pegando firme entre torcedores do mesmo clube. Sabe aquelas brigas nos estádios, aqueles ‘bolinhos’ entre torcedores logo apartados? É guerra de travesseiro perto do que acontece nas redes sociais, que em alguns casos só não resultam em agressões físicas porque o embate é virtual.

No caso dos gremistas, que eu acompanho de perto, é impressionante como tudo pode ser motivo para divergência, tomada de posição, radicalismo. Quem não pensa igual ou parecido se torna adversário, ou até inimigo. E por questões muitas vezes banais, insignificantes. Tudo ganha uma dimensão desproporcional ao fato.

Vejamos: aqueles que basicamente elogiam o Grêmio como um todo, sem entrar muito em detalhes, são taxados de oficialistas, chapas brancas. Já os que criticam até a roupa do Renato à beira do campo são os amargos, os urubulinos, apelido carinhoso que eu apliquei numa galerinha rançosa que mais critica do que comemora, e que parece estar sempre se vacinando contra futuras frustrações e decepções.

(Mas, que, se tudo der certo, estará comigo na Goethe no final do ano.)

Bem, se entender que a direção do Grêmio, a comissão técnica e os jogadores estão fazendo um trabalho de alto nível de forma geral – os resultados estão aí para comprovar – é ser chapa branca, então não resta dúvida, sou chapa branca.

Agora, nunca deixo de destacar o que considero errado, mas não é muita coisa, são detalhes. Já os mais, digamos, críticos, são uns implicantes antes de tudo, em especial com o Renato. Se ele opta por Jael, é por bruxismo, não porque se trata de um jogador que mantém o esquema no caso da ausência de Lucas Barrios. Idem para alguns outros do grupo, como o Fernandinho.

Já eu penso diferente: o Renato conhece melhor o potencial técnico e emocional de cada jogador, as alternativas não são tão melhores assim, então que se dê crédito a quem já provou qualidades. Eu prefiro o Éverton ao Fernandinho, mas não faço disso um motivo para atacar e ofender o treinador. Quem quiser fazer, que o faça

Eu vejo alguns jogadores insuficientes no grupo, mas ainda assim o Grêmio está avançando. Muito por causa do Renato, que, apesar de perdas significativas em relação ao time que venceu a Copa do Brasil 2016 com uma campanha espetacular, consegue manter um bom padrão de jogo quando conta com os titulares ‘sobreviventes’.

“Ó, olha o chapa branca se manifestando”, vão dizer. Por outro lado, tem gremista cobrando o mesmo padrão de jogo que havia na reta final da CB, quando o Grêmio encantou o país com um futebol bonito e efetivo. Ignoram que o time sente a perda de Maicon, Douglas e Pedro Rocha. Sem contar o Bolanos, contratado a peso de ouro.

Hoje, infelizmente, em função de desfalques sucessivos e ausências irremediáveis (Maicon, Douglas, Pedro Rocha), o toque de bola já não é o mesmo, e Renato teve de buscar outras soluções, nem sempre as ideais em função da limitação do grupo.

Muitos gremistas pensam como eu, não no todo, porque aí seria impossível. Mas há quem pense diferente, também não no todo, mas em alguns aspectos. O importante é aceitar quem pensa diferente. Portanto, é possível conviver com um mínimo de respeito, harmonia e civilidade. Eu disse um mínimo, porque mais que isso é quase impossível.

Nunca haverá unanimidade, nem na mesa do bar com meia dúzia de gremistas nem no whats, blog ou no twitter, com seus milhões de torcedores que formam um gigantesco coro de gente ansiosa para ser protagonista em todo esse processo que envolve o futebol, fiscalizando, opinando e cobrando.

Grohe e reservas garantem a vitória em Campinas

Tem gente que não consegue entender que o Grêmio jogou com um time reserva em Campinas, e taca-lhe pau. Nos meus grupos de whats tem gente que anunciou que não assistiria ao jogo diante da escalação apresentada. Queriam, quem sabe?, um time mais forte, com o máximo de titulares?

Renato é um sábio. Ele anteviu que enfrentaria um time desesperado, que dá pau até na sombra, e mandou a campo o mínimo possível de titulares. O que a Ponte Preta bateu não foi brincadeira. O Bob Esponja, digo, o Fernando Bob, quase afundou a barriga e o tórax de Ramiro ainda no primeiro tempo, sendo expulso com toda a justiça. Depois, outros lances violentos ocorreram, mas com punição branda.

Por sorte, ou sabedoria do técnico, o Grêmio manteve seu goleiro titular. Marcelo Grohe foi simplesmente espetacular, com seus braços “de motorista de kombi e de jacaré”. Grohe impediu não apenas a derrota, mas quem sabe até uma humilhação do TIME RESERVA. Escrevo assim em caixa alta, ou maiúscula, para que os gremistas infelizes não esqueçam que não foram os titulares que enfrentaram a Ponte Preta.

Grohe foi milagroso, e, aqui entre nós, um tanto sortudo. Aliás, goleiro sem sorte não chega a lugar algum. O fato é que o Grêmio, mesmo com reservas, obteve sua segunda vitória seguida e já assumiu, temporariamente, o segundo lugar no Brasileirão.

Sobre o gol, há que se destacar que a jogada começou com o vilipendiado Jael, que lançou Léo Moura pela direita, cruzamento perfeito na cabeça do baixinho Ramiro, o onipresente. Ramiro tem uma qualidade rara: a intuição da jogada. Por isso, além de marcar como um obstinado, ainda aparece para marcar gols decisivos. E há quem o queira fora do time.

Futebol é mesmo fascinante.

ÉVERTON

No mais, todos nós que defendemos a presença de Éverton pelo lado esquerdo do ataque no lugar de Ferdinando, não temos do que reclamar. Fomos atendidos. Quem leu meu comentário anterior sabe do que estou falando. Éverton não foi exatamente o que a gente esperava, mas deixou evidente, ao menos para mim, que jogando ao lado de um Luan e de um Lucas Barrios, irá render muito mais.

Então, Éverton de titular. Fernandinho, que entrou no segundo tempo, pode continuar lustrando o banco de reservas.

 

Éverton faz Renato reviver situação dos anos 80

Se Renato recuar no tempo verá que a sua relação com Éverton lembra bastante a que viveu como jogador do técnico Ênio Andrade em seu início no Grêmio.

Eu era setorista do clube pelo jornal Folha da Tarde. Eu e o Marco Antônio Schuster, que hoje desfruta, merecidamente, do clima europeu de Gramado. A gente enchia a concorrência de furos. Está bem, não era tanto assim.

O Schuster, pra quem não sabe, foi o alvo que Renato tentou acertar durante um treino, virando-se para a casamata do lado da social do Olímpico, batendo e tirando um fininho (como se dizia) do Schuster.

Renato era assim, brincalhão quando podia brincar; e sério quando se exigia seriedade. Penso que ele é assim até hoje.

Já naquele tempo, no alvorecer dos anos 80, ele fazia a alegria dos repórteres com suas tiradas nas entrevistas e, claro, lances surpreendentes como esse envolvendo o Schuster e que muita gente pensa que ocorreu comigo (éramos muito parecidos).

Renato vira e mexe salvava as edições de jornais com frases de efeito, comportamento irreverente (irresponsável para os mais conservadores) e atitudes e declações que fugiam ao padrão dos jogadores de futebol e que hoje ele repete como treinador.

Quando ele foi embora para o Flamengo por 600 mil dólares, em quatro parcelas que o clube carioca sempre atrasou, eu senti muito porque desfalcava o Grêmio, mas principalmente porque perdia uma fonte de notícias e bom-humor.

Bem, para não me estender nas memórias, vejo no Éverton o Renato do passado, dentro de suas devidas proporções, claro.

Renato buscava um lugar no time, estraçalhando nos treinos e quando entrava nos jogos. Mas Tarciso era o titular, jogador da confiança de Ênio Andrade. Tarciso era, também, o tipo do profissional que os técnicos gostam, aplicado, obediente, tático, etc. O contrário de Renato.

Mas Renato jogava mais, com todo respeito aos fãs do Flecha Negra. Nos treinos titulares x reservas, Renato sempre se destacava. Seu marcador, Dirceu Jarrão, sofria.

Hoje, Renato tem o seu Tarciso (Fernandinho) e o seu Renato (Éverton).

Éverton (como Renato naquele tempo) está pedindo passagem. Renato tem suas razões para optar por Fernandinho. Prova de que até os mais irreverentes têm o seu lado conservador.

Ao barrar Éverton, ele está, de certa forma, concordando com Ênio Andrade, que preferia Tarciso – como hoje ele opta por Fernandinho -, decisão contra a qual Renato se rebelava. E nós setoristas, em sua maioria, também.  A gente sempre destacava as atuações de Renato nos treinos tentando influenciar o técnico.

Agora, tantos anos depois, Renato se depara com situação parecida. Por enquanto, ele está mais para Ênio Andrade.

Mas acho que não vai resistir muito tempo, assim como o velho Ênio não resistiu.

A hora e a vez de Éverton

A vitória de virada sobre o Flamengo, 3 a 1 na Arena, mostra em primeiro lugar que o Grêmio não se abala facilmente. Levou o gol no início do segundo tempo, mas manteve seu ritmo, mas aumentando a pressão no campo adversário.

A impressão que dá é que o Grêmio ficaria com maior controle de bola, cercando a área do Flamengo, mas não faria gol se o técnico Renato não fizesse o que todo mundo clamava: Éverton no time.

Pois Éverton entrou e logo em sua primeira participação se meteu entre a zaga para desviar do goleiro e empatar o jogo, aproveitando bola cruzada por Beto da Silva, jogador que está evoluindo a cada jogo.

Então, o jogo ratificou, em segundo lugar, que Éverton está se credenciando a ser titular no lugar de Fernandinho. Sei, Fernandinho é importante defensivamente, tem experiência e de vez em quando faz uma jogada ofensiva com algum efeito.

Já o jovem Éverton, atacante arisco, escorregadio, atrevido e batalhador, não tem a mesma disciplina tática, por mais que se esforce. Há quem diga que lhe falta inteligência tática.

Diante disso, Renato terá de optar mais uma vez entre a efetividade ofensiva de Éverton (goleador gremista no Brasileiro mesmo com poucos jogos) e o futebol operário de Fernandinho.

Renato já deu provas suficientes de sua capacidade. Não tenho dúvidas de que fará a melhor escolha para o time. Aqui, de onde estou, bem longe do vestiário, defendo que jogue Éverton desde o início contra o Lanús. Baseio minha opção – que é da maioria dos gremistas pelo que percebo – no que os dois jogadores estão apresentando. Éverton está jogando mais. Fernandinho parece sem agilidade e arranque para o drible.

Agora, o curioso é que tanto Éverton como Fernandinho são jogadores que realmente rendem mais quando entram no decorrer do jogo, normalmente ali pela metade do segundo tempo. Os dois entram e causam um salseiro na defesa rival. Fernandinho como titular desde a saída de Pedro Rocha caiu de rendimento. Mas tem a confiança de Renato em função de sua contribuição tática.

Bem, eu ficaria com Éverton, mas sem muita convicção considerando que estaria abrindo mão de um trunfo importante para o segundo. Mas quem garante que Éverton, cada vez mais confiante e seguro, não pode começar e praticamente ajudar a decidir o jogo já no primeiro tempo?

Acredito que Renato está pensando nessa possibilidade depois do que aconteceu neste domingo na Arena.

De minha parte, repito o que venho escrevendo faz tempo: chegou a hora e a vez de Éverton.

TORCIDA

Gostei do comportamento da torcida, da maior parte dela, que aplaudiu o atacante Jael. Alguns vaiaram o jogador, mas a maioria se mostrou solidária, respeitosa. Jael não tem culpa de estar no Grêmio e ser opção para a Libertadores.

Mas já que ele está aqui, que receba incentivo para ganhar moral ou ao menos um silêncio obsequioso.

 

 

Grêmio na final da Libertadores, e isso é o que importa agora

A primeira coisa que um gremista saudável emocionalmente deve fazer agora é comemorar a classificação à fase final da Libertadores. Para isso, é preciso engavetar nem que seja por algumas horas suas teses, tapar os ouvidos para os ranzinzas de plantão, desprezar o que dizem os rabugentos, tanto colorados quanto gremistas, e curtir este “momento lindo”, como diria Roberto Carlos.

Sei que não é fácil para um certo tipo de torcedor simplesmente sair por aí festejando sem qualquer espírito crítico, sem pensar no amanhã, até porque há umas três semanas até o ‘amanhã’ chegar.

Sei que é difícil ficar um jogo sem dar pau no treinador por essa ou aquela escolha. Mais difícil ainda, muitas vezes, é entender, e aceitar, que do outro lado há um adversário preparado e com o mesmo objetivo de vitória.

Quem foi à Arena nesta quarta-feira esperando classificação sem susto e sem sofrimento enganou-se. Quem acreditou que o Barcelona tem um time ruim em função dos 3 a 0 no primeiro jogo, e também pelas opiniões de colorados, foi surpreendido.

No primeiro tempo, o time equatoriano conseguiu neutralizar o Grêmio ofensivamente e conseguiu criar alguns momentos de pressão, que só não resultaram em gol pela qualidade do sistema defensivo como um todo, em especial pela dupla de área. Lá pelas tantas o Caicedo, um atacante arisco como foi um dia o Fernandinho, agitou pelo lado esquerdo e cruzou para o gol do Barcelona.

Criou-se um clima tenso na Arena. Aqueles que esperavam um show diante de um time desgastado pela viagem atribulada (o Barcelona chegou no final da madrugada) ficaram de olhos esbugalhados.

Mas veio o segundo tempo e com ele uma mudança de postura do Grêmio, que em vez de se encolher para evitar o segundo gol, adiantou a marcação e passou a ficar mais tempo no território inimigo. Méritos do Professor Portaluppi.

O Grêmio criou boas chances de gol, duas com Cícero, improvisado no lugar de Barrios, mais uma vez lesionado. Outra com Jael, que cabeceou uma bola na trave direita, tirando o goleiro da jogada. Prova de que até os insuficientes podem ser úteis em algum momento no futebol.

No final das contas, o Grêmio poderia até ter vencido de novo o Barcelona. Perdeu sua invencibilidade na Arena nesta Libertadores, mas confirmou que tem time para superar o Lanús, desde que melhore seu aproveitamento nas finalizações.

Destaque para a dupla de volantes. Arthur foi o melhor, a meu ver. Depois, Jailson, o mesmo que muita gente já queria longe do clube enquanto eu o defendia quase que isoladamente. Luan sentiu a marcação e além disso teve contra si uma arbitragem negligente. Mesmo assim, criou algumas boas jogadas.

Sobre a arbitragem, penso ter visto um pênalti sobre Éverton pela esquerda, quase no final. Ou pelo menos uma falta digna de cartão amarelo. Mas ele não marcou nada. Não vi o lance repetido. A primeira impressão, na hora, foi de falta.

Se Renato acertar seu ataque – o melhor a fazer é começar com Éverton, não Fernandinho – o Grêmio é favorito na disputa com o Lanús. Ele que reserve Fernandinho para o decorrer do jogo, opção que já se mostrou muito eficaz.

Mas isso é para mais adiante. Hoje, como disse Arthur após o jogo, o negócio é curtir a presença na decisão da Libertadores, lugar que muitos cobiçam, mas poucos alcançam.

LUAN

Para frustração daqueles que estavam preparados para atacar a direção gremista, Luan teve seu contrato renovado até 2020.

Luan poderia fazer como fez aquele outro no passado, mas mostrou ter mais palavra. Disse que renovaria, e renovou.