O Grêmio dominou amplamente o Corinthians – hoje o clube mais poderoso do país em termos de aporte financeiro -, criou inúmeras chances de gol contra nenhuma do adversário, voltou a consagrar um goleiro rival e, de quebra, por força de hábito, desperdiçou um pênalti.
Com isso, ficou no empate – o terceiro 0 a 0 seguido entre os dois times, um verdadeiro clássico nacional – e deixou de somar dois pontos em casa. Pontos valiosos como os que escaparam em Fortaleza e que poderão ser decisivos mais adiante.
O resultado foi ruim diante do que aconteceu no jogo, mas tem gremista nas redes sociais jogando gasolina no fogo, transformando o empate diante de um candidato natural ao título em calamidade.
Esse tipo de comportamento é compreensível porque o gremista na Era Renato está acostumado a vencer, e neste ano quer o título do Brasileirão a qualquer custo, como se não houvessem mais candidatos fortes e com igual ambição.
O Grêmio acabou de perder seu melhor jogador, o jogador que fazia a diferença ofensivamente, mas esse é um fator desprezado pelos mais rabugentos e duros nas críticas.
O alvo é Renato pelas razões já conhecidas.
Nem vou entrar no mérito, porque essa turma que torce muito mais por suas teses e assertivas já entrou num túnel escuro onde a tese tem mais peso que os fatos.
O fato é que o Grêmio jogou uma boa partida contra o Corinthians, e só não venceu porque o goleiro Cássio mais uma vez impediu uma vitória tricolor nesse confronto entre gigantes do futebol brasileiro.
Outro motivo para esse empate com amargor de derrota foi o pênalti perdido pelo goleador Diego Souza, apontado por todos os gremistas, eu disse todos, como cobrador preferido, pelo menos até essa cobrança bisonha – quando ele ficou a apenas três passos da bola levei medo.
Então, pelo volume de jogo, pelas chances criadas pró e nenhuma contra, o Grêmio fez por merecer a vitória. Éverton fez falta, mas não tanto quando eu esperava. O meio de campo não deixou o preocupante clarão no campo defensivo visto em alguns jogos.
Alison, com mais liberdade e mais dedicado à funções ofensivas, fez sua melhor partida. É o atacante que pode ser o diferencial no ataque. Pepê foi irregular, talvez sentindo o peso da responsabilidade que é substituir Éverton, alternando boas e más jogadas.
Agora é o Flamengo. Já tem “gremista” corneteando e prevendo uma derrota -o que não seria nenhum absurdo -, e pedindo a cabeça da estátua, monumento, aliás, que incomoda esse pessoal que quer ver Renato de volta, mas em definitivo, às areias do Leblon.