O Grêmio sobrou contra o Atlético PR, o que deve ser comemorado. Efusivamente comemorado. Pena que o time não traduziu em gols sua imensa superioridade no segundo tempo. Foi 2 a 0, mas poderia ter sido mais.
Tenho certeza que Renato ‘Midas’ Portaluppi vai cobrar de seus atacantes e meias o excesso de preciosismo na conclusão de jogadas que poderiam resultar em gol. Faltou simplificar as jogadas no momento do penúltimo passe e nas finalizações.
De qualquer modo, a vitória por dois gols foi melhor do que a encomenda. Tinha muito gremista assustado por aí, eu inclusive.
Mais uma vez Renato soube armar seu time, e mesmo sem um volante com mais imposição física o sistema defensivo esteve seguro, não apareceram clarões diante da área e, sim, a dupla Geromel/Kannemann, matou a pau.
O comentarista da TV não cansou de elogiar a zaga, ‘a melhor do Brasil’, salientou. Aqui na aldeia há controvérsias. Tem gente dizendo que a melhor dupla é a do colorado. Faz parte, o microfone, o papel e as redes sociais aceitam tudo.
Esquecem os deslumbrados que essa dupla colorada só consegue se dar bem porque há um cinturão de volantes à sua frente. Diferente do que acontece com a zaga tricolor.
E o que foi aquele mergulho de Kannemann enfiando a cara praticamente no bico da chuteira do adversário? Um kamikaze. A lamentar apenas o cartão amarelo que recebeu, sem a menor necessidade.
O Grêmio foi sempre superior ao time paranaense, em especial nos 20 ou 25 minutos finais, a partir da entrada de Tardelli.
O primeiro tempo foi mais encrespado. Raros lances de área. Até que Éverton Cebolinha, que não anda conseguindo muito sucesso com seus dribles estonteantes, meteu o pé debaixo da bola e a lançou com maestria para André marcar. Sim, gol de André. Ouvi anjos tocando trombetas.
No segundo tempo, aos 20, André foi puxado no pé pelo goleiro dentro da área. Pênalti que o juiz não deu e não chamou o VAR.
Felizmente, cinco minutos depois, Jean Pyerre bateu falta com precisão cirúrgica e ampliou.
A partir daí, o time paranaense abriu-se mais na tentativa de descontar, o Grêmio teve campo praticamente livre para ampliar e liquidar de uma vez essa fatura. Foram várias situações desperdiçadas por falta de mais foco no acabamento das jogadas.
Foi uma atuação completamente diferente das que o time tem na maioria dos jogos do Brasileiro. O Grêmio quando joga assim, pilhado e determinado, é praticamente imbatível.
Desconfio que tem colorado rezando desde já. Melhor ser eliminado pelo Cruzeiro. Vai doer menos.
O jogo decisivo da semifinal será dia 4 de setembro, em Curitiba. A vantagem é tricolor, mas nada está decidido.
Destaque: Matheus Henrique foi o nome do jogo. Demais, demais.