O Atlético foi muito melhor que o Inter, que jogou apenas para não levar gol. O técnico Odair colocou o regulamento debaixo do braço e até deve ter dormido com ele.
Tivesse um pouco mais de qualidade e ambição, o Atlético PR poderia ter encaminhado melhor sua situação para o jogo final, lá onde o Inter canta de galo e ainda tem a ajuda do VAR quando a coisa complica.
A vitória por 1 a 0 é magra, mas pode ser decisiva se o técnico Tiago Nunes não se intimidar e conseguir armar seu time forte na marcação e rápido no ataque.
Empurrado pela torcida, o Inter não será o time acadelado que se viu na Arena de Curitiba. Terá de atacar com mais insistência, e aí pode sofrer contra golpes, desde que o time paranaense não se assuste com o clima adverso.
Para isso, é fundamental que o técnico Tiago, que está mostrando ser um profissional muito competente e com ideias arejadas, apesar da insistência com esse peso morto no meio do ataque, o Marco Ruben. Cada um tem o André que merece.
Aliás, não entendi por que ele sacou o melhor atacante do time, o Rony, na reta final do jogo. É mais ou menos como o Renato tirar o Éverton sabendo que em um lance pode sair o segundo gol, que daria ampla vantagem no jogo da volta.
Rony infernizou a zaga gremista. Contra o Inter, ele não teve tanto espaço, até porque o Inter jogou todo em seu campo. Foram mais de 70% de posse de bola do Atlético. Mesmo assim, a bola do jogo foi dele, que invadiu a área a dribles, ao estilo de Éverton, e o gol só não saiu porque Lomba fez uma defesa sensacional.
Sobre a arbitragem, excelente. Um juiz sério e firme nas decisões. No jogo da volta, prevejo um juiz com perfil bem diferente, se é que me entendem. Se for o tal de Vágner…