Assim como muitos gremistas com quem conversei na Arena estava pilhado para rever o Cebolinha e para ver o time com Diego Tardelli, e com Luan no lugar do camisa 9. Meu aproveitamento foi de 50%. Tardelli não jogou por questões médicas e Luan ficou no banco. Começaram Jean Pyerre e (surpresa!), André.
Foi na entrevista coletiva após o empate por 1 a 1 com o Bahia que ficamos sabendo que Luan nunca esteve cotado para jogar de falso 9. Segundo Renato, ele foi testado na função mas o time não funcionou. Se o esquema com Luan não funcionou em treino, não seria no jogo que iria funcionar, disse Renato.
Foi um balde de água fria em mim e em todos que esperavam ver o time jogando como na Copa Brasil de 2016, sem o centroavante tradicional. Renato disse mais, que o time e ele preferem jogar com alguém dentro da área. Ou seja, André é titular, e agora mais ainda com a lesão de Vizeu, aparentemente muito séria.
Ficamos todos dependentes de André.
Então, esta é a pior conclusão da noite, que prometia ser de futebol bonito e vitória serena, e que terminou com a certeza de que Renato não vai mesmo abrir mão do camisa 9.
É claro que isso não impede que o time volte a engrenar – o que é quase uma obrigação depois da pausa para treinos de aprimoramento -, mas depois do que se viu diante do Bahia resta o temor de que um ciclo está terminando.
Não que o time tenha jogado mal, não mesmo. O time dominou, criou situações perigosas, inclusive com um chute de JP na trave direita.
Aliás, JP teve alguns momentos importantes no jogo, como esse chute na trave e a bola enfiada para Cebolinha no final do primeiro tempo, que resultou no pênalti, por sinal muito bem cobrado pelo principal atacante do time.
Contra JP o lance que poderia definir a partida a favor do Grêmio. Num raro lance de vitória pessoal, André deixou JP na cara do gol. Era só chutar, mas o jovem meia optou por encostar a bola para um companheiro, mas o fez de forma errada, para alívio do goleiro Douglas.
Não duvido que esse lance equivocado tenha causado a substituição de JP por Luan, o que aconteceu sob vaias de protesto da torcida contra a decisão de Renato. Naquele momento, poderia ter entrado Luan e saído André, mantendo JP em campo.
Aliás, consenso entre os torcedores que estiveram na Arena. Por isso, as vaias ao treinador.
Não se pode agradar a todos, afirmou Renato na coletiva. Agora, quando se desagrada a maioria é o caso de ter humildade e refletir a respeito.
Independente de qualquer coisa, o Grêmio mostrou futebol suficiente para superar o time baiano na Fonte Nova. Para isso, é preciso tirar os espaços de Arthur, um atacante arisco que infernizou a vida dos defensores do tricolor.