A máxima gaudéria resume a situação do Grêmio. Antes do jogo contra o Rosário, as chances de classificação na Libertadores eram pequenas, missão quase impossível.
Depois, com a vitória por 3 a 1 (tomou um gol inaceitável no final) e a derrota do Universidad, conquistar a vaga continua difícil, mas nada que um clube tricampeão da América, com um time de alto nível, não possa atingir.
Agora, o time faceiro que Renato armou para vencer o clube argentino na Arena, com apoio da torcida, e com a necessidade de vencer a qualquer custo, não pode ser repetido contra o Libertad, no Paraguai.
Renato terá de encorpar mais seu meio de campo. Maicon (de atuação espetacular para calar por alguns minutos, não mais que isso, seus críticos neófitos) e Matheus Henrique (este ninguém mais tira do time), vão precisar de alguém que marque mais, combata e não apenas cerque o adversário.
Bem, o primeiro passo foi dado.
Destaque para Éverton, que jogou como se tivesse dois ou três empresários/dirigentes europeus na Arena. Estava endiabrado, mas diminuiu o ritmo no segundo tempo, até para ajudar na marcação.
Outro que não sai mais é Jean Pyerre. Assumiu com personalidade a função do craque do time, Luan, e deixou Renato com um problema para quando o titular voltar. JP combateu, armou e criou jogadas ofensivas. De quebra, fez o primeiro gol, aparando cruzamento de Éverton.
Não há como ignorar a bela atuação de Leonardo. Marcou um gol em cruzamento de JP e outro, o terceiro, com um chutaço rasante, indefensável. Não conheço caso recente de tamanha evolução de um jogador.
De um modo geral, todos foram bem. André voltou a ser participativo, jogando para o time, mas ele não pode esquecer que centroavante não vive sem gols.
A dupla de área tricolor sentiu a pressão no final, quando a marcação gremista ficou mais vulnerável no meio. Thaciano substituiu Maicon (dor nos joelhos de novo) e nada acrescentou, uma decepção ao menos para mim.
Rômulo, que entrou no lugar de JP, apesar de ser jogador de marcação, pareceu meio perdido em campo. Alisson no lugar de Tardelli também não mostrou muita coisa. O titular está evoluindo, mas ainda abaixo do que dele se espera.
Destaque ainda para o goleiro Paulo Victor, com pelo menos uma grande defesa, além de intervenções seguras.
Quem ficou devendo mais uma vez é Bruno Cortez. Há de chegar o dia em que veremos um cruzamento dele resultar em gol ou ao menos grande defesa do goleiro. Fora isso, ele foi esforçado, combativo. E, o principal, não tem substituto.
Agora, pausa na Libertadores. Domingo tem Gre-Nal.
O Inter, que virou uma ‘máquina de time’ com a chegada de Guerrero, é o favorito. Ou não?
Ah, arbitragem de Leandro Vuaden.