O dia em que Renato Portaluppi e Eduardo Coudet entraram em sintonia fina em suas declarações. Coudet: “Não estamos capacitados para jogar duas competições”. Renato: “É o preço de jogar mais de uma competição”.
Foi o que ambos disseram nas entrevistas após os jogos de ontem à noite. O Inter ficou no empate por 1 a 1 diante do São Paulo, no Beira-Rio, merecendo perder. Já se comenta a possível saída de Coudet, tão festejado por ser inovador e blá-blá-blá.
Já o Grêmio, com um time misto (o pessoal que ataca o tricolor muito mais para atingir o treinador desconsidera esse ‘detalhe’), não resistiu aos titulares do Atlético, hoje forte candidato ao título por ter formado uma boa equipe (boa, nada mais do que isto) e ter o suporte financeiro de uma grande empresa de Minas Gerais, além de um treinador de renome.
Os dois treinadores têm suas razões. Falta qualidade em ambos os grupos. Isso é inegável. Mas é fato, também, que os dois são responsáveis pelas contratações, algumas absolutamente insuficientes.
Bem, o Grêmio levou 3 a 1, foi dominado e mereceu perder. Jogou com apenas quatro titulares: Matheus Henrique, Lucas Silva, Pepê e Diogo Barbosa. Renato manteve a formatação que levou o time a vencer o Grenal, com três volantes no meio, mas as individualidades não eram as mesmas. Por isso, caiu o rendimento.
A derrota veio ao natural. O primeiro tempo foi desanimador. Mesmo assim o Atlético conseguiu fazer apenas um um gol, num erro de posicionamento de Paulo Victor (o que é discutível).
No segundo tempo, Keno ampliou aos 5 minutos, com a bola desviando na defesa e deslocando o goleiro gremista. Quatro minutos o paciente deu sinal de vida: Isaque descontou após cobrança de escanteio.
O mistro frio do Grêmio cresceu diante do time de Sampoli, que passou a caminhar enlouquecido à beira do gramado. Aí, o goleiro Éverson lança Keno que corre sozinho, desde o seu campo de defesa, seguido pelo MH, e desloca o goleiro PV, que estava numa tarde de chama-gol.
Foi um balde de água fria no time gremista.
Ficou muito claro pra mim que com o time completo, especialmente a zaga central, o Grêmio ganha do agora festejado Atlético. Na lateral-direita, que eu tinha alguma dúvida, agora estou convencido da titularidade de Orejuela. Victor Ferraz é aquele tipo de jogador ‘muito mais ou menos’. Joga um futebol burocrático, eficiente na maior parte das vezes, mas insuficiente para um time que almeja grandes títulos.
Agora, time completo diante do Universidad Catolica, nesta terça, às 19h15. No sábado, 17h, na Arena, mais um Grenal. Já está ficando chato isso.