Típico jogo de Gauchão esse do Grêmio contra o Defensor, que, aliás, fez jus ao nome, porque só tratou de se defender.
O Defensor parecia um time do interior, preocupado apenas em não levar gol e especular algum lance de contra-ataque. O estádio parecia com a maioria dos estádios do futebol gaúcho, parado no tempo.
Até o público era de Gauchão. Meia dúzia de gato pingado.
E o que dizer da arbitragem? Parecia um trio noveletiano. O juiz deixou o time uruguaio bater e demorou a dar cartão amarelo. Até pênalti foi sonegado, como costuma acontecer por aqui. Foi no lance do gol de Maicon. Jael foi deslocado na cara do juiz. Felizmente, Éverton apareceu para concluir e Maicon surgiu de trás para fazer 1 a 0.
Quer dizer, um jogo muito parecido com os que o Grêmio enfrenta no regional: retranca armada e muita pancada para intimidar, sempre com a conivência dos árbitros de modo geral.
O resultado de 1 a 1 foi decepcionante, porque era jogo para vencer. Renato demorou a colocar Alisson, que deu nova cara ao time na frente.
O primeiro tempo foi mais arrastado, com o Grêmio tentando furar a muralha uruguaia. Ao mesmo tempo, tendo de cuidar para não levar uma bola às costas. Em Libertadores não tem moleza, vacilou está levando gol.
E foi o que aconteceu quase no final, quatro minutos depois do gol de Maicon. O zagueiro uruguaio, posicionado além da segunda trave, cabeceou livre, sem pular, para empatar a partida. Ali deveria estar o lateral-direito, mas Madson havia saído. Quem deveria estar ali seria o Ramiro ou o Alisson.
O fato é que os uruguaios, muito esforçados, aproveitaram o cochilo para fazer o gol.
O empate não chega a ser um mau resultado, mas diante das circunstâncias restou a frustração de deixar escapar a vitória praticamente consolidada.
Sobre os jogadores: faltou uma jogada mais qualificada pela direita. Madson ainda não se adaptou, nem sei se irá se adaptar.
Sobre Renato, Alisson está pedindo passagem para começar uma partida. Ele é um bom parceiro para Luan.