O Grêmio consegue transformar até uma vitória que se encaminhava morna, num jogo pra lá de ruim, em uma jornada épica, reforçando sua imagem de ‘imortal tricolor’, como diz o hino do grande Lupicínio.
Futebol tem disso. Eu saí da frente da TV aos 45 do segundo tempo, com o Grêmio conquistando, com seu time misto, uma vitória por 1 a 0, garantindo o primeiro lugar no grupo da Libertadores.
Quando voltei, dois minutos depois, o jogo estava empatado e Cícero sofria uma carga dentro da área, pênalti que dessa vez o juiz argentino marcou – Bruno Cortês sofreu dois e o juiz ignorou.
Quer dizer, aos 46 Kannemann fez contra, e aos 47 o Grêmio tinha um pênalti para desempatar. Jaílson se apresentou para bater, e o fez com qualidade, chute forte, rasteiro no canto direito, com o goleiro pulando no vazio do canto esquerdo.
A vitória por 2 a 1 foi mais do que justa. O Monagas é fraco, mas tem no campo irregular, na verdade um potreiro tipo os dos meus tempos de guri, um aliado. O Grêmio teve dificuldade para tocar a bola.
Mesmo assim, criou três ou quatro boas situações de gol. O Monagas ameaçou pouco, mas Grohe foi obrigado a fazer duas defesas difíceis.
O destaque do jogo foi Cícero. Além de participação efetiva no meio de campo, como articulador, acertou uma cobrança de falta na trave e depois acertou um belo chute de fora da área, que o goleiro salvou.
O setor defensivo esteve muito bem. Apenas Madson destoou um pouco. Geromel, de novo, impecável.
Do meio pra frente, destaque também para Ramiro, autor do primeiro gol, acertando um chute cruzado, rasteiro, de fora da área.
O Grêmio está classificado à próxima fase, e isso é o que importa agora. Na quarta-feira que vem, na Arena, às 19h15, decide quem fica em primeiro lugar enfrentando o Cerro (corrigindo, Defensor), que tem 10 pontos, um a menos que o tricolor.