Uma vitória do Grêmio sobre o Flamengo daria um pouco mais de brilho à esta temporada que se aproxima do fim. Foi o que escrevi na última coluna. Logo, uma derrota diante do misto frio dos cariocas, como a que aconteceu neste domingo, 1 a 0 em plena Arena, torna tudo opaco, cinzento.
De coruscante – gosto de usar esta palavra aplicada pelos mais eruditos aqui da aldeia – restou a luz pálida, pendurada lá no fundo, representando o título regional.
Por mais que a gente enalteça aqui, a vaga no G-4 não passa de um prêmio consolação. É pouco para quem apostou muito. Não vou nem falar daqueles que lutam para ficar no G-6 ou que se encontram no limbo.
Agora, se não está bom para o Grêmio, o que dirá para outros clubes grandes como Corinthians, Cruzeiro, Atlético Mineiro, etc.
O ano tricolor não termina ruim, mas o final é brochante, ainda mais depois dessa derrota diante de Jesus e seus apóstolos.
Está certo que o juiz, um cara com emblema da Fifa, teve o desplante de marcar pênalti de Léo Moura, como se fosse possível alguém cair sem usar um braço como apoio.
Quando vejo um lance como esse sempre lembro de dois pênaltis similares anotados a favor do Inter, contra o Cruzeirinho, num jogo eliminatório do Gauchão.
Segundo li e ouvi, há determinação da Fifa no sentido de que não se marque infração em lance como o deste domingo. O juiz Rafael Claus marcou e não voltou atrás, apesar da pressão gremista.
Até o comentarista Sálvio Spínola, que normalmente é contrário ao tricolor, disse que o pênalti não deveria ser marcado.
No final do jogo, o zagueiro Rodolpho tocou com a mão na bola, num lance de linha de fundo. Claus, é claro, não marcou a infração, o pênalti.
Para atenuar o dano que causou ao Grêmio e dar uma de isento, a 10 minutos do fim, ele expulsou o Gabigol, que joga muito, mas não tanto quanto ele pensa, especialmente quando se mete a apitar o jogo e a debochar do adversário, como aconteceu nesse jogo.
No mais, foi um jogo parelho, com o Grêmio com mais iniciativa de modo geral, mas de novo pouca eficiência no acabamento das jogadas e nas conclusões.
A expulsão de Gabigol só não foi mais positiva para o Grêmio, que aumentou a pressão e merecia mesmo um empate, porque à essa altura André, o Insosso, já estava desfilando sua preguiça em campo, deixando o Grêmio também com dez jogadores.
Aliás, é revoltante que o técnico Renato insista em colocar esse jogador em campo. É um acinte, um tapa no rosto de cada gremista.