Um clube que não ganha nada faz tempo e um treinador que nunca festejou um título. Em síntese, é como pode ser definida a união do Inter com Diego Aguirre.
Neste domingo, ele esteve no Beira-Rio. Deve ter ficado apavorado. Seu novo time escapou da derrota. O Ceará foi superior. Além de mais chances de gol, teve contra si um gol anulado e um pênalti estranho cometido por seu goleiro, em outro lance muito polêmico, discutível. Teve ainda um toque de mão de Edenilson dentro da área.
Enfim, a arbitragem, sem querer, por supuesto, claro, salvou o Inter de uma derrota perante seu novo treinador.
Mas se o Inter não comemora nada há horas, com exceção do futebol feminino, Aguirre também vive uma seca de títulos.
Desde sua primeira passagem pelo clube, em 2015, quando foi eliminado da Libertadores pelo Tigres, na fase semifinal, foram no máximo alguns ‘quases’. Foi demitido semanas depois.
Ainda no final de 2015, Aguirre foi anunciado pelo Atlético-MG para comandar a equipe na temporada de 2016. Em seu primeiro campeonato comandando o Atlético, conquistou a Florida Cup, após derrotar o Schalke 04, da Alemanha, e o Corinthians. Após perder o título do Campeonato Mineiro e ser eliminado nas quartas de final da Libertadores pelo São Paulo, pediu demissão do comando do clube mineiro.
A saída do Galo fez com que o uruguaio fosse procurado pelo San Lorenzo, da Argentina. Por lá, Aguirre ficou de junho de 2016 até setembro de 2017, quando saiu após a eliminação para o Lanús nas quartas de final da Libertadores daquele ano.
Um dos melhores trabalhos do treinador desde que saiu do Inter, em 2015, foi no São Paulo. Anunciado em meio a disputado do Paulistão, o novo comandante do Inter foi eliminado nas semifinais pelo Corinthians. Na Copa do Brasil, perdeu para o Athletico-PR na quarta fase.
O melhor momento do técnico à frente dos paulistas foi no Brasileirão de 2018. Chegou a ficar oito jogos sem perder no começo do campeonato e fez a melhor campanha do primeiro turno. No entanto, não conseguiu manter o desempenho no returno e foi demitido em novembro.
Depois de algumas experiências na América do Sul, Aguirre voltou para o Catar. Assumiu o Al-Rayyan (sua segunda passagem por lá). Em sua primeira temporada, foi vice-campeão e eleito melhor treinador da liga nacional do Catar, além de chegar às semifinais da Copa do Príncipe. No final de 2020, alegou problemas pessoais e deixou o clube.
Quer dizer, a trajetória de Diego Aguirre como técnico não é das melhores.Contagem regressiva para que surjam logo matérias na mídia enchendo a bola uruguaio, algo tipo ‘um sul-americano com metodologia europeia’. Duvidam?