Renato, Jean Pierre e os conflitos com a imprensa

Renato Portaluppi é o técnico a ser abatido. Sim, abatido, não batido. É o inimigo número 1 de uma parcela menor – mas ruidosa como britadeira de asfalto – da torcida gremista; odiado pela torcida colorada como um todo e alvo preferido de uma certa parcela da crônica esportiva gaúcha, constantemente desafiada por Renato.

Na entrevista coletiva posterior ao Grenal de 1 a 0, no Beira-Rio, Renato provocou os repórteres, desafiando-os a mostrar a camisa vermelha usada pela roupa comum, social.

O técnico gremista estava aborrecido com os comentários e notícias veiculadas antes do clássico. Cobrou mais respeito aos atletas, etc.

Não foi a primeira vez que Renato reagiu forte às críticas e análises feitas por jornalistas e/ou radialistas. Isso mexe com o ego dos profissionais, alguns partem para a ‘vendetta’.

De repente, começaram a aparecer interpretações e notícias para a ausência de Jean Pierre do time principal, todas responsabilizando o treinador, que estaria ‘brigado’ com o jogador. Chegaram ao ponto de especular que Renato não gosta de ver alguém que brilhe mais que ele no time.

Olha, até pode ser verdade: a cada craque que surge ele trata de mandar embora para enriquecer na Europa e encher os cofres do clube. Renato não quer mesmo ver alguém brilhando mais que ele, se o garoto quer brilhar, que brilhe na Europa. (este parágrafo contém ironia)

Eu soube que JP estava sendo preparado para voltar em melhores condições físicas, para que pudesse jogar sem ter de voltar de novo ao DM, como tem acontecido com irritante frequência, alimentando boatos.

Pois JP deve voltar no Grenal de sábado. Outro que pode voltar é Maicon. É o meio campo titular se recompondo.

Com isso, terão de buscar outro assunto para fustigar o técnico gremista, que, em meio às críticas e cornetas de sua própria torcida, já garantiu vaga por antecipação à próxima fase da Libertadores.

Renato entre os 10 técnicos melhores do mundo

Não dou muita bola para estatísticas no futebol. O melhor isso, o pior aquilo, etc. Na falta de assunto até que vale para preencher espaço. Mas tem alguns levantamentos que servem para provocar.

É o caso do ranking divulgado nesta segunda-feira por um site holandês que elegeu os 10 melhores técnicos de futebol do mundo.

Adivinhem quem está na lista: sim, ele mesmo, Renato Portaluppi.

Antes que alguém se apresse em atacar o Football World Ranking, quero informar que esse site é muito conceituado na Europa pela seriedade de seu trabalho de avaliação de técnicos e jogadores, entre outras coisas.

O treinador gremista ficou na frente de grandes nomes no cenário mundial do futebol, como Zinedine Zidane (Real Madrid) e Diego Simeone (Atlético de Madrid).

Posso ouvir ranger de dentes aí do outro lado, diante da tela, mas percebo muito mais sorrisos de aprovação.

Os antirenatistas, entre radicais furiosos e moderados, vão ter de dormir com essa, na véspera de um jogo decisivo da Libertadores, contra o Universidad Catolica, na Arena, às 19h15.

O Grêmio é favorito. Por isso, Renato deverá somar mais uns pontos no ranking e quem sabe não se aproxime mais da liderança ao final da temporada pandemônica. Alguém duvida?

Gallardo, que está em segundo lugar no ranking, talvez estivesse abaixo de Renato se o River Plate não tivesse sido tão beneficiado na decisão de Libertadores de 2018 contra o Grêmio.

Confira a lista completa do site Football World Ranking:

  • 1º – Jurgen Klopp – Liverpool
  • 2º – Marcelo Gallardo – River Plate
  • 3º – Jorge Jesus – Benfica
  • 4º – Maurizio Sarri – Sem clube
  • 5º – Ernesto Valverde – Sem clube
  • 6º – Pep Guardiola – Manchester City
  • 7º – Renato Portaluppi – Grêmio
  • 8º – Tuchel – PSG
  • 9º – Diego Simeone – Atlético de Madrid
  • 10º – Zinedine Zidane – Real Madrid

O ‘choro’ de Renato e Coudet após os maus resultados na rodada

O dia em que Renato Portaluppi e Eduardo Coudet entraram em sintonia fina em suas declarações. Coudet: “Não estamos capacitados para jogar duas competições”. Renato: “É o preço de jogar mais de uma competição”.

Foi o que ambos disseram nas entrevistas após os jogos de ontem à noite. O Inter ficou no empate por 1 a 1 diante do São Paulo, no Beira-Rio, merecendo perder. Já se comenta a possível saída de Coudet, tão festejado por ser inovador e blá-blá-blá.

Já o Grêmio, com um time misto (o pessoal que ataca o tricolor muito mais para atingir o treinador desconsidera esse ‘detalhe’), não resistiu aos titulares do Atlético, hoje forte candidato ao título por ter formado uma boa equipe (boa, nada mais do que isto) e ter o suporte financeiro de uma grande empresa de Minas Gerais, além de um treinador de renome.

Os dois treinadores têm suas razões. Falta qualidade em ambos os grupos. Isso é inegável. Mas é fato, também, que os dois são responsáveis pelas contratações, algumas absolutamente insuficientes.

Bem, o Grêmio levou 3 a 1, foi dominado e mereceu perder. Jogou com apenas quatro titulares: Matheus Henrique, Lucas Silva, Pepê e Diogo Barbosa. Renato manteve a formatação que levou o time a vencer o Grenal, com três volantes no meio, mas as individualidades não eram as mesmas. Por isso, caiu o rendimento.

A derrota veio ao natural. O primeiro tempo foi desanimador. Mesmo assim o Atlético conseguiu fazer apenas um um gol, num erro de posicionamento de Paulo Victor (o que é discutível).

No segundo tempo, Keno ampliou aos 5 minutos, com a bola desviando na defesa e deslocando o goleiro gremista. Quatro minutos o paciente deu sinal de vida: Isaque descontou após cobrança de escanteio.

O mistro frio do Grêmio cresceu diante do time de Sampoli, que passou a caminhar enlouquecido à beira do gramado. Aí, o goleiro Éverson lança Keno que corre sozinho, desde o seu campo de defesa, seguido pelo MH, e desloca o goleiro PV, que estava numa tarde de chama-gol.

Foi um balde de água fria no time gremista.

Ficou muito claro pra mim que com o time completo, especialmente a zaga central, o Grêmio ganha do agora festejado Atlético. Na lateral-direita, que eu tinha alguma dúvida, agora estou convencido da titularidade de Orejuela. Victor Ferraz é aquele tipo de jogador ‘muito mais ou menos’. Joga um futebol burocrático, eficiente na maior parte das vezes, mas insuficiente para um time que almeja grandes títulos.

Agora, time completo diante do Universidad Catolica, nesta terça, às 19h15. No sábado, 17h, na Arena, mais um Grenal. Já está ficando chato isso.

Renato x Sampaoli: duelo de dois técnicos ofensivistas

O reencontro de dois treinadores que buscam o gol: Jorge Sampaoli e Renato Portaluppi. Mais que isso, é um duelo contra o treinador ficha 1 de grande parte da torcida para substituir Renato. O jogo começa às 21h deste sábado.

Outros dois nomes sempre lembrados são Tiago Nunes, recentemente demitido do Corinthians, e Fernando Diniz, que está pela bola 7 no São Paulo. Além do Roger, outro que não consegue firmar-se, mas tem seu fã- clube por aqui.

Nos dois jogos do Brasileirão, no ano passado, o Santos de Sampaoli bateu o Grêmio na Arena por 2 a 1. No jogo de volta, em SP, 3 a 0 para o Grêmio. Há um ano mais ou menos, Renato elogiou Sampaoli por também armar suas equipes com vocação ofensiva. O argentino agradeceu a referência.

Curiosidade, o gol na Arena foi marcado por Éverton, driblando no lado direito de ataque e chutando enviesado sem chance para o hoje goleiro tricolor, o Vanderlei. Em Santos, os gols foram da gurizada: Luan, PepÊ e Éverton.

Foram dois jogos em que ambos os times jogaram buscando o gol, deixando clarões no meio de campo. O Grêmio no atual momento tem preocupação em reduzir espaços no meio – como fez no Grenal – jogando com três volantes, todos com qualidade para deixar o campo defensivo e aparecer na área. Renato insiste que os jogadores do meio de campo precisam ‘pisar na área’.

Portanto, nada de armar a equipe para voltar com um ponto de Minas Gerais, embora o jogo seja com um dos mais fortes candidatos ao título nacional.

O Grêmio, apesar de ter jogo pela Libertadores na próxima terça, vai com sua força máxima disponível. Poupados mesmo apenas Vanderlei, Alisson, Diego Souza e Kannemann.

Desses, a lamentar de verdade só o zagueiro argentino. Paulo Victor é do nível de Vanderlei; Alisson é questionado por boa parte da torcida; e Diego Souza, ficando fora, abre chance para Renato escalar um ataque com maior mobilidade, que é do meu agrado e de muita gente.

A equipe provável: Paulo Victor; Victor Ferraz, Paulo Miranda, David Braz e Diogo Barbosa; Lucas Silva, Darlan e Matheus Henrique; Luiz Fernando, Isaque e Pepê. Gosto desse time. Acho que dá pra vencer.

CAVANI

O Atlético fez uma proposta ainda mais elevada que a do Grêmio. Algo em torno de R$ 30 milhões anuais, por três anos de contrato. Uma loucura que seria bancada pela família dona da MRV Engenharia. O jogador rejeitou. Quer jogar a Liga dos Campeões e receber mais que o dobro do que foi ofertado.

E pensar que muita gente acredita ainda que jogador de futebol, como os demais mortais, rasga dinheiro.

A realidade é que Cavani está estimulando um leilão pelo seu futebol. Nada contra. Faz parte.

Grêmio vence Grenal 427 e encaminha sua classificação na Libertadores

Com a vitória desta quarta-feira, dia 23, o Grêmio completa dez jogos sem perder para o Inter. E isso que o treinador do tricolor não passa de um ‘entregador de camiseta’ e ‘supervisor de rachão’, segundo alguns especialistas em badminton ou ping-pong.

Pois é, mesmo sem Geromel e Maicon, o Grêmio bateu seu antigo maior rival no Estado – o adversário agora é o Caxias – por 1 a 0, e até poderia ter conseguido um resultado mais elástico.

Em três bolas cruzadas rasantes da linha de fundo, não apareceu o pé do centroavante para desviar para dentro. Eram bolas para Diego Souza concluir. Mas ele me parece um tanto pesado e sem arranque.

Nesses lances faltou também a presença, vindo de trás, como surpresa, de um dos volantes – se Maicon estivesse em campo ele estaria ali para concluir, não por ser mais ágil, mas por ter uma visão ampla das jogadas para antever a melhor jogada.

Diego Souza, enfim, ficou devendo. No entanto, em outras jogadas ele se mostrou eficiente, como no lançamento que deixou Pepê livre para marcar, e ele fez o certo, encobriu o goleiro, mas a bola saiu pela linha de fundo.

O mesmo Pepê, que realmente tem dificuldade em mostrar seu jogo contra adversários retrancados, conseguiu em jogada individual, saindo da esquerda para a direita, fazer o gol da vitória. Um lance que lembrou muito Éverton (snif, snif, saudade).

O Grêmio foi sempre superior ao Inter. Quem leu meu comentário de antes do jogo viu que eu estava muito seguro da vitória, e que minha preocupação era mais com a arbitragem. Felizmente, deu tudo certo. Arbitragem impecável é sinônimo de vitória do time comandado pelo Mago Portaluppi.

Não vejo nesse time colorado qualidade para se manter sequer entre os quatro do Brasileirão, quanto mais disputar o título. Na Libertadores, vejo que o time corre sério risco de ficar de fora já nesta etapa. Nem é culpa do treinador. O elenco tem pouca qualidade.

O Inter tem dois jogos fora; o Grêmio dois em casa: pega o Universidad Católica, terça, 19h15; e depois o America. Quer dizer, tem tudo para terminar em primeiro lugar.

INDIVIDUALIDADES

Gostei muito do Lucas Silva, talvez o melhor em campo. Digo talvez porque Matheus Henrique, Kannemann e Orejuela também estiveram em nível elevado. Sobre o Lucas Silva, em alguns lances vi nele qualidades do Maicon, organizando o time e ditando o ritmo das jogadas, sempre assessorado por MH e Darlan. O goleiro Vanderlei fez uma grande defesa num cabeceio do Galhardo. Aliás, conforme comentou Mauro Galvão, a bola aérea seria o único caminho para o Inter tentar o seu gol. Mas aí apareceu bem a dupla de área. Rodrigues mostrou que pode ser uma boa alternativa.

No mais, aqueles que querem ver Renato pelas costas pelo jeito terão de esperar um pouco mais. Felizmente.

Grenal com arbitragem argentina e sem VAR

Começo com uma notícia que tirou parte da minha confiança absoluta numa vitória no Grenal desta quarta, 21h30, no Beira-Rio.

A Conmebol escalou um trio de argentinos para o clássico válido pela quarta rodada do Grupo E da Libertadores: Patrício Loustau será o árbitro, auxiliado por Ezequiel Brailovsky e Diego Bonfa.

A preocupação aumenta quando se sabe que em entrevista recente, o técnico colorado, um chorão dos maiores, disse que gosta de jogar tendo árbitro argentino no apito. E aí vem um trio argentino para o jogo.

Coudet, que virou freguês de caderno do Renato, deve estar feliz. Se ele pudesse, por certo traria seus hermanos para apitar aqui no Brasileirão.

Mas o que está ruim sempre pode piorar: o jogo não terá VAR, conforme estabelece o regulamento da Conmebol.

Apesar de tudo isso, acredito na vitória. Mesmo sem Geromel e Jean Pyerre, que mais uma vez fica de fora. O Grêmio tem mais time. Não vive um momento dos mais tranquilizadores, pelo contrário, mas não está pior que o rival em termos de futebol apresentado até o momento.

A volta de Pepê é o grande trunfo de Renato para o jogo. O time sem um atacante mais agudo e vertical perde muito em poder de fogo. Tem Ferreira aparecendo aí, mas a bola da vez ainda é Pepê.

Quem sabe os dois não acabem jogando juntos algum dia, com Renato optando por um ataque sem centroavante fixo, ganhando em mobilidade ofensiva. Luiz Fernando é outra alternativa.

Gostei também da ideia de jogar com três volantes, sendo que nenhum deles, felizmente, é o tal que ‘suja o calção’. A lamentar que Maicon ainda é dúvida. O Maestro cresce no clássico, que para ele é sempre uma sinfonia que ele rege à perfeição. Mas vamos aguardar. Se Maicon não jogar, o trio de volantes será o mesmo que jogou contra o Palmeiras.

Tudo indica, ainda, que Renato vai optar pelo Victor Ferraz, que não foi bem contra o Palmeiras. Talvez fosse melhor começar com Orejuela, que é mais versátil. Na esquerda, Diogo Barbosa, que pelo jeito já ganhou a posição. Foi relativamente bem domingo e tende a evoluir.

Meu palpite é de que aqueles que querem ver Renato pelas costas terão de esperar um pouco mais.

Time misto dá boa resposta e Ferreira começa a mostrar que pode fazer a diferença

Mesmo com metade do time hoje considerado titular, o Grêmio manteve um duelo equilibrado com o único invicto do Brasileirão, o Palmeiras. Destaque para Ferreira, que evitou a derrota com um gol de cabeça, desviando do goleiro Weverton. Coisa de quem conhece o caminho das redes;

O gol de empate, que aconteceu nos acréscimos, fez justiça ao time misto do tricolor diante da equipe titular do Palmeiras. Além disso, dá moral e confiança para o jovem atacante, que começa a justificar o investimento feito nele pelo clube após uma pendenga judicial.

O gol do time comandado por Luxemburgo foi marcado por Raphael Veiga, aparando cruzamento da esquerda. Até ali o Palmeiras pouco havia criado. O goleiro Vanderlei quase trabalhou, assim como o goleiro rival.

Foi um jogo de meio campo. Renato tratou de reforçar a marcação, preocupado com as ausências. Acertou ao escalar três volantes para equilibrar a disputa no setor, o que pode ser uma tendência para o Grenal de quarta-feira. O Grêmio ficou mais encorpado, o buraco que havia no meio praticamente desapareceu. O Palmeiras teve dificuldade para trabalhar a bola, para desespero e irritação dos secadores, azuis e vermelhos.

O Grêmio teve o controle da partida em boa parte do jogo, mas não conseguiu traduzir isso em situações de gol. Faltou alguém (Maicon) para o passe final de curta ou média distância, e também alguém com um drible vertical. Ferreira entrou para fazer isso. Sem ter sucesso com os pés, usou a cabeça. É um jogador que tende a crescer muito. Candidato forte à titularidade, mas ainda precisa confirmar.

Gostei que Renato voltou a utilizar a base. Só achei errado sacar Lucas Silva (cansaço?) para a entrada de Ferreira. Robinho é quem deveria ter saído.

O lateral Diogo Barbosa estreou bem. Marcou forte e deu algumas escapadas para o ataque. Mais entrosado será muito útil, podendo assumir no lugar de Bruno Cortez em definitivo.

O melhor do time foi Matheus Henrique, seguido de Lucas Silva e Alisson.

Em resumo, o MISTO do Grêmio contra os titulares do Palmeiras não jogou o suficiente para merecer três pontos, mas também não jogou tão mal a ponto de merecer uma derrota. O empate ficou de bom tamanho.

JEAN PYERRE

O Palmeiras manifestou interesse no meia, que até lembra Ademir da Ghia, ídolo palmeirense dos anos 70s.

Tem gente criticando o Grêmio por causa disso.

Ora, o Palmeiras tem direito de querer. E o Grêmio tem obrigação de negar.

JP só se for para o exterior, e por muita grana.

Grêmio joga em casa, mas não é favorito

Fazia tempo (acho que uns quatro anos) que eu que eu não escrevia uma frase parecida com esta: o Grêmio joga em casa e não é favorito. Neste domingo, 16h, enfrenta o Palmeiras, e tudo indica que terá uma zaga reserva.

Além de não contar com Kannemann e Geromel -este com alguma chance de jogar -, o técnico Renato mais uma vez não terá seu atacante mais agudo, o único que pode abrir uma defesa individualmente, como faz Éverton, agora no Benfica.

Pepê até poderia jogar, mas o negócio é vencer o Grenal de quarta-feira. E tem gente que despreza Grenal.

Há uma especulação de que Diogo Oliveira possa estrear na lateral-esquerda, saindo Cortez. Particularmente, penso que o melhor é começar devagar com o ex-palmeirente, que tem entrosamento zero com seus novos companheiros.

No meio de campo, espero que Lucas Silva seja confirmado ao lado de Matheus Henrique. Na linha mais ofensiva, Alisson, Isaque e Éverton, o genérico. Adiantado, o Diego Costa. Mas desconfio que ele será poupado para o clássico, passando Isaque para a frente e entrando Robinho.

Eu faria uma experiência com Alisson. Eu o colocaria mais centralizado, caindo para os dois lados, comandando a articulação. Ele cresce quando sua principal função é ser bengala de lateral. Alisson ainda não foi explorado como deveria. Aconteceu o mesmo com Marinho, que hoje brilha no Santos.

O Grêmio deverá contar com esses jogadores para começar:

Vanderlei; Orejuela, Paulo Miranda, David Braz (Rodrigues) e Diogo Barbosa (Cortez); Lucas Silva (Darlan), Matheus Henrique, Alisson, Isaque (Robinho) e Everton; Diego Souza

Pra finalizar, acho que Renato poderia escalar Rildo no lugar do Diego Costa, se for para poupar o goleador.

O Palmeiras também terá alguns desfalques: Lucas Lima, Patrick de Paula e talvez o Luiz Adriano, o que seria uma boa.

Romildo frustra gremistas radicais das redes sociais e mantém Renato

Até coletiva de imprensa virou motivo pra corneta. Não sei o que esperavam de uma coletiva em meio a uma crise, na véspera de um clássico nacional pelo Brasileirão e a poucos dias de um Grenal, pela Libertadores.

Quer dizer, sei o que muita gente esperava: a demissão do Renato. Não um pedido de demissão, mas um ponta pé na bunda mesmo para alegria dos ruidosos antirenatistas, um grupo que incha e diminui dependendo dos resultados. No momento, mais inflado que nunca.

Pois o presidente Romildo Bolzan, o primeiro a falar, decidiu manter o treinador. Até porque outra decisão seria um tiro no pé. Nenhum treinador chegaria agora e faria algo melhor. A não ser que por milagre os titulares que estão no departamento médico, o que mais trabalha no país pelo número de ‘internados’, de repente apareçam recuperados e pronto para jogar.

Decidiu manter, também, o preparador físico. O que vai mudar se trocar de preparador físico neste momento? Nada. Então, fica o sujeito que, pelo que li, foi indicado pelo Renato.

A favor desse profissional, Márcio Meira, está o bom jogo contra o Bahia, um oásis de qualidade e aplicação técnica e tática nesta fase assustadora. O Grêmio correu muito no segundo tempo. SErá que o problema é mesmo o preparador físico? Não sei, não entendo disso.

Sobrou, então, para o gerente executivo. Motivo? Não sei. Só sei que um executivo executa. Ele faz o que os superiores mandam. Apresenta sugestões, pesquisa, etc, mas só contrata com autorização de cima.

O presidente ainda comentou sobre a força das redes sociais. Dias atrás, fiz um artigo sobre a influência das redes sociais no futebol, em especial no Grêmio, rivalizando com a mídia tradicional.

Por fim, Renato deu aquele seu discurso tradicional, que não fede e não cheira, e não trouxe nada de novo. Lamentou apenas que não possa contar com titulares importantes por motivo de lesão ou de cartão. Frisou que o time está na luta pela Libertadores e pelo Brasileiro.

O momento mais tenso foi quando um repórter de rádio ao fazer sua pergunta deu a entender que Romildo teria dito que não garantia o treinador em caso de derrota no Grenal. Romildo elevou o tom para rebater esse disparate.

Qual dirigente vai dizer um absurdo desse com o treinador ao lado às vésperas de dois jogos de elevada importância. É muita maldade. Sempre aparece alguém para colocar mais gasolina no fogo, ainda mais se for no lado do Grêmio.

Grêmio joga mal e escapa de goleada no Chile

Mais sorte que juízo. O Grêmio escapou de uma goleada diante do Universidad Católica, no Chile. Perdeu por 2 a 0 e pode até comemorar por não ter levado mais, complicando a situação do saldo de gols, critério que pode decidir classificação.

O goleiro Vanderlei, que foi mal no jogo anterior, recuperou-se com grandes defesas. O restante do time esteve mal, e foi envolvido pelo toque de bola dos chilenos. Aliás, o pessoal da transmissão do SBT, em especial o Mauro Galvão, não cansou de elogiar o Universidad. Ora, é time para ser goleado na Arena. Quem viver, verá.

O Grêmio começou a perder o jogo no vestiário, antes de entrar em campo. Renato deveria ter reforçado o meio de campo. Um trio de volantes/armadores, como são Matheus Henrique e Darlan, para proteger mais sua zaga (desfalcada de Kannemann, e depois por Geromel, que saiu lesionado). O fato é que o Grêmio perdeu o controle do setor, e começou a ser derrotado por aí.

A única coisa positiva, que não chegou a dar o resultado esperado, foi Renato ter mandado a campo, ao perceber que a vaca já estava pastando no brejo, a gurizada que estava no banco. Pior não deve ficar, deve ter pensado o treinador gremista.

A piazada, desentrosada, entrou com todo gás, mas nenhum deles me entusiasmou. Espero que Renato insista com Ferreira, Guilherme Azevedo e Rildo (este foi o que mais agradou).

O que me assusta é ver que saindo um dos zagueiros a zaga já se perturba, os dois, então…

No meio, Maicon faz muita falta, apesar do peso da idade. Na frente, Pepê, com a saída do Éverton, virou salvação.

A lamentar também a ausência do Jean Pyerre, de novo por motivo de lesão.

Sem eles, o Grêmio é pouco mais que um time comum.