Ao bater o Corinthians em pleno Itaquerão, o Grêmio desarmou uma bomba- relógio pronta para detonar em caso de um resultado negativo.
Foi neutralizada, também, a artilharia de críticas e cornetas que viria de todos os lados, inclusive de gremistas rançosos, que nunca estão satisfeitos e que estão sempre preconizando uma hecatombe, projetando a derrocada do time.
Fogo pesado, mesmo, viria da alguns setores da imprensa, em especial dos comentaristas ‘isentos’ que já nem disfarçam o seu desconforto, digamos assim, neste momento de superioridade gremista na gangorra regional.
O fato é que o Grêmio, agora com foco também no Brasileirão, tirou a invencibilidade corintiana em seu estádio neste campeonato e se credencia a brigar pelo título.
Será difícil ler algum dia uma manchete como esta que recolhi do site globo.com, destacando o que é omitido, com raras exceções, aqui abaixo do Mampituba:
“Grêmio mostra repertório, bate o Corinthians em Itaquera e sobe para terceiro”
Na linha de apoio o seguinte:
“Time de melhor toque de bola mostra que também tem contra-ataque mortal e vence com golaço de Everton, após arrancada e lindo passe de Luan; Timão sofre com limitações e erros na escalação”
Elogios merecidos, porque o time, mesmo sem Maicon e Léo Moura, conseguiu manter um bom toque de bola – abaixo do padrão que consagrou o time -, mas bom o suficiente para ser superior ao adversário.
No meio de campo, Cícero foi um substituto à altura do titular. Na lateral-direita, um Leonardo cada vez mais seguro, apresentando uma evolução que poucos previam ser possível.
Por falar em substituição, não conheço gremista que não tenha se assustado quando foi anunciado Bruno Grossi, já que Grohe havia sentido lesão no aquecimento.
Logo de saída, Grassi fez uma grande defesa após cobrança de escanteio. Depois, fez algumas intervenções importantes.
Destaque de novo para a zaga tricolor, a melhor do país, embora tenha gente aqui no Estado que pense diferente, apontando a zaga colorada como superior. Coisas do Texas, como diria o cornetadorw.
Quem escapou do fuzilamento midiático e da saraivada nas redes sociais foi Luan, que andou caindo de rendimento – como todo o time em alguns jogos -, mas nada que justifique críticas mais ásperas e especulações irresponsáveis.
Luan comandou o time do meio para a frente. Foi dele a metida precisa para Éverton desviar do goleiro e fazer o gol da vitória.
Sou da seguinte opinião sobre Luan: ele deve ser criticado quando realmente estiver mal na comparação com ele mesmo, mas nunca atacado, porque é a maior expressão técnica do time.
Por fim, pelo que vi no jogo, o técnico Osmar Loss está com as horas contadas no Corinthians.