Não me conformo em estar na última posição da tabela de classificação, aquela mais conhecida como lanterna. Assim como é duro aguentar o Bragantino na ponta de cima, liderando a competição. Está tudo errado.
São cinco jogos sem vitória, dois empates. Humilhante.
O empate por 0 a 0 nesta noite de domingo, na Arena, diante do Fortaleza mostra que o time precisa jogar mais se quiser sair do buraco. O fundo do poço é logo ali.
Vejam, o empate foi com o Fortaleza, um clube que hoje estaria no G-4 da Libertadores, posição que naturalmente seria do Grêmio.
Na quarta-feira tem o Juventude, que ontem bateu o Flamengo, num jogo de polo aquático. Não importa, venceu, somou três pontos.
O Grêmio até jogou bem por alguns momentos, mas a instabilidade e irregularidade do time durante os 90 minutos assustam, preocuparam. Sim, o Grêmio poderia ter vencido.
Diego Souza perdeu um pênalti, em grande defesa do goleiro Felipe, quando o time se encontrava com um jogador a menos – Kannemann foi expulso. O Grêmio mostrou indignação ao menos e foi à luta, e por detalhe não fez seu gol.
Vale o mesmo para o adversário, que criou mais chances de gol. E também perdeu um pênalti, no lance que resultou na expulsão do argentino. Excepcional defesa do Gabriel Chapecó.
Um aparte: inaceitável que o Grêmio esteja em busca de um goleiro. Mas é o que se noticia por aí.
Difícil analisar atuações individuais nesse contexto de quase desespero do time para fazer 3 pontinhos.
Acima de qualquer análise sobre esquema de jogo, medidas tomadas pelo técnico, estratégia, estão os fatos, os resultados. E os resultados são realmente preocupantes.
São cinco jogos sem vitória no Brasileiro. E isso que o time está focado, diferente de outras temporadas, até em função das circunstâncias.
Não importa se este ou aquele jogador errou aqui ou ali. O fato é que até agora o Grêmio não fez nenhuma partida realmente animadora, alentadora.
E na quarta-feira, 21h30, mais um jogo em que o time entra em campo sob pressão, uma pressão que vai aumentar se não acontecer logo uma vitória, de preferência no próximo jogo.
Eu já vi aonde tudo isso leva.
Sobre o jogo deste domingo, repito o que escrevi antes: o Grêmio foi bem escalado contra o Santos e repetiu contra o Fortaleza, com a diferença de ter Douglas Costa iniciando e não Léo Pereira, uma espécie de Ramiro.
TN está ajustando seu time, mas precisa de mais tempo. Um tempo que para ele, infelizmente, está cada vez menor.
Ou ele consegue uma vitória na próxima rodada, ou ao menos uma atuação mais convincente, ou logo estará desempregado.
Torço muito pelo TN, até porque as alternativas para o cargo não são das melhores. E torcer por ele, acima de tudo, é torcer pelo Grêmio.