No intervalo do jogo desliguei a TV e fui dormir. Percebi que o final seria mais ou menos como quase todos os outros em que o Grêmio atacou no primeiro tempo e deixou o adversário inflar na etapa final. Não deu outra.
Quando liguei o aparelho, no começo dos acréscimos, fiquei esperando aparecer o reloginho com o placar na tela. Não me surpreendi quando li que estava 1 a 1. ‘Escapei de 45 minutos de irritação’, pensei, diferente dos parceiros que viram todo o jogo e desabafaram no post anterior toda sua revolta. Recomendo voltar uma página e buscar a leitura deles, o GCM, o Copião, o Heraldo, entre outros.
Escrevo e não posso conter um sorriso: eles sofreram mais do que eu. Queria ver a cara deles quando o craque do Tostão e do Galvão Bueno bateu o pênalti e o Wilson defendeu. Seria o 2 a 1 e os três pontos necessários para ainda conquistar algo no Brasileiro.
JP chutou no canto direito, uma bola de força razoável, rasteira. Wilson adivinhou o canto e fez boa defesa, coisa que nossos goleiros não sabem o que é: defender pênaltis.
Assisti a um compacto do jogo – dói menos sabendo do resultado. O Grêmio não produziu muito no segundo tempo. O Coritiba, time ruinzinho, jogou um pouco melhor nesse confronto de mediocridade no Couto Pereira.
Quero recuar para a parte que eu vi. Difícil aceitar o gol de Alisson perdeu ao receber um lançamento preciso de Darlan. Alisson, jogador de boa técnica e algum experiência, chutou no peito do goleiro. Foi incapaz de desviar do goleiro.
Depois, JP meteu uma bola rara nesses tempos sem Maicon e deixou Thaciano em condições de fazer o gol. A bola subiu demais.
Que eu me lembre foi só. Tem o gol do Paulo Miranda, claro, um golaço. Bola cruzada pelo JP, que jogou relativamente bem no primeiro tempo.
Já o segundo tempo não vi e não gostei.
Escrevo essas linhas angustiado e curioso para saber como está o Inter. Mas a minha mandinga só funciona se eu ignorar o jogo dos reds (foi assim contra o Mazembe, conforme já relatei aqui).
Para finalizar, decepção com Ferreira. Não sei se ele foi bem no segundo tempo. No primeira, vi que ele abusou de bolas para trás e para o lado. Teve dois lances em que ele recebeu perto da linha de fundo, rente à área, lado esquerdo do ataque. Eram lances para driblar e invadir a área. Ele, como um veterano cansado, recuou as bolas.
Ora, o Éverton se consagrou justamente por fazer esse enfrentamento com a marcação, passando a dribles. Ferreira se omitiu. No final do primeiro tempo ele arriscou o drible, mas perdeu a bola. Pelo menos tentou.
Então, chegamos ao topo com Éverton; caímos um pouco com Pepê e agora dependemos de Ferreira. Uma gradativa perda de qualidade, de criatividade e de ousadia.
O fato é que precisamos continuar apoiando essas duas promessas (JP e Ferreira), mas as perspectivas por enquanto não são das melhores.
Daqui a pouco saio da clausura, do isolamento, para saber como foi o Inter, que, conforme escrevi dias atrás não perde mais o campeonato, por mais que sequemos.
Há coisas contra as quais não adianta lutar.