Mais três pontos importantes na volta de Álisson

Texto de Copião de Tudo:

Seguimos rumo ao G4 e uma ”possível” Taça conforme eu falo aqui desde a retomada pós-pandemia onde o Grêmio jogou hoje para fazer os 3 pontos e garantir a vitória dentro de casa com atuação necessária apenas para este êxito, pois tivemos em Ruan & Vanderson apenas dois estreantes razoàveis com nosso lateral apenas voluntarioso na parte ofensiva contra um fraco adversário, e nada mais.

Ruan foi apenas comum e as vezes estabanado, mas o ponto positivo foi o retorno do titular Álisson que dará muito trabalho a LF e Ferreirinha na direita já que novamente começando com Ferreirinha na esquerda ele nada fez “na sua REAL posição” para fazer lembrar apenas seu ímpeto de entrar no 2º tempo e dar dribles em cima de laterais cansados, e nada mais, pois precisa ser mais coletivo e menos individualista porque está verde demais com a bola dominada e sempre de cabeça baixa sem observar a melhor opção para os companheiros.

Lucas Silva deu forte consistência no meio campo mesmo com adversário frágil fazendo ser uma importante opção para o jogo do Murumbi na volta com SP 4ª feira junto a MH, Darlan e JP formando um necessário quadrado, pois na frente bastam DS e PP para estar na final de mais uma Copa do Brasil.

Churín fez o que devia fazer num jogo fraco deste nível, ou seja, participar diretamente nos lances dos dois gols da vitórira do time reserva com Piñares apenas razoável na sua função de ser o armador nº 10 do time, pois o Atlético-GO foi apenas um mero 13º da tabela contra o Grêmio reserva se preservando para a CB.

Renato segue absoluto com suas convicções e deve terminar mais um ano em alta com seu elenco confiável mesmo que ainda temos alguns Gremistas que torcem PARA o Grêmio, mas também sempre CONTRA o Renato em todos os jogos, e olhem que já são 29 partidas somando 17 vitórias, 9 empates e apenas 3 derrotas.

É besta demais esta perseguição ao treinador, pois ele até pode não ser o melhor do Brasil “no momento”, mas é infinitamente o melhor para o Grêmio até 2022, sem dúvidas.

Segue a confiança total no planejamento de uma taça e o G4 do Brasileirão conforme venho falando aqui desde o início desta temporada atípica de pandemia e calendário difícil e fraudulento para nós.

Por isso, EU acredito sempre.

As borbulhas de fim de ano e o protegido time do SP

Ainda no embalo de borbulhas de espumantes baratas, deparo com uma notícia que não tem merecido – até onde meu radar alcançou – o devido destaque da mídia e das redes sociais.

O São Paulo não teve nenhum jogador contemplado com cartão vermelho na série A, e olha que o time do presidente da CBF bate pra valer, sem dó nem piedade, como já constataram da pior maneira os jogadores do Grêmio no duelo entre as duas equipes.

A informação foi trazida pelo parceiro Henrique Martins, a partir do site Planeta do Futebol.

Se eu fosse m ais paranoico do que já sou, eu diria que parece haver uma preocupação de preservar os jogadores do clube paulista, em especial o líder do time, Daniel Alves. Sempre que cito esse nome lembro do Dinho… Que falta ele faz numa hora dessa.

O Grêmio não pode jogar como um time de freiras. Mas ao mesmo tempo se der uma resposta do mesmo nível do que recebe, se der o troco, terá jogadores expulsos. É importante encontrar o ponto de equilíbrio. Mas admito que não é fácil. Nada disso seria necessário se as arbitragens fossem realmente isentas.

Então, resta ao Grêmio dançar conforme a música. Duro na medida certa, se preferência com uma chegada tipo ‘jogo decisivo na várzea’. E seja o que Deus quiser, ou seja, o homem do apito e os do VAR quiserem, sob a batuta de Leonardo Gaciba – e pensar que um dia eu cheguei a admirá-lo como árbitro e comentarista. Acima dele o velho Noveletto de guerra.

Sobre o jogo em si, acredito na classificação do Grêmio, mas é um acredito misturado com desejo.

BRASILEIRÃO/LIBERTADORES

O técnico Renato Portaluppi decidiu que o time deve sair da temporada pelo menos com a vaga na Libertadores. Por isso, deve mandar a campo um time misto contra o Atlético de Goiás. Não um time reserva, conforme se anuncia e se especula. E faz bem.

Imagine ficar de fora da Libertadores 2021 com o Inter dentro.

FIM DE ANO

Encerro estas mal traçadas linhas agradecendo os votos de boas festas que recebi de alguns parceiros do blog.

Desejo a todos os que frequentam este espaço um ano com muita saúde, serenidade e a mesma bravura e empenho que Kannemann tem na disputa de uma bola.

Bem, vou ficar fora por uns dias (Barra de Ibiraquera), tomando caipiras, cerveja gelada ao ponto e espumantes que não merecem nada além de um copo de plástico. Se der tempo, talvez eu me alimente, e aí será de peixe frito, tainha assada, batata frita, milho verde, etc.

Feliz Ano Novo!

Observação: se der eu escrevo alguma coisa sobre os jogos deste domingo e o de quarta-feira.

Grêmio cria pouco, mas vence e livra vantagem sobre o SP

Com apenas um minuto em campo, na primeira bola que recebeu, Ferreira invadiu a área pela direita com um drible quebra-coluna no defensor do São Paulo, cruzou para o cabeceio desajeitado de Pepê, e a conclusão acrobática de Diego Souza.

Foi o que de melhor fez o Grêmio no jogo. O suficiente para vencer por 1 a 0 e jogar por empate no próximo dia 30, para chegar à final da Copa do Brasil. O vencedor dessa chave pega o vencedor de Palmeiras e América/MG, do técnico Lisca, que ontem empatou fora com o Palmeiras, fora.

Ficou claro que o Grêmio terá de jogar bem mais do que jogou na Arena para eliminar o time do coração do presidente da CBF, que ontem, surpresa!, não foi favorecido pela arbitragem, pelo menos em algum lance mais decisivo. O gol de Victor Ferraz, no primeiro tempo, foi bem anulado.

Penso que o árbitro Marcelo de Lima Henrique apenas poderia ser mais duro para coibir as faltas do adversário. O SP, que no jogo anterior entre os dois, pelo brasileirão, bateu pra valer sem ser devidamente penalizado, desta vez foi mais comedido. Tem um pisão de Daniel Alves (ele é especialista nisso) no Jean Pyerre que ele deixou passar. Fora isso, Daniel Alves joga muito.

Daniel Alves merece uma marcação mais forte, ao estilo Dinho. Imagino um pisão no pé dele, coisa que ele costuma fazer. Um pisão tipo cartão de visita, dizendo que o próximo será pior. O problema é que ele vai fazer uma encenação que pode ser desastrosa para o Grêmio. No time atual apenas Kannemann tem perfil para essa intimidação.

Fora essa aspecto mais ríspido, foi um jogo equilibrado no primeiro tempo, com o São Paulo iniciando melhor, bem melhor, no segundo tempo. Brener e Luciano perderam dois gols nos primeiros minutos.

Renato percebeu que perdia a disputa de bola no meio, sacou Darlan e colocou Lucas Silva, que reforçou a marcação. Ao mesmo tempo, Ferreira substituiu Thaciano. Na primeira bola Ferreira justificou sua presença. A lamentar que Renato não tenha conseguido criar condições para Ferreira receber outras bolas mais próximas da área.

Em resumo, o São Paulo foi melhor. Poderia ter matado o jogo, mas a exemplo do Grêmio em muitos jogos, criou situações de gol mas não as aproveitou. Neste, o Grêmio teve praticamente uma chance. E marcou. No último segundo, o SP quase marcou, com Vanderlei salvando para escanteio.

Destaco no jogo o zagueiro Kannemann, soberbo, cobriu praticamente toda a área. Fazia tempo que ele não jogava tanto. Pena a lesão de Geromel, que deixou o campo mais cedo. Rodrigues deu conta do recado.

Do meio pra frente, Diego Souza foi o melhor, principalmente pelo enfrentamento com a dura marcação. Até joelhaço nas costas ele recebeu. Neste lance o juiz falhou. Estava em cima e nem falta marcou.

No mesmo nível, Matheus Henrique. Marcou, brigou, articulou. Grande atuação. A melhor nos últimos jogos. Jean Pyerre evoluiu em relação a si mesmo, mas tem potencial para jogar mais, se envolver mais com o jogo.

Os dois laterais, sempre vistos com desconfiança, foram bem. Ferraz incorporou o espírito gremista, enfiando o dedo na cara de um opositor. Diogo Barbosa, normalmente mais frio, desta vez foi mais guerreiro.

Se o Grêmio acertar a marcação e explorar melhor Pepê e Ferreira (mesmo que este entre no segundo tempo), a classificação será confirmada. É importante que Geromel possa jogar.

Bem, o Grêmio está a 270 minutos do hexa da Copa do Brasil.

Muitos gostariam de estar nessa posição, poucos atingem esse objetivo.

Os ciclos no futebol e uma opção chamada Elias

A vida é formada por ciclos. A sabedoria consiste em saber quando um ciclo já chegou ao final ou se aproxima do fim. No futebol não é diferente. No caso do Grêmio, há quem diga que o ciclo do técnico Renato Portaluppi terminou e já faz tempo.

Alguns, uma minoria ruidosa, prega nas redes sociais que a etapa de Renato na Arena chegou ao fim há uns dois anos. É claro que há nessa avaliação uma dose generosa de má vontade com o técnico que tirou o clube do atoleiro de 15 anos sem títulos significativos e o elevou a outro patamar.

Extraindo os excessos e o radicalismo desse pessoal que na verdade nunca aceitou Renato, apenas o tolerou, parece mesmo que o ciclo de Renato está chegando ao fim.

Mas, para gente com a estrela de Renato, além do conhecimento de futebol em todos os seus aspectos, principalmente de campo e vestiário, não dá pra duvidar nunca que ele seja capaz de protelar esse ciclo de quatro anos e meio.

Os sinais apontam o contrário, infelizmente. Mas quando menos se espera Renato, qual um mágico, tira um coelho da cartola.

É nisso que confio para seguir em frente na Copa do Brasil, a começar por uma vitória sobre o São Paulo nesta quarta-feira, 21h30, na Arena. O próximo jogo será dia 30.

Time por time, sou mais o Grêmio. Técnico por técnico, sou mais, muito mais, o Renato, embora Fernando Diniz esteja vivendo um momento muito bom, subindo na carreira.

É bem verdade que ele contou com arbitragens muito simpáticas ao seu time nesse período em que foi catapultado à liderança do campeonato Brasileiro. Mesmo assim, ele encorpou o time, que ganhou confiança e agora o céu é o limite.

Como escrevi lá em cima, os ciclos se sucedem. O Grêmio teve agora há pouco um ciclo de 18 jogos de invencibilidade. Entre esses jogos não esqueço aquele empate por 0 a 0, dia 17 de outubro, com o SP, em que os adversários bateram forte e ainda cometeram dois pênaltis.

Nada disso foi levado em conta pela arbitragem e pelo VAR, que nem sempre é tão transparente e eficaz quanto deveria.

Os dois times voltam a se enfrentar. Quem vencer estará na final da Copa do Brasil. Espero apenas uma arbitragem neutra, isenta, honesta.

Confio, também, que o ciclo de resultados positivos do São Paulo tenha fim justamente contra o Grêmio. Por que não?

O São Paulo que fique com o Brasileirão.

O Grêmio com a Copa do Brasil.

Assino agora.

ELIAS

Pois é, as dificuldades para Renato armar um time competitivo passam a sensação de que o ciclo de vitórias e títulos realmente chegou ao fim.

Alguns jogadores caíram de produção. Outros não estão na melhor forma ou lesionados. Destaco em especial o Maicon, que talvez volte apenas no segundo jogo contra o SP.

O capitão do time faz muita falta, tanto pelo futebol como pela liderança dentro de campo. Quem prestou atenção nos últimos jogos sabe que o time, principalmente os mais novos, sentiu a falta do ‘tio’ Maicon, sempre por perto para acalmar, articular e recomeçar jogadas.

Agora, independente disso, tem uma coisa que me irrita e que eu não consigo entender. A falta de um atacante de movimentação para alterar a forma de jogar na frente, onde há dois jogadores semelhantes disputando posição, Churín e Diego Souza.

Não sei se Elias está inscrito na CB. Parece que sim. O certo é que esse guri, que teve seu contrato renovado até 2024, seria uma aposta do Renato, um elemento surpresa para mexer na mesmice ofensiva do time no decorrer do jogo.

Ele tem um futebol que lembra Romário no início formando dupla com Roberto Dinamite.

Abra essa cabeça, Renato!

‘Que Grêmio é esse?’

“Que Grêmio é esse?”, perguntava tempos atrás o narrador Galvão Bueno, olhos fixos na câmera, deslumbrado com o futebol do time treinado por Renato Portaluppi.

Hoje, quem repete a pergunta sou eu e a maioria dos torcedores gremistas, não por deslumbramento, mas por decepção.

Que Grêmio é esse que conseguiu sair de uma posição constrangedora no Campeonato Brasileiro para decolar, conforme prometeu Renato, rumo ao grupo de cima da tabela de classificação?

Que Grêmio é esse que parecia ter deixado pra trás um período de turbulência e que dava a impressão de que voaria ainda mais alto, mas que acabou abreviando a manobra com resultados e desempenhos não condizentes com seu potencial?

São questões que intrigam e preocupam o torcedor, seja aquele que coloca o clube acima das teses como o que não disfarça sentimentos hostis em relação à direção e, principalmente, ao treinador.

Afinal, o que está acontecendo com esse time que vinha bem, a ponto de Renato, num de seus arroubos surreais, afirmar que o Grêmio praticava o melhor futebol do país.

“Bem, amigos”, não demorou muito para o time desandar. O Grêmio abriu nova sequência, agora de atuações precárias e resultados piores ainda, como este desta noite em Recife, contra o Sport.

O time estava tão mal, e ainda sem Kannemann expulso, que eu já me resignava com a derrota por 1 a 0 – ao menos não seria outra goleada.

Aí, Churin sofreu pênalti, marcado após consulta ao VAR, que sendo bem utilizado, com honestidade e transparência, é uma ferramenta formidável. Pepê cobrou com perfeição e empatou.

Sobre a atuação do time: mais uma vez todos abaixo do que já renderam e podem ainda render. Uma das causas, talvez a principal, seja porque os adversários já sabem como enfrentar o Grêmio. O Santos ensinou o caminho e o Sport repetiu: marcar forte o meio de campo e criar mecanismos de contra-ataque, como o que originou no gol do Sport.

Destacar que mais uma vez Jean Pyerre decepcionou. E isso vem desde que ele participou do Bem Amigos, onde foi muito paparicado. Ele é o craque do time, por isso deve ser mais cobrado.

O centroavante Churin se esforça, é solidário, mas tem limitações técnicas, além de falta de sorte: As bolas cruzadas ou são muito altas ou rasantes. Nunca se oferecem para ele.

O resultado aponta que não será fácil terminar o campeonato no G-4. Resta apostar todas as fichas na Copa do Brasil.

Nesta quarta, 21h, Grêmio x São Paulo e seu entorno.

De volta à realidade

Vejo Renato anunciar time reserva contra o Sport, neste sábado, 19h, na Ilha do Retiro, e fico esperando um tiroteio de críticas ao treinador gremista, repetindo o que tem ocorrido nos últimos 3 anos, por não escalar força máxima.

Deve ser reflexo do que fez Cuca, na última rodada, quando escalou apenas reservas para enfrentar o Flamengo, no Rio, preservando os titulares para a Copa do Brasil, onde as chances de título do Santos são muito maiores. Silêncio total aqui no blog e adjacências. Ninguém contestou.

Renato deve estar com inveja. Por que só comigo?, deve estar se perguntando. O que houve? Será outra consequência da pandemia?

O fato é que Cuca pode, Renato não pode. Já tem gente querendo força máxima contra o Sport, esperando que algum jogador importante se lesione para desfalcar o time para a decisão contra o SP.

Só pode ser coisa de colorado ou de gremista secador querendo ver Renato se ferrar de uma vez, abrindo caminho para que seja contratado algum técnico português, argentino, chileno, etc.

O importante é que seja estrangeiro. É a nova modinha no futebol brasileiro.

Bem, depois de dois dias para curar a ressaca. Aliás, o que tem de gente que escreveu aqui antes, durante e principalmente depois do desastre na Vila Belmiro turbinado por cerveja, vinho, cachaça, etc, foi impressionante.

Respingou xingamento até pra mim. Relevei em função da situação especial. Uma eliminação dói muito, ainda mais nas circunstâncias dessa contra o Santos.

Que não se repita, fica a dica.

Restou a Copa do Brasil.

O Brasileiro está reservado ao São Paulo, embora o Flamengo tenha muito mais time. Então, o negócio é ainda lugar por uma vaga no G-4 e tentar eliminar o clube do presidente da CBF, o SP.

Para isso, será preciso que o Grêmio jogue mais. Muito mais. Na última vez contra o SP, este mesmo time só não venceu porque foi operado.

Antes do São Paulo tem o SPort. É importante somar três pontos, para compensar os três perdidos no jogo de ida, 2 a 1.

Se por acaso perder, que não seja com gol do Tiago Neves.

ESCALAÇÃO

O time que está sendo anunciado tem condições de vencer o SPort.

Paulo Victor; Ferraz, Tonhão, Braz e Cortez (ando com uma saudade dele…); Lucas Silva, Darlan e Pinares; Luiz Fernando, Churín e Ferreira.

PORTALUPPI F.C.

Surgiu uma brincadeira no sentido ainda da eliminação, de que se Renato fundasse um clube levaria metade da torcida do Grêmio.

Interessante como tem gremista que fica animadinho quando o Grêmio perde.

Brincadeiras desse tipo dão cria com facilidade, o pessoal fica inspirado brincando em cima de um acidente do time.

Eu, ao contrário, estava triste e revoltado, sem tempo para esse tipo de coisa.

Na mesma noite, já circulavam gozações de gremista para gremistas.

Já não se faz mais torcedores como antigamente.

A decisão que terminou aos 11 segundos

O que esperar de um time que aos 11 segundos sofre um gol em jogo decisivo da Libertadores após um erro inaceitável, por soberba e negligência, do seu mais festejado jogador, o meia Jean Pyerre?

Eu pergunto e respondo: que reaja. Mas o Santos não deu tempo. Foi um tiroteio na área do Grêmio. Quando a situação ficou mais administrável, com o time chegando com perigo à área do excelente goleiro John, saiu o segundo gol, aos 16 minutos. Nesse momento, apavorado, pensei nos 5 a 0 do Flamengo.

O Grêmio até deu sinal de vida após a porrada inicial (o gol brasileiro mais rápido da Libertadores em todos os tempos). Jean Pyerre perdeu um gol na cara do goleiro. Depois, Matheus Henrique acertou um belo chute para cinematográfica defesa do santista.

A tentativa de reação do tricolor foi comandada por alguns minutos por JP e MH no meio de campo. Cuca sentiu que o Grêmio dava sinais de vida e escalou um volante para grudar em JP.

Craque que é craque consegue superar esse tipo de situação, não foi o caso de JP nesta noite. Ele acabou se submetendo facilmente à marcação. Aí eu lembro que craque mesmo sabe como livrar-se de uma sombra, movimentando-se mais por setores do campo.

Ficou claro que o gol abalou JP, um jogador realmente diferenciado, mas que para ostentar o título de Craque precisará ter uma postura de maior comprometimento, o que nem sempre acontece.

No segundo tempo, o Grêmio melhorou com “o inútil” Thaciano e Ferreira. Thaciano trouxe mais vibração e competitividade ao meio de campo e Ferreira infernizou a marcação. Curiosamente, os dois participaram do gol. Ferreira cruzou e Thaciano completou de cabeça, um belo gol.

ÚLTIMA ESPERANÇA

Resta agora a Copa do Brasil (o Brasileirão é quase um delírio). Dia 23 o Grêmio enfrenta o amiguinho da CBF, o SP, dia 23, 21h3o, na Arena. Dia 30, no Morumbi, mesmo horário.

Dez anos do mazembaço

O texto abaixo encontra-se no arquivo ao lado, onde encontro, modestamente, algumas pérolas. Temos ali panorama da trajetória do Grêmio desde 2010. Mas estou intrigado porque não encontrei post de dezembro de 2010 com a vitória do Mazembe 2 a 0. Achei o post abaixo, publicado um ano depois do maior fiasco do futebol brasileiro.

Na época, fiquei tão feliz com a derrota do coirmão que lancei um livro com depoimentos emocionados de inúmeros gremistas. No final das contas ficou apenas a capa, que mostrei em primeira mão no programa do Reche na TV. Foi muito divertido. Saiu matéria até na ZH/Clicrbs.

Lembro que, junto de meus filhos, criei o #Mazembe Day, que lançamos no extinto (lamentavelmente) bar Box 21, do gremista Fernando Brandão. O evento foi divulgado e reuniu duas dezenas de gremistas. Repetiu-se por mais dois ou trs anos.

O #mazembe day está no Facebook e tem milhares de seguidores. Até gente do Congo entrou no grupo. Recebi mensagens emocionadas de torcedores do glorioso Mazembe.

Esse pessoal ficou enlouquecido quando lancei as cervejas Mazembier e Kidiaba.

Bem, é uma história rica da qual me orgulho de ser protagonista.

A gente vivia numa seca de títulos. Até que em 2016 apareceu Renato…

E tudo mudou.

O texto abaixo foi publicado no blog em 15/12/2011, e tem um tanto a ver com o momento atual, onde muita gente parece se divertir mais secando o próprio clube.

MELHOR QUE SECAR É FESTEJAR TÍTULOS

O melhor do futebol é festejar títulos, de preferência títulos daqueles que causam comoção pública, tanto em vencedores como em vencidos e/ou secadores.

O Grêmio conquistou seu último título de expressão há dez anos. É uma década de expectativas, de esperanças e de sonhos frustrados.

O que restou foi esse outro aspecto do futebol apimentado pelo rivalidade: a desgraça do rival.

Uma derrota para um modesto e desconhecido clube africano, considerado galinha morta, jogo jogado, no caminho para o topo do universo é algo para não se esquecer.

No caso, os vencidos, os colorados, em especial aqueles que gastaram uma grana para ver o seu time conquistar o bi mundial em cima da Inter de Milão, querem esquecer a qualquer custo.

Assim como os gremistas, que não gostam de lembrar das passagens pela segundona.

Mas ‘tragédias’ desse tipo ficam marcadas para sempre, como uma tatuagem feita no capricho.

Prato cheio para os rivais. Confesso que me empanturrei de Mazembe. Tomei um porre de Mazembier nas últimas semanas. Estou de ressaca.

O que eu quero agora é título. E não é qualquer título,não. Brincadeiras ficam para mais tarde, ficam em segundo plano a partir de agora.

Afinal, temos um ano inteiro pela frente. Bem, ao menos espero que 2012 tenha doze meses, que não termine como aconteceu neste ano em julho ou agosto, quando o Grêmio afundou tanto que passou a ter como objetivo máximo uma vaga para a Libertadores, prêmio consolação do Brasileiro.

É triste e doloroso chegar ao meio do ano sem perspectivas maiores.

Em 2012, mais do que secar e festejar derrotas do rival, quero comemorar títulos que estejam de acordo com a grandeza do Grêmio.

Espero chegar no próximo 14 de dezembro sem lembrar que é mais um Mazembe Day.

É o que eu quero. Mas se não for possível…

Grêmio repete erros e perde dois pontos no Brasileiro

O Grêmio voltou a jogar um futebol que está longe de ser o melhor do país, como garganteou o técnico Renato Portaluppi na semana passada, e ficou apenas no empate por 0 a 0 com o lanterna Goiás. Dois pontos perdidos.

Contra o Santos o time foi muito mal especialmente no primeiro tempo, recuperando-se nos 20 minutos finais. Neste sábado, o time foi bem no primeiro tempo e caiu no segundo, com o time goiano equilibrando um pouco o jogo e até levando perigo.

Por momentos, vendo a dificuldade do time pensei naquele jogo contra o Corinthians, com o Grêmio com dois jogadores a mais em campo e mesmo assim com enorme dificuldade para se impor e transformar em gol as poucas chances criadas. Bateu um desânimo.

Senti que o Grêmio não faria gol quando vi a bola cruzar a pequena área por uma meia dúzia de vezes sem que aparecesse uma chuteira para fazer o gol. Eram bolas para um centroavante aipim mandar para a rede. No caso, o argentino Churin.

Seria diferente com Diego Souza em campo? Acredito que sim. DS é um goleador, ele chama e a bola vem. Foi assim em dois gols de cabeça que ele fez. Quantas bolas foram parar na cabeça de Churin desde sua chegada?

Churin tem virtudes. Ele cruzou duas dessas bolas para o ‘centroavante’ marcar, ou seja, para ele mesmo. Em outros lances, ele chegou atrasado. Mas ao longo do jogo fez umas três ou quatro boas jogadas. Quer dizer, há alguma esperança. Fico, por enquanto, com a minha primeira impressão: é um Jael que habla espanhol. Não esperem muito mais do que isso. Diego Souza, que muitos querem ou queriam longe, segue sendo a melhor alternativa.

O jogo contra o Goiás mostrou, ao menos para mim, que Matheus Henrique dificilmente será protagonista. Ele tem qualidades, sem dúvida, é um baita jogador, mas não pode assumir, como neste jogo, a função de meia, de articulador. Seu rendimento cai muito.

O Grêmio tem hoje um problema importante: sem Jean Pyerre, quem faz a articulação? Thaciano? Robinho?

A entrada de Patrick, fisgado do grupo grupo de transição, é uma boa. O guri tem ido bem. Mas é curioso ele ter sido chamado agora, logo após a lesão de JP, e já ter entrado no decorrer da partida. Patrick está sendo preparado para substituir JP no caso de uma emergência? Se for, adeus Libertadores.

Robinho e Thaciano nem pensar. Resta Maicon, mas o capitão não é propriamente um articulador. No entanto, numa eventualidade, parece ser a melhor solução.

Sobre os dois laterais: Cortez estava apático, sem iniciativa. Já Orejuela confirmou o que penso dele: muita força, muito empenho, e lucidez quase zero. Ele joga por instinto. Se eu fosse dirigente só o contrataria por uma valor bem abaixo do que está sendo pedido. Já achei um absurdo o que foi gasto com Diogo.

Outra polêmica: Ferreira ou Luiz Fernando? Prefiro o Ferreira, mas entendo o treinador ao optar pelo segundo. Ferreira encanta com seus dribles, mas quantos desses dribles tem resultado em algo efetivo? Mas depois desse jogo contra o Goiás, Renato tem obrigação de colocar Ferreira desde o começo, deixando LF no banco.

A propósito, Maicon é o culpado dessa segunda atuação frustrante em poucos dias? Ah, mas ele não jogou. Não importa, para um certo tipo de torcedor Maicon é sempre o culpado, mesmo não jogando.

Como diz o agente policial no final de Casablanca: “Tragam os culpados de sempre”. Não lembro a frase exata, mas é por aí.

Quando a torcida elege seu culpado, não importa se ele jogou ou não. Ele será sempre o culpado.

Bem, lá se vão dois pontos obrigatórios. É assim que se deixa de ganhar um campeonato de pontos corridos, perdendo pontos para times fracos.