O Grêmio nunca conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Esteve perto uma ou outra vez. Uma que não esqueço foi quando a Portuguesa tinha um timaço, com um Dener surgindo para o futebol como um novo Pelé, como se costumava dizer sempre que aparecia um jovem negro habilidoso e rápido. O Grêmio parou ali. Foi vice. Sua melhor participação em termos de resultado.
Pelo que vi até agora do torneio, não há Dener ou algo parecido despontando. Portanto, existe alguma chance de título pra quebrar esse jejum que até pega mal pela grandeza do clube, e pela quantidade de talentos que revelou nesses anos todos.
Seria bom esse título da Copa SP, embora eu defenda que a prioridade de times das categorias de base não seja festejar títulos, e sim revelar jogadores que possam subir, ajudar o time a vencer competições e também mostrar futebol que desperte a atenção dos poderosos.
Nesse aspecto, o Grêmio tem obtido sucesso. Tem revelado jogadores e negociado alguns deles com valores que ajudam o clube a equilibrar as finanças e a manter girando a roda do futebol.
Muito diferente do Inter, que hoje não tem nenhum jogador despontando, apesar dos esforços da mídia para ‘vender’ Rodrigo Dourado como grande jogador.
A balança do futebol gaúcho também por esse enfoque – o de revelar talentos – pende para o tricolor.
Tudo isso para chegar ao jogo desta tarde em Osasco, onde a gurizada do Grêmio bateu o forte Audax por 3 a 0, resultado justo que coloca o time nas quartas-de-final.
Mas vamos ao que realmente interessa, ao menos pra mim: qual o potencial desses guris.
Destaco o goleiro Gabriel (sem o Chapecó); o zagueiro João Guilherme, o lateral Kazu (participou do primeiro gol e fez o terceiro), o meia Guilherme Azevedo (autor do segundo gol) e, claro, Da Silva.
O centroavante é o mais promissor, pelo que vi até agora.
É candidato a ser o primeiro grande camisa 9 da base tricolor desde Alcindo, que surgiu no início dos anos 60. E lá se vão mais de 60 anos.
Todos os outros que apareceram depois foram medianos para baixo.