Torço pela seleção circunstancialmente. Por exemplo, quando nela está algum jogador do Grêmio. No caso desta Copa América, só passei a torcer pelo time do Tite – no começo do Tite como técnico da seleção até torci um pouco por causa dele, mas hoje ele é um fator a mais para que eu seque – quando Éverton Cebolinha entrou no time.
Torci por mim, que defendi Cebolinha na Copa do Mundo, no ano passado, e fui considerado demente desvairado. Mas torci basicamente porque se trata de uma revelação gremista, além de ser um atacante raro no futebol mundial.
Bastou Cebolinha ganhar as manchetes que a ciumeira pegou, deu ‘cimeitite aguda’ em alguns boleiros, com destaque para Felipe Coutinho, que não larga a bola para o Éverton, e quando o faz é aquele passe burocrático, nunca uma bola enfiada como as do Maicon e do Luan.
Nesta noite, no Mineirão, o primeiro tempo foi escandaloso. Éverton só recebeu uma bola em condições de evoluir – perdeu a jogada por adiantar demais a bola. Aliás, muito bom esse Foyt, que jogou na lateral-direita dos argentinos.
Quase no final do primeiro tempo, um lance emblemático de ciumeira incontida. Coutinho avançando pelo centro, mais pela esquerda, tinha Éverton livre ao seu lado, esperando o passe. Coutinho optou pelo lado oposto, e a jogada acabou morrendo.
E aí, como se não bastasse, Tite substitui Éverton, quase uma queimação. Tirou um atacante que poderia definir a partida em um lance. Adotou o esquema chama derrota.
A Argentina ficou estimulada a atacar mais e só não empatou porque os deuses do futebol no momento parece que detestam tango, preferem pagode e sertanejo universitário.
O Brasil, depois de alguns sustos, conseguiu empatar no contra-ataque, através de Firmino, após grande jogada de Gabriel Jesus.
O título deve ficar mesmo é com o time de Tite, o melhor que vi até agora. Provavelmente irá pegar o Chile na final, domingo.
A Copa América, pelo nível baixo que está apresentando, é tipo o Gauchão, uma competição engana-bobo.