Felipão não é o inventor do esquema ‘por uma bola’, esse que alguns técnicos empregam principalmente nos jogos mata-mata, mas é sem dúvida um dos treinadores que mais venceram jogando assim, fechando a ‘casinha’, jogando no erro do adversário e verticalizando as jogadas, nada dessa ‘frescura’ de trocar passes e jogar bonito.
Para Felipão e seus seguidores, bonito é vencer de qualquer jeito. De preferência no finalzinho, e de cabeça, conforme ensinou Felipão nos anos 90 com Jardel amontoando gols em cruzamentos de Arce e Paulo Nunes. Coisa de sádico. Matar nos acréscimos e depois se fechar ainda mais, curtindo o desespero do adversário agonizante.
Não se sabe a origem desse futebol pragmático, mas não há dúvida que o Estado onde ele é mais apreciado e festejado é o nosso. No Texas, como define o cornetadorw, nasceram os principais técnicos adeptos dessa filosofia de futebol, onde não pode faltar o zagueiro que dá bicão, o volante que suja calção e o centroavante aipim, em extinção no mundo, mas venerado aqui na aldeia texana.
Renato resiste bravamente. Ele já teve seu momento Felipão no próprio Grêmio, mas passou. Hoje, está regenerado com sobras, porque nenhum time joga melhor e mais bonito que o Grêmio já faz três anos. É a prova de que é possível ser campeão sem apelar para a ignorância.
Pois nesta terça-feira, na Arena, dois ícones de escolas opostas, antagônicas, estarão se enfrentando. Torcedores “Viúvas” de Felipão, apesar de gremistas, estão divididos. Choramingam aos microfones e nas redes sociais.
Eu, pelo Grêmio, por Renato e pelo futebol que encanta e é capaz de conquistar títulos, quero a vitória sobre esse Palmeiras milionário e influente na CBF.
O Grêmio não joga somente por si, joga pelo que existe de mais belo no futebol: o drible, os passes precisos, as enfiadas de bola e gols espetaculares. Ah, e não faz mal se o gol da vitória aconteça nos acréscimos, e de cabeça.
Por fim, espero uma arbitragem isenta, idônea, à altura da grandeza do espetáculo.