O Grêmio segue frustrando expectativas, para o bem ou para o mal. Aqueles que esperavam por uma derrota na Bahia para cornetear do roupeiro ao presidente, e colocar o técnico Renato no paredão de fuzilamento, terão de esperar mais um pouco.
Alguém pode pensar que estou exagerando. Nem é preciso percorrer as redes sociais, onde vale tudo do pescoço para baixo, para ver a quantidade de gremistas contrariados com os 2 a 0 sobre o time baiano, o mesmo que empatou com o ‘poderoso das galáxias’ em pleno Beira-Rio.
Como exemplo dessa frustração, cito um parceiro aqui do blog, coisa que não costumo fazer, mas não poderia encontrar maior exemplo. Olha que o “Olavo” escreveu, ali pelas 21h30,resumindo esse sentimento de quem torce e ao mesmo tempo seca, e que eu não consigo explicar:
“Grêmio venceu. OK. Fora, Renato”.
Sem comentários.
O JOGO
Foi uma vitória importante e uma atuação irregular, mas alentadora. Valeu pelos três pontos, fundamentais para um clube que entrou na competição como um dos favoritos. Mas valeu também porque o time mostrou vergonha na cara, e não se intimidou. Ah, e correu até o fim.
Os primeiros 25 minutos foram desesperadores, o que provocou coro de corneta na internet. Muito justo, aliás. Aí o time misto do Grêmio, que jogou sem alguns de seus principais jogadores, fez um gol, o que foi suficiente para dar mais moral ao time que entrou desacreditado por muitos, inclusive eu.
Bruno Cortez cobrou lateral para Diego Souza desviar na diagonal para trás, onde apareceu Alisson para chutar no canto direito. Uma jogada claramente ensaiada pelo ‘treinador de rachão’. No segundo tempo, com o Grêmio já melhor posicionado e mais confiante, uma jogada que lembrou os velhos/recentes tempos:
O jovem Darlan, de movimentação intensa na partida, mostrando que é um volante que ‘pisa na área’, recebeu um passe precioso de Alisson e soltou um balaço inapelável para o goleiro. Um tipo de gol, e circunstância, que da mais moral a qualquer jogador, principalmente para um jovem.
Alisson foi, na minha opinião, o segundo melhor jogador do Grêmio. Fez um gol e deu passe para outro (erro, quem deu passe para o segundo gol foi Éverton), além de participar muito do jogo. Foi talvez sua melhor partida pelo tricolor. Atrás dele, eu escolho Orejuela. Além da entrega, da dedicação e do envolvimento pleno com o jogo, ele apareceu bem também no apoio.
O melhor foi, sem dúvida, o Vanderlei. Fez grandes defesas, mostrou segurança e serenidade mesmo na pressão dos baianos. Esta vitória tão importante tem a participação decisiva do seu goleiro, ainda visto com desconfiança por mim e boa parte dos gremistas.
A lamentar a expulsão de Matheus Henrique, que não joga contra o Fortaleza, domingo, na Arena.
Importante registrar ainda que a ausência de medalhões abre espaço para observação dos jovens da base que aguardam uma chance no time principal. É cedo para conclusões, mas tem gente boa chegando aí.