Quem tem a experiência de ler alguns comentários fixados aqui neste blog – e também em outros espaços -, frequentado por gente que sabe mais de futebol do que qualquer profissional do ramo, ou pensa que sabe, conclui que o Grêmio é um time em processo acelerado de corrosão.
Seu treinador, o mesmo que conquistou quatro títulos em menos de dois anos, é considerado por muitos aqui um protetor de seus supostos amigos. Já diziam isso antes de o Grêmio conquistar a Copa do Brasil jogando um futebol iluminado, de encher de orgulho qualquer gremista, até os eternos insatisfeitos, mais conhecidos por urubulinos.
Para esses, Cícero, autor de um gol histórico sobre o Lanus na conquista do tri da América, não merece vestir a camisa tricolor. Poucos lembram o quanto ele foi importante, mas isso não tem valor para quem já sentenciou que Cícero não joga nada.
Hoje, quando o time sofre uma pequena queda de rendimento muito natural já que no meio do caminho ocorreram algumas perdas, Cícero voltou a ser o ‘bruxo de Renato’. Essa expressão me perturba, e me irrita, porque não passa minha cabeça que um treinador opte por supostos amigos, ou bruxos, consciente de que estará prejudicando o time. Muito menos o Renato.
Esses mesmos que cobram tanto, sabem muito bem que jogadores jovens normalmente custam a deslanchar, como por exemplo Éverton e Pedro Rocha. Se eu fizer uma pesquisa no blog vou encontrar, tenho certeza, gente execrando os dois guris tempos atrás de forma até violenta e definitiva, como se houve algo definitivo no futebol.
Arthur, que foi lançado por Felipão, sem continuidade porque o guri estava num processo de amadurecimento, também demorou um pouco a se afirmar. Mas quando foi fixado no time teve crescimento vertiginoso.
Agora, concordo com algumas críticas colocadas aqui pelos meus companheiros – alguns comparecem até mais que eu. É difícil de entender por que Jean Pierre não tem sido aproveitado. O mesmo vale para Matheus Henrique.
Por confiar em Renato, o cara que em breve vai virar estátua na Arena, não bato nessa tecla com a insistência de alguns aqui, que, na verdade, estão sempre buscando alguma coisa para atingir Renato. São gremistas que apenas toleram Renato, e deixam isso claro seguidamente. Tudo bem, é um direito deles, mas eu me reservo o direito de rebater quando achar necessário, e se houver motivo para isso.
Se dependesse desses gremistas, o Grêmio talvez estivesse sendo treinado por aquele que não ouso dizer o nome. Claro, ainda na fila por grandes títulos. Quem sabe não é isso que motiva esses torcedores sempre insatisfeitos: eles não gostam de ser felizes no futebol.
Esses torcedores, vulgo urubulinos, precisam de derrotas, de más atuações, de decisões supostamente equivocadas do técnico ou da direção. Qual é a graça quando tu está dando certo? Fica tudo tão enfadonho, mas tão enfadonho que quando o Grêmio joga bem fica tudo muito chato, e isso se reflete no número de comentários.
Quanto pior o Grêmio está, maior a participação nos comentários.
Sei que vou irritar alguns com esse artigo. Tudo bem, podem vir, estou pronto para o debate. Sei que ao meu lado terei um grupo de gremistas também críticos, mas mais compreensivos e tolerantes, que aprenderam em algum momento que não existe perfeição no futebol.
Para finalizar, fecho com a dupla Cícero e Maicon (que já fez ótimas partidas), mas os dois juntos não podem ficar em campo os 90 minutos. Matheus Henrique poderia ir entrando assim como quem não quer nada, como Arthur, no lugar do Cícero.
Espero que esse ‘Arthur II’ comece o jogo contra o Vitória, domingo. Não posso acreditar que Kaio, que até agora mostrou ser apenas um jogador aplicado, comece o jogo como titular, como estão especulando.
Sobre o revezamento na lateral-esquerda. Renato deve ter bons motivos para assim proceder.