O Palmeiras começou a vencer quando iniciou o jogo desarticulando o modo de jogar do Grêmio. Quebrou o tradicional toque de bola no meio de campo, trouxe o Grêmio para a vala comum do futebol brasileiro e acabou fazendo seu gol ainda no primeiro tempo.
Desde os anos 90 é sabido que depois que faz um gol, Felipão sabe como poucos garantir o resultado. É um técnico que arma um setor defensivo e de marcação como poucos. E quando faz isso contando com jogadores de alto nível e substitutos à altura no banco, Felipão se agiganta.
Há exceções, claro, porque o futebol, como diria o ex-treinador Dino Sani, o futebol é uma caixinha de surpresas. Felipão já sofreu revezes retumbantes, mas de um modo geral quando larga na frente dificilmente perde um duelo de dois jogos, o mata-mata.
Não faz muito foi eliminado pelo Inter. Quer dizer, se o Inter conseguiu, por que o Grêmio não conseguiria?
A diferença é que o Inter perdeu fora e venceu em casa (ambos 1 a 0). Ganhou na vaga nos pênaltis.
Se alguém pensa que o Grêmio não tem condições de vencer o Palmeiras em SP está muito enganado.
O Palmeiras venceu por 1 a 0 na Arena, um gol que contou com a sorte de Gustavo Sparta. A bola roçou a barreira e se tornou indefensável. Bem, talvez São Marcelo Grohe defendesse.
Se repetir o futebol do segundo tempo, o Grêmio ganha do Palmeiras. Ainda mais se começar sem André, que mais uma vez foi um peso morto.
Sobre o jogo em si, constato que o time errou demais de novo na armação de jogadas, nas bolas enfiadas, no penúltimo passe. Méritos do adversário, que marca forte e organizado. Os homens de criação só cresceram no decorrer do segundo tempo, mas continuou faltando aquele lance em que o atacante aparece na frente do goleiro, como já vimos tantas vezes.
Pênalti
Num dos raros lances assim, Alisson foi empurrado por trás pelo jogador número 6 do Palmeiras. Repetido na TV, viu-se que foi falta clara, pênalti sonegado pelo juiz, que nem pediu o VAR. Lamentável o ex-juiz Carlos Simon, vendo a falta dentro da área, afirmar que não houve nada. Será que os juizes do VAR não foram influenciados por essa afirmação?
Não sei, só sei que o Grêmio terá que jogar mais do que jogou nesta noite fria na Arena se quiser ir para a final. A favor do Grêmio a ausência de Felipe Mello no jogo da volta em função da expulsão.
Éverton precisa ser mais acionado – coisa que pouco ocorreu no primeiro tempo. Capixaba em três ou quatro oportunidades ignorou o melhor atacante do país (disputa pau a pau com Dudu, que contra o Grêmio vira craque). No segundo tempo, Éverton apareceu mais e fez boas jogadas, mas ainda abaixo do seu potencial.
No mais, esperando que Luan acorde depois de ter sido preterido por Renato até para entrar durante o jogo. Renato preferiu, vejam só, o novato Luciano. Talvez isso mexa com o brio de Luan. Com Luan interessado e em forma física, as chances de classificação aumentam bastante.