O chefe da arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, afirmou nesta manhã, na rádio Gaúcha, que a ‘moderna tecnologia do VAR’ comprovou que o gol de Lindoso, o gol que abriu caminho para a vitória sobre o Bahia, foi válido.
Segundo o gaúcho Gaciba, o jogador colorado estava DOIS CENTÍMETROS atrás do penúltimo defensor do time baiano.
— A tecnologia utilizada dentro da cabine do VAR consegue trazer o exato posicionamento do lance e mostra que o jogador estava em posição legal. Provavelmente, se tivéssemos uma câmera exatamente na linha do impedimento, essa dúvida não existiria -, declarou.
A impressão que passa é que o impedimento foi tão ostensivo, tão clamoroso, tão claro e inegável, que mobilizou a CBF, a ONU, a Fifa, no sentido de defender o VAR, que a cada jogo do Brasileirão apresenta erros de todos os tipos.
O VAR seria realmente bom se conseguisse terminar o jogo praticamente imperceptível como devem ser as boas arbitragens. No Beira-Rio, o VAR foi o grande protagonista. Foram 4 minutos de espera para analisar o lance.
Não lembro de um lance de impedimento no campeonato ter paralisado um jogo por tanto tempo. O que me parece é que o pessoal envolvido nesse processo queria porque queria encontrar um meio de reverter a decisão do juiz Paulo Roberto Alves Jr. e de seu bandeirinha, o Bruno Boschilia.
Como deve ter se sentido o auxiliar depois de assinalar o impedimento com tanta convicção e firmeza? Ele não teve nenhuma dúvida.
Sr. Gaciba, a câmara que o sr lamenta não ter na linha do impedimento no momento da jogada são os olhos do Bruno Boschilia.
Os mesmos olhos que eu percebi arregalados quando os jogadores colorados, após a anulação do impedimento e a confirmação do gol, comemoraram junto dele, à beira do campo.
O que eu estou fazendo aqui?, parecia perguntar o auxiliar, questionando-se sobre o por quê da anulação. Agora ele já sabe, foram por causa do dois centímetros achados pelo VAR.
Marta Rocha
Os dois centímetros que beneficiaram o Inter, que tem sido favorecido por erros humanos dos deuses do apito e ameaça ocupar o lugar do Corinthians e do Flamengo, lembram as duas polegadas que tiraram o título de miss mundo da baiana (ora vejam só…) no concurso de 1954, nos Estados Unidos.
Marta Rocha virou uma torta deliciosa (recomendo a do Ponto Doce, na Cristóvão Colombo), e o jogo de ontem no Beira-Rio entra para a história como o jogo que começou a ser decidido por dois centímetros, nem mais nem menos.
E assim vai o VAR. Dias atrás escrevi que o VAR seria desmoralizado no futebol brasileiro. Está chegando lá mais depressa que eu imaginava.