Empatar dentro do Beira-Rio lotado de colorados não pode nunca ser considerado um mau resultado. No Gre-Nal de reservas, pelo mau futebol apresentado pelas duas equipes, em especial a do Grêmio, o empate foi o resultado mais justo.
As duas equipes perderam dois pontos. Ganharam apenas um, o que já é muito pela bolinha de jogaram. Nenhuma delas fez por merecer os 3 pontos, que, no caso do Grêmio, serviriam para ultrapassar o rival na tabela de classificação.
Aqui na aldeia isso tem muita relevância, mas não afastaria o fato de que os dois, Grêmio e Inter, aspiram no máximo uma vaga na Libertadores, porque título é quase impossível.
Quero revelar que no segundo tempo, irritado com o Grêmio, que não havia levado perigo ao goleiro adversário, teve momentos em que, de tão revoltado, comecei a sorrir de nervoso diante dos passes errados de TODOS os jogadores do Grêmio.
Por falar em sorrir, o que foi esse gol que o Paulo Miranda marcou? São dois gols de cabeça ridículos em dois jogos (o outro foi contra o Bahia). Coisa mais varzeana é impossível. O goleiro Júlio César, que logo no início salvou o time em dois lances seguidos, deveria ter alertado o zagueiro que a bola era sua, mas PM acabou marcando contra.
E por pouco não foi o gol da vitória colorada. Mas aí apareceu Luan, bem ao estilo de centroavante, cabeceou para a rede após cruzamento de Capixaba, em jogada que a participação de Tardelli na origem. Um golaço.
Até o gol, aos 27 minutos, o Grêmio não havia levado perigo ao goleiro Danilo Fernandes, que só fez uma defesa, e das mais difíceis, quase no final, quando Pepê quase marcou.
Para falar e escrever negatividades sobre esse time B do Grêmio tem muita gente. Eu prefiro um olhar mais positivo sobre o que aconteceu neste domingo no clássico 421.
Primeiro, o gol de Luan, que pode contribuir para a volta do grande Luan que todos nós admiramos, no caso dos gremistas, e invejamos, no caso dos colorados e torcedores de outros grande clubes do país.
Luan está voltando?
Segundo aspecto positivo: o gol foi a faísca que acendeu Tardelli, que pareceu mais interessado a partir dali, revelando até uma certa sintonia com Luan. Os dois chegaram a se abraçar, acabando com essa história de inveja e boicote.
Por fim, destacar o trabalho de Thaciano, incansável. Foi o melhor de um time de atuação irritante.
Éverton, que já não havia ido bem no jogo anterior, voltou a decepcionar, pelo menos a mim. Teve um lance quase no final em que ele ficou frente a frente com Cuesta, junto a linha de fundo, quase na grande área. Era o momento de buscar o drible e invadir a área, quem sabe até cavando um pênalti, mas Éverton pipocou, recuou a bola. Quero confessar que quase saí da frente da TV.
Mas Éverton continua com muito crédito.
Sobre Gallardo, achei interessante a intenção de Renato, mas a ideia de liberar mais o Léo Moura para a jogada ofensiva não deu certo. Renato só tirou Gallardo no segundo tempo. Demorou. Gostei da entrada de Darlan, que entrou com personalidade, credenciando-se ainda mais.
No final das contas, pelo que jogou o Grêmio o empate foi mesmo um bom resultado. Mas vamos em frente. Agora, Libertadores.