O jovem Darlan se encaminha para mostrar que o raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar. Em pouco mais de um ano, o Grêmio está revelando para o mundo três jogadores com características muito semelhantes, e todos de baixa estatura física.
Os baixinhos Arthur – o primeiro raio -, Matheus Henrique – o segundo -, e agora o terceiro, Darlan, parece que saíram todos da mesma chocadeira.
Darlan já tinha fã clube (inclusive aqui neste blog) antes mesmo de começar a ser preparado e lançado aos poucos por Renato, que tem a fórmula para não apenas lançar novatos como recuperar jogadores mais experientes, como estamos vendo, agora, perplexos (eu estou), com esse renascimento de André, principal figura dos 3 a 0 sobre o São José, time que bateu o Inter por 2 a 0 no Noveletão.
Os exemplos são muitos, e por todos conhecidos, como é também o caso de Marinho (este estava me decepcionando profundamente).
Pois o mago Renato, uma espécie de Midas do futebol, segue fazendo pequenos milagres. Seu desafio maior, hoje, é fazer Lincoln (exemplo de lançamento apressado, mas com aval de 9 entre 10 gremistas, entre eles eu) reencontrar o caminho que pode levá-lo ao estrelato.
Sobre os ‘Três Baixinhos’, é muito provável que Arthur não seja igualado por Matheus Henrique e Darlan. Afinal, Arthur teve um crescimento vertiginoso e hoje é estrela no Barcelona. Dificilmente será igualado, mas nada impede até que seja superado. O futebol tem dessas coisas.
A EXPERIÊNCIA
Li e ouvi críticas ao Renato por ter experimentado Matheus Henrique na lateral-direita. Vou desenhar:
Renato pode estar preparando o guri para fazer a função de Ramiro e por isso o colocou de lateral, para conhecer melhor o setor. Ramiro atuava também, como um segundo lateral, o suporte de Léo Moura.
Renato pode estar pensando em utilizar eventualmente o MH nessa função diante de determinadas circunstâncias. Então, o que é melhor para isso do que testar o jogador do que um jogo do regional e dentro de casa?
Por fim, Renato pode estar pensando em MH como futuro titular da lateral direita, posição carente de jogadores talentosos. São inúmeros os casos de volantes que viraram laterais e acabaram se destacando e até vestindo a amarelinha.
Agora, eu prefiro Matheus Henrique jogando pelo meio, mas não condeno Renato, que sabe um pouco mais de futebol que eu, por fazer essa experiência.
Afinal, ele já mostrou que sabe o que está fazendo. Ou não?