Há duas maneiras de analisar e avaliar a renovação de contrato de Renato Portaluppi: o Grêmio contratou o melhor técnico do país nos últimos cinco anos ou um treinador que nas últimas duas ou três temporadas mais errou do que acertou.
O presidente Romildo Bolzan optou pelo treinador que chegou aqui em 2016, em meio a uma crise técnica (pra variar), e que levou o Grêmio a viver um dos melhores períodos de sua história, rompendo um ciclo de 15 anos sem grandes conquistas, e tendo seu time apontado como o de futebol mais bonito e eficiente do país.
A verdade é que Renato superou as expectativas mais otimistas.
Bolzan, imagino, olhou em seu entorno, consultou pessoas de sua confiança e, depois de conversar muito com seu travesseiro, decidiu não arriscar trazendo algum medalhão ou um técnico emergente, desses que nunca realmente emergem, ou algum estrangeiro desconhecido.
Entre o certo (?) e o duvidoso, melhor ficar com aquele que decaiu, mas que já mostrou o que pode fazer tendo na mão um grupo de mais qualidade.
A contratação de Renato atende o anseio da maior parte da torcida. Mas desagrada colorados ressentidos e gremistas que queriam ver Renato pelas costas e que, se dependesse deles, nem teria sido contratado cinco anos atrás.
Pois é, terão de aguentar Renato por mais algum tempo, talvez até dezembro. O bom, pra eles, é que com Renato aqui não vai faltar assunto para seus espaços nas redes sociais.
FATOS
Em sua terceira passagem pelo Grêmio, o ídolo se tornou o técnico com mais jogos na história do clube, ganhou uma estátua na Arena e conquistou os títulos da Copa do Brasil de 2016, da Libertadores de 2017, da Recopa Sul-Americana de 2018 e dos estaduais de 2018, 2019 e 2020, além de uma Recopa Gaúcha.