Acostumado a jogar com dez, o Grêmio nem sentiu a falta de Geromel, expulso no começo do segundo tempo. Tudo indicava, porém, que seria uma noite de terror, até porque a arbitragem estava pra lá de suspeita.
O técnico Renato ‘Midas’ Portaluppi, tirou uma carta da manga. Sacou quem não deveria sequer ter entrado e colocou em campo o zagueiro David Braz, cuja contratação foi bastante questionada (‘óooh, vai tirar espaço do jovem
Rodrigues’, diziam).
Renato, forçado pelas circunstâncias, tirou quem pouco contribui e nada acrescenta.
O espaço ocupado por André na área de forma nada produtiva acabou sendo preenchido por outros jogadores de maneira mais resolutiva.
Isso ficou claro nos dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Libertad. No primeiro, aos 25 minutos, Kannemann (excelente atuação) disputou com a zaga e desviou de cabeça para Tardelli bater de voleio à queima-roupa. Como teria sido se André estive ali?
A mesma pergunta vale para o segundo gol. Aos 38, David Braz, de cabeça, mandou para a rede. As duas bolas levantadas para a área foram de Alisson, outro de bela atuação.
O Grêmio como um todo foi muito bem. Teve 77 por cento de posse de bola no primeiro tempo, mas sem efetividade. No segundo, na base da superação a partir da expulsão de Geromel após consulta ao VAR, o Grêmio foi mais objetivo, atacando com eficácia e bloqueando a entrada da área.
No jogo da volta, o Grêmio se classifica mesmo perdendo por 1 a 0. Espero que o gol ajude Tardelli a recuperar a confiança. O time vai precisar muito dele, assim como de Luan.
NOS ACRÉSCIMOS
Fiquei empolgado com a atuação do meia Franco. Jogou muito.