O Grêmio encaminhou a conquista do TRI campeonato gaúcho ao vencer o Caxias por 2 a 0, no Centenário. Domingo, ao que tudo indica, teremos uma comemoração de título com estádio vazio, sem o calor da torcida, sem ‘avalanche’. Triste, mas é o que nos resta.
A vitória começou nos pés de Pepê, logo no começo da partida. Como é bom fazer gol sem a figura do centroavante, do “fazedor de gol”. O primeiro gol gremista, o gol que deu tranquilidade ao time e perturbou o adversário, foi um gol em que Pepê entrou em diagonal na área e, da posição tradicional do camisa 9 tradicional, desviou do goleiro com habilidade.
E a bola que foi parar nos pés de Pepê partiu de um falso centroavante, o meia Isaque, que saiu da área para meter uma bola ‘maiconeana’ para o companheiro. Um passe na medida para o toque final, uma punhalada no sistema defensivo.
Saúdo esse gol porque hoje não lerei nem ouvirei o choro das viúvas dos aipins, os gigolôs de pontas e meias, que ficam na área parados esperando a bola que os irá consagrar e renovar seus contratos. Quando essa bola não vem, ele é incapaz de criar e buscar soluções.
Depois, no segundo tempo, o Caxias marcou um gol, o que seria de empate naquele momento. O VAR foi acionado e o gol foi anulado. Havia dois jogadores em impedimento. Quer dizer, nem o bandeirinha nem o juiz Jean Pierre viram a irregularidade. Foram salvos pelo VAR.
O gol que consolidou a vitória e permitiu que o time terminasse o jogo sem maiores atropelos foi muito bonito. O novato Éverton, que substituiu Pepê, lesionado, aparou a bola de fora da área e acertou o canto esquerdo, tocando na trave. Um chute indefensável para o goleiro Marcelo Pitol.
Agora, o Grêmio joga pela vitória simples por 1 a 0 ou empate. Não há gol qualificado. Se vencer por 3 a 0, o Caxias será campeão. Aí, nem com reforço do Messi, que anda procurando clube.
Se alguém tem alguma dúvida sobre a importância do Gauchão basta observar a reação dos colorados. Eles tentam disfarçar, mas não há como esconder a dor de ver o Grêmio comemorando mais um título.
Tem gremista que não gosta de festejar o título regional, nem tanto pelo título em si, mas porque ele está sendo conquistado pelo técnico Renato, o “entregador de camiseta” e “treinador da rachão”.
Renato comete erros, alguns inexplicáveis e difíceis de aceitar, mas é inegável que ele tem qualidades. Por isso acumula títulos e desconcerta seus críticos.
INDIVIDUALIDADES
Vanderlei – Fez uma grande defesa, mas trabalhou pouco. 8
Victor Ferraz – Sentiu o tempo parado. 6
Geromel – A segurança de sempre. 9
Braz – Deu conta do recado, simplificou. 8
Cortez -Ficou mais na marcação. Apoiou pouco. 7
Matheus Henrique – Mais recuado ele cresce no jogo. 8
Maicon – O maestro arruma a casa com sua serenidade para jogar. 8
Jean Pyerre – Melhorou em relação ao jogo anterior. Muito participativo. 8
Alisson – Sempre aplicado taticamente. E só. 7
Pepê – Fez o gol que abriu o caminho para a vitória. Saiu lesionado. 8
Isaque – Fez a jogada do gol. Rende mais vindo de trás. 8
Éverton – Substituiu Pepê, fez um gol e mostrou que será muito útil. 8