Depois de anunciar que o Inter já havia comprado o chopp pra festa do título, declaração que irritou Lindoso, que parece ter virado porta-voz colorado, o técnico Tiago Nunes quer agora jogar água na bebida.
É só pretensão, porque o Atlético não tem chance alguma de aguar o chopp colorado. Nenhuma.
Até aquele ditado de que a esperança nunca morre caducou tamanha a superioridade do Inter sobre o mediano time paranaense.
Ora, um time que faz campanha de rebaixamento em jogos fora do seu covil de piso sintético não tem condições de vencer (ou mesmo empatar) um time que em seus domínios é quase imbatível, e que quando está na iminência de sofrer um revés é salvo por algum erro humano de arbitragem.
Resumindo, um time que é um gatinho fora de casa tem chance de enfrentar um leão, que é o Inter no Beira-Rio?
Teoricamente tem, porque tudo é possível no futebol. Até mesmo ser eliminado por um Mazembe da disputa de um Mundial de clubes. Acontece de tudo, e mais um pouco.
Ainda contra a pretensão do Atlético, que na realidade joga pelo empate, tem a infeliz declaração de seu treinador, que, aliás, anda falando demais (coisa de noviço em grande decisões). Tiago, normalmente ponderado e equilibrado, disse domingo que talvez pegasse o boné após o jogo desta noite, com qualquer resultado.
Lamentável. Ele tentou amenizar sua fala absolutamente inoportuna numa semana em que todos devem estar mobilizados e focados na grande final da CB 2019.
Do outro lado, também um técnico noviço, mas, diferente do rival, se mantém discreto, pelo menos por enquanto.
Odair se limita a sugerir que D’Alessandro talvez não jogue, está em tratamento, blá-blá-blá. Conversinha antiga e superada, mas que volta e meia ressurge. Claro que o argentino vai jogar.
Outro trunfo colorado: o centroavante Guerrero dificilmente deixa de marcar no BRio. Noventa por cento de seus gols foram em casa. É outro ‘craque’ caseiro do colorado, um time essencialmente caseiro.
Do outro lado, temos o Atlético com um time modesto, com vários jogadores sem maior experiência em jogos como o desta noite, com um estádio lotado, cerca de 50 mil colorados urrando por um título nacional depois de 27 loooongos anos.
Sugestão de um secador curtido: saia da frente da TV e desligue o rádio e a internet. Recolha-se num quatro à prova de som e coloque pra tocar sertanejos de sofrência. É ruim? É, mas pior é secar o adversário sem ter chance alguma de sucesso.