Os 40 anos do título que elevou o Grêmio de patamar

Texto do Copião de Tudo:

Na tarde ensolarada de 03/05/1981 nós calamos 95 mil São Paulinos dentro do Morumbi num dia memorável, conquistando nosso 1º Brasileirão, num torneio curto com 23 jogos que durou de 17/01 à 03/05, onde Nunes do Flamengo foi o goleador com 16 gols. Era uma época que só tinha no calendário o Brasileirão e estadual longo, com viagens de ônibus pelo interior do RS. Apenas o Campeão e o Vice brasileiro que jogavam a Libertadores.

No time da final havia seis guris: Paulo Roberto LD com 19 anos, Newmar zagueiro 20 anos, Casemiro LE 23 anos, China volante 21 anos, Odair ponta esquerda 19 anos e Baltazar 21 anos que tinha vindo do Atlético-GO 2 anos antes numa época onde se faziam poucas viagens por ano em distâncias mais curtas, mas tinham alguns amistosos e torneios para manter os times em atividade.

Jogamos a final com este time: Leão, Paulo Roberto, Newmar, Hugo De Leon e Casemiro. China, Paulo Izidoro e Vilson Taddei. Tarciso, Baltazar e Odair. (Técnico: Ênio Andrade)

O São Paulo com um timaço jogou com: Valdir Peres, Getúlio, Oscar, Daryo Pereira e Marinho. Élvio, Renato pé murcho e Éverton. Paulo César, Serginho e Zé Sérgio. (Técnico: Carlos Alberto Silva)

A partir desta data nos tornamos o Tricolor Imortal e nosso percurso foi trilhado com 14 vitórias, 2 empates e 7 derrotas onde marcamos 32 gols e sofremos 21, fazendo assim a campanha vitoriosa, ganhando as duas partidas finais do poderoso SP que tinha na época 8 jogadores de seleção sendo o Daryo Pereira na Uruguaia e 7 na brasileira. 

A defesa do SP era 100% selecionável com uma dupla de área de muito respeito com Oscar e Daryo Pereira que eram uma parede quase que intransponível, mas sucumbiram diante do ataque Gremista nos dois jogos deixando a imprensa paulista de boca aberta com nossa façanha lá dentro. O LE Marinho disse na saída da derrota de Porto Alegre de 2×1 nas entrevistas que em São as coisas seriam bem diferentes porque eles eram muito melhores e superiores, e se ferrou duplamente.

Data importante que marcou o início de nossa ascensão pelo Brasil, pela América e pelo Mundo, fazendo nosso Tricolor elevar com muita raça, garra e honra o nome do estado do RS como o 1º Campeão da América e 1º Campeão do Mundo, em 1983, nos tornando definitivamente o maior e melhor time do Sul do Brasil.

Dá neles, Imortal.

Gauchão: Grêmio vence Caxias com ajuda (correta) do VAR

Vou falar o que ninguém disse, costumava dizer Lauro Quadros – que faz uma falta danada ao jornalismo esportivo -, no Sala de Redação, gerando expectativa e chamando a atenção para si. Ele fazia uns segundos de silêncio e despejava sua frase supostamente inédita, diferenciada.

Pois vou pegar esse bordão emprestado do grande Lauro para dizer o que ninguém disse até agora, ao que me consta: se não fosse o VAR o Grêmio mais uma vez teria um resultado negativo diante do Caxias. O VAR anulou um gol do Caxias e depois marcou um pênalti, que resultou no gol da vitória tricolor por 2 a 1.

O técnico Rafael Lacerda protestou muito, e não poderia ser de outra forma, mas a realidade é que as duas decisões foram corretas.

Agora, se não tivesse o equipamento, o Caxias teria um gol, muito bonito, aliás, e a falta sobre Ferreirinha não seria marcada. O jogo, então, terminaria em 2 a 1, mas para o bom time caxiense. Aí é que o VAR, sendo usado adequadamente, com isenção e competência, é realmente muito útil.

Algo parecido aconteceu à tarde, em Bento Gonçalves, onde o Juventude foi beneficiado pelo VAR, que anulou um pênalti que beneficiaria o Inter.

Sobre o jogo no Centenário: o GRêmio foi superior, teve mais iniciativa e dominou no segundo tempo, forçando o Caxias a recuar mais ainda e buscar contra-ataques.

O técnico Tiago Nunes tem seus méritos. O time ganhou em marcação, está mais consistente, mas é cedo para qualquer avaliação séria. A tendência, porém, é que melhore com a sequência de jogos.

Um problema que Tiago precisa resolver, até porque nem sempre o VAR será a favor. A bola alta lançada sobre a área nas cobranças de falta e de escanteio. Não é de agora esse problema, que começou quando o time perdeu a dupla Geromel e Kannemann em muitos jogos.

Não fosse Brenno o time teria levado mais um gol de cabeça. No início do segundo tempo, ele salvou com uma grande defesa. No gol do Caxias, ele não teve culpa.

Mas já tem gente nas redes sociais questionando o goleiro. Ele teria problemas de visão nos jogos noturnos. É dose!

O nome do jogo foi Diego Souza. Ele é ‘fazedor de gol’, ajeita para o companheiro marcar, exímio cobrador de pênalti e ótimo cabeceador. Na temporada, em 10 jogos, ele fez 11, média muito rara de ser atingida.

Mas ainda assim não escapa das críticas na selva das redes sociais.

Destaque ainda para Brenno, Geromel, Ruan, Thiago Santos e Ferreirinha.

O lateral Rafinha ainda não apresentou aquele futebol que dele se espera. Parece que tem medo de ir ao fundo e de participar mais ativamente de jogadas ofensivas. Um jogador com sua categoria tem mais a oferecer.

Ele falhou no gol do Juventude, mais por ser o homem errado no lugar errado. Baixinho na primeira trave dá nisso. Ele salta, a bola resvala em sua cabeça e se oferece para o adversário, como aconteceu no Centenário. Não seria o caso de colocar alguém mais alto na primeira trave?

O time segue com problema na lateral-esquerda. Não há um lateral realmente confiável. Outra posição complicada é a ‘ponta direita’. Léo Pereira não me convenceu ainda, e acho que não irá me convencer.

Daqui a pouco ouvirei: volta Alissson!!!!

Antes disso, gostaria de ver Leó Schu na posição.

Por fim, JP. Acho que tudo já foi dito pelos participantes do blog. Espero que Tiago faça um milagre e torne JP mais intenso e participativo nos jogos.

Agenda

Com a vitória, o Tricolor terá a vantagem do empate no jogo de volta, na Arena, no próximo domingo (9), às 16h, para avançar para a decisão. Antes, porém, o Grêmio receberá o Aragua, da Venezuela, na quinta-feira (6) às 19h15min, pela terceira rodada do Grupo H da Copa Sul-Americana.

Muricy é mais um no fã clube de Renato Portaluppi

Reportagem do jornalista Eduardo Caspary:

Técnico Muricy Ramalho fez rasgados elogios ao trabalho de Renato no Grêmio neste sábado.

Enquanto curte férias no Rio de Janeiro com familiares e amigos, o técnico Renato Portaluppi foi alvo de rasgados elogios do atual coordenador do São Paulo, Muricy Ramalho, durante entrevista dada neste sábado à Rádio Gre-Nal, do Rio Grande do Sul.

Para Muricy, Renato transformou nos últimos anos a forma como o Grêmio jogava, saindo daquele futebol físico e de imposição, principalmente da década de 90, para um jogo de toque de bola, posse e qualidade técnica.

“O Renato mudou completamente o estilo de jogo do Grêmio. Antes era pura marcação e hoje se vê toque de bola. Um trabalho excepcional, que deixou a régua do clube muito alta”, declarou Muricy.

Muricy Ramalho, vale lembrar, trabalhou no Rio Grande do Sul de 2003 a 2005 dirigindo o Internacional. Em sua chegada ao Beira-Rio, o treinador gremista ainda era Tite, que hoje comanda a Seleção Brasileira. Na época, Renato apenas iniciava a sua trajetória como treinador profissional.

Renato dirigiu o Grêmio na mais recente passagem entre setembro de 2016 e abril de 2021. Dos sete títulos buscados no período, os de mais destaque foram a Copa do Brasil e a Libertadores.

Os números da terceira passagem de Renato pelo Grêmio:

307 jogos (1.670 dias no cargo)
162 vitórias
82 empates
63 derrotas
475 gols marcados
234 gols sofridos
61,6% de aproveitamento
7 títulos (três Gauchões, uma Recopa Gaúcha, uma Recopa Sul-Americana, uma Libertadores e uma Copa do Brasil)

Link para a reportagem: https://www.torcedores.com/noticias/2021/05/muricy-explica-como-renato-transformou-o-gremio-e-ve-regua-do-clube-elevada-a-partir-de-agora-foi-excepcional/amp