MAICON

Maicon deixa o Grêmio pela porta dos fundos. Pela grandeza de sua trajetória no clube, marcada por grandes vitórias, belas atuações e títulos conquistados, Maicon merecia mais.

O grande capitão merecia uma despedida festiva, homenagem, Arena lotada, aplausos e o nome de Maicon ecoando até o infinito.

Era mais ou menos isso que eu previa para esse jogador que chegou questionado, mas que se impôs com seu futebol elegante, técnica elevada, combativo e indignado diante de atuações ruins do time.

Foi o maestro do melhor time do Grêmio que eu vi jogar, um time que durante dois anos encantou não só a mim, mas a todo o país.

Maicon está entre os dez melhores meio-campistas (entre meias e volantes) que vi no Grêmio. E também um dos mais vitoriosos. Poucos colocaram tantas faixas quanto Maicon.

Confira a nota divulgada pelo Grêmio

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense comunica a antecipação do término de contrato com o atleta Maicon Thiago Pereira de Souza, em decisão ocorrida nesta segunda-feira, de forma consensual entre as partes. Maicon foi apresentado em março de 2015. Defendeu o Tricolor em sete temporadas. Realizou 248 jogos, marcando 15 gols. Neste período, conquistou a Copa Libertadores da América, a Copa do Brasil como capitão, a Recopa Sul-Americana, o Tetracampeonato Gaúcho e o Bicampeonato da Recopa Gaúcha. Suas qualidades como atleta e como cidadão marcaram época e fizeram de Maicon um ídolo da Nação Gremista, sendo convocado para deixar seus pés eternizados na calçada da Fama. O Grêmio agradece os inestimáveis serviços prestados ao Clube.

E eu agradeço, particularmente, por Maicon ter contribuído para mostrar que é possível jogar futebol com técnica, beleza e elegância sem deixar de ser competitivo e vitorioso.

Obrigado, Maicon!

Contratações não resolvem e Grêmio volta a perder

Dias atrás eu escrevi que o Grêmio só não cairia se as contratações anunciadas dessem resposta de alto nível, jogadores que realmente capazes de fazer a diferença. Os três, digamos, reforços, até agora foram discretos, opacos, no momento em que o time precisa de talentos individuais.

Borja, Villasanti e Campaz, pelo que mostraram até agora, são medianos. Está certo que a mostra ainda é pequena, não dá para tirarmos conclusões definitivas, mas já sinalizam alguma coisa.

Borja, que era o mais conhecido de nós, é um centroavante dependente da qualidade dos companheiros, em especial dos ‘pontas’ e dos meias. Não gosto desse tipo de jogador parasita, incapaz de um drible. Ontem, perdeu um gol no seu forte, o cabeceio.

Villasanti é um volante/meia, um Luiz Carlos Goiano, conforme definiu Felipão, que ainda busca um ‘Roger’ para a lateral-esquerda, onde o carimbador Rafinha busca preencher o espaço, mas parece mais preocupado em discutir com a arbitragem. Faz caras e bocas de indignação.

Mas voltando ao Villasanti, tem tudo para ser o titular, mas não é o cara capaz de resolver uma partida numa bola enfiada, um drible, um chute de fora da área. Enfim, o Grêmio precisa mais do que ele apresentou.

Campaz, dos três, é o que aparentou em um jogo e meio ter potencial para ser o jogador que rompe paradigmas dentro do jogo, rompendo as linhas, como costumam dizer comentaristas, técnicos e jornalistas. Até agora não rompeu coisa alguma. Potencial ele tem, se movimenta, é inquieto, briga pela bola, e até parece se dar bem com ela. Mas contra o Corinthians ele foi insuficiente para o que o time tricolor precisa para escapar do inferno que é esse Z-4.

Enfim, em resumo, se Villasanti e Campaz não jogarem bem mais no ‘terço ofensivo’ (outra expressão dos tempos atuais), o Grêmio não escapa da queda. Nem mesmo se Douglas Costa se recuperar e voltar a ser uns 80% do que um dia foi o Grêmio escapa.

Não, não vou rezar. Deus tem coisas mais importantes para resolver.

SÓCIO

Qualquer associado gremista tem o direito de desligar-se do clube. O que não pode é, sendo realmente gremista, fazer campanha pela desassociação. Coisa desse tipo pode inviabilizar do clube se houver desligamento em massa, o que não irá ocorrer, claro.

Mas aqui neste modesto espaço esse tipo de campanha não terá guarida. Pelo contrário.

Depois da goleada, foco agora é só no Brasileirão

O Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil 2021 ao ser goleado pelo Flamengo por 4 a 0 na Arena, levando os quatro gols no segundo tempo, quando teve um jogador a mais durante os 45 minutos. Ah, o Flamengo é o mesmo que caiu de quatro diante do Inter pelo Brasileirão.

Em síntese, foi isso que aconteceu nesta noite de 25 deste mês de agosto que não acaba nunca, e que agora nos ‘brinda’ com uma chuva intensa e constante.

A rigor, o Grêmio ainda pode classificar-se à fase semifinal, mas se jogando metade da partida com um jogador a menos, e levou quatro, as chances de devolver o placar são zero.

Espero que Felipão e a direção limitem-se à árdua missão de tirar o clube da zona de rebaixamento o quanto antes. Este é o principal objetivo a partir desse balde de água fria jogado sobre todos os gremistas.

No duelo Portaluppi x Scolari, ganhou o ‘entregador de camiseta’, que aproveitou o intervalo para dar nova cara ao seu time, marcando um gol logo nos primeiros minutos do segundo tempo, depois de uma forte pressão inicial.

Uma pressão que se esperava do Grêmio. Mas Felipão manteve sua estratégia de primeiro garantir o empate e depois buscar um golzinho, quando o mais lógico seria iniciar avassalador no segundo tempo.

Que se posicionou assim foi o Flamengo de Renato Postaluppi, como era previsto. Renato nunca jogou esperando o adversário, sempre foi propositivo, e até chamado por alguns de ‘técnico faceiro’. Pois é.

Teria muito o que falar sobre o jogo, mas o principal mesmo foi o nó que Renato deu no Felipão.

Tem mais um aspecto que está passando livre nas redes sociais. Vanderson precisa tomar maracujina. Está muito nervosinho o guri. Ele participou de dois entreveros como protagonista, e acabou expulso no final.

Sobre o estreante Campaz, a mim ficou claro que se trata de um jogador diferenciado. Entrosado e adaptado, vai ser muito útil na briga contra o rebaixamento. O mesmo vale para Villasanti.

Por fim, o que me deixou muito irritado foi ver Diego Souza entrando na metade do segundo para jogar como meia, buscando o jogo, deixando a área para Borja.

Não, Felipão. Não. Diego Souza só pode jogar no espaço de um quitinete, ou no máximo um apartamento de dois quartos. Ele não é mais guri para jogar numa área maior. Hoje, ele é um matador, frio e cruel, mas ali no espaço dele.

Felipão parece não saber disso.

Que ano, que ano…

Grêmio encorpado para duelo contra o Flamengo do ídolo Renato Portaluppi

O Grêmio vai encorpado como nunca até agora nesta temporada. Pela primeira vez Felipão tem praticamente todo grupo à disposição.

Bom para o técnico que terá opções de qualidade para começar o jogo contra o Flamengo, e também no banco de reservas para eventuais alterações.

Confesso que essa situação me deixa confiante numa vitória sobre o time do grande ídolo Renato, que, de tão emocionado, pode se atrapalhar na hora de escalar e definir o esquema para esse duelo histórico contra os cariocas.

É claro que Renato não vai se abalar com essa história. A emoção nesse caso vai durar até o árbitro apitar o início do jogo. Depois é cada um por si: Felipão x Renato.

E nós mais uma vez de fora do espetáculo, porque o governador, que anda sorridente saracoteando pelo país, vetou público no grande jogo. Aglomero seletivo: vale em alguns casos, em outros não.

ESCALAÇÃO

Bem, vamos ao time, que deverá ser este:

Gabriel Chapecó;

Vanderson, Geromel, Kannemann e Rafinha (qualquer outro será intolerável);

Tiago SANTOS, Lucas Silva e Villasanti;

Douglas Costa, Borja e Alisson;

No banco, reserva de luxo para entrar e fazer o seu no segundo tempo, Diego Costa. Além de, talvez, Campaz e Ferreirinha

Três pontos e a volta em alto estilo do matador Diego Souza

Quando vi Diego Souza entre os relacionados para o jogo desta noite contra o Bahia, respirei aliviado. “Se a coisa ficar encardida é só colocar o Diego no segundo tempo que um gol ele faz”. E não deu outra, com a diferença que Borja já havia feito marcado e encaminhava o time para somar mais 3 robustos pontos.

O gol de Diego Souza, nos acréscimos, ratificou a vitória por 2 a 0 e jogou um balde de água fria no adversário, que busca o empate, pretensão que o veterano matador gremista, que uns juvenilistas radicais (repitam comigo: não importa a idade, e sim o futebol que se está jogando) gostariam de mandar para longe da Arena.

Sou fã de carteirinha do DS justamente porque ele quando recebe uma bola, mesmo em condições precárias, sempre faz uma jogada. Foi assim que ele, ao receber um passe de Lucas Silva, conseguiu se desvencilhar de três marcadores em curto espaço, deixando dois caídos, e desviando com categoria, força e agilidade para fazer o gol tranquilizador.

Nesse lance, apareceu na origem, no meio e no toque final o talento que está aflorando no meio de campo: Lucas Silva. Que partida espetacular! O ‘espetacular’ é por minha conta, até porque sou que estou escrevendo, concordem ou não.

Faço muita questão de destacar o LS porque durante o jogo, em alguns grupos de whats só lia críticas ao jogador, que desde o primeiro tempo teve uma atuação que me deixou entusiasmado. Era pau e pau no LS. Mas o pessoal, muitas vezes, por preconceito ou por não aceitar que uma vez na vida, que seja, um jogador que se critica possa jogar bem.

Se continuar jogando assim (soube que Felipão gosta muito dele) Lucas Silva vai brigar para ser titular. Vai concorrer com o Villasanti, que jogou bem e mostrou potencial para evoluir bastante.

A boa notícia é que Douglas Costa está, aos poucos, começando a jogar o futebol que dele se espera. Quem sabe esse futebol não aparece contra o Flamengo no meio da semana, pela CB?

No mais, destaque para o setor defensivo, compacto e firme, permitindo poucos situações de gol do Bahia.

Agora, o Grêmio ainda precisa melhorar para fugir da Z-4. Os sinais, agora, são de que Luiz Felipe Scolari está acertando a mão. Além da vitória, a boa notícia é que o time começa a ganhar corpo, apesar do primeiro tempo horrível que apresentou.

Ah, pelo que vi do Borja, Diego Souza será titular em breve.

Time ‘campeão’ de desfalques busca pontuar contra o Bahia

Não acompanho os outros integrantes do Brasileiro, mas duvido que tenha algum com mais problema de desfalques que o Grêmio. Ontem, li que o São Paulo seria líder em jogar desfalcado por motivos de lesão, doença, apreço ao chinelinho ou alguma questão disciplinar. Pode ser, mas é briga feia.

Quando o time começa a embalar para afastar-se mais da lanterna e respirar na competição, eis que mais uma vez o técnico Felipão não poderá contar jogadores importantes, a começar pelo principal deles, Maicon, que infelizmente talvez nem jogue mais (batendo na madeira, toc-toc-toc).

Nunca pensei que eu faria isso, mas estou lamentando a ausência de Alisson, lesionado. Ocorre, tirando o preconceito, ele tem sido um dos poucos que se salva nos últimos jogos. Além de combativo como sempre, pelo menos três gols saíram de joga construída por ele.

E a preocupação aumenta porque as opções são Léo Pereira e Luiz Fernando. Não são maus jogadores, mas não podem ser solução. São jogadores tipo “agora vai”, mas que nunca decolam. Se eu tivesse que escolher um para jogar na frente com Borja e Douglas Costa eu ficaria com LF. Vejo mais potencial nele do que em LP.

Mas os dois só fazem aumentar a saudade de Ferreirinha, que está sendo preparado para voltar contra o Flamengo.

Outros desfalques importantes, eu diria fundamentais para começar a decolagem, são Vanderson e Tiago Santos. Ambos lesionados. Será que o SP nos ganha nesse quesito?

Não duvido que Felipão poupe um dos zagueiros, elevando o número de titulares que ficam de fora.

Bem, tudo indica que o Grêmio vai enfrentar o Bahia, neste sábado, 19h, com esse time:

Chapecó; Rafinha, Geromel, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique, Lucas Silva; Douglas Costa, Villasanti e Luiz Fernando (Léo Pereira); Borja.

Acho que dá pra ganhar. Com sofrimento, claro.

AUSÊNCIA

Agradecendo mais uma vez as palavras de conforto dos amigos pelo falecimento da minha sogra, uma guerreira, que muito jovem deixou o Vale do Taquari, na década de 50, para colonizar com seu marido, Urbano Wildner, o oeste catarinense, mais especificamente a região de Saudades.

É isso, vida que segue.

Grêmio cai nos acréscimos: ‘Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais…’

Parece conto de pescador, mas é verdade: quando sentei para escrever sobre o jogo contra o São Paulo, estava convencido de que o Grêmio tinha deixado o Morumbi com um ponto.

Ocorre que eu saí de frente da TV no começo da prorrogação para tratar de uma questão doméstica. Resultado: não vi o segundo gol dos paulistas. Um gol, aliás, que fez justiça ao adversário, que criou sete situações claras de gol, contra duas do Grêmio.

Então, como eu ia dizendo, estava preparado para falar sobre um empate, quando deparei com a manchete de um site dizendo que o Grêmio havia sido derrotado nos acréscimos, afundando ainda mais no Brasileiro.

Por falar nisso, a segundona está chamando. Os sinais são muito claros, como diz a canção de Alceu Valença no refrão:

“Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais”.

Vejam o que falei para os meus botões quando o SP, no finalzinho, acertou uma bola na trave esquerda, bola que só não entrou porque eu, Chapecó e toda a torcida do Grêmio (refiro-me as gremistas, não aos ‘tesistas’) a tiramos com a força dos nossos olhos assustados.

Aí, eu falei para o meu filho mais velho, que sofria comigo:

“Uma bola como essa quando entra nos acréscimos é sinal de que o time vai cair, mas quando ela bate e volta é sinal de que a salvação virá”.

O que dizer agora? Essa bola não entrou, mas logo viria outra que acabou na rede, sinalizando que Jesus está chamando.

Eu só vejo um jeito de o Grêmio não cair: que esses dois contratados (não escrevo reforços porque não sei se eles realmente vão reforçar e qualificar o time) joguem tudo aquilo que deles esperam aqueles que os conhecem.

Não é o meu caso. Nada sei sobre eles. O que eu sei é que a maioria dos estrangeiros que o Grêmio contrata não dão uma resposta à altura do investimento. A lista é grande.

É importante também, para que o time fique turbinado, é que Douglas Costa jogue bem mais do que vem jogando. Por enquanto, não sei se ele está melhor que o Alisson, por exemplo.

Melhor que o Jean Pyerre, sim, está. JP é um caso perdido. Até o comentarista da TV flagrou: JP raramente pisa na área. E quando fica frente a frente com o marcador, num lance de drible, ele recua, e mata um ataque.

Ou JP está escondendo o jogo para que o Grêmio o negocie por um valor baixo, ou ele já chegou ao seu limite e nós não queremos aceitar ou entender.

Bem, os sinais estão aí, cada um que os interprete como quiser.

Grêmio vira contra a Chapecoense e volta a respirar

Quando a Chapecoense fez 1 a 0 aos 5 minutos e logo após acertou uma bola na trave para depois Gabriel Chapecó salvar num misto de arrojo, reflexo e agilidade, perguntei aos meus botões: “O que nos restará se não vencermos esse jogo?”.

Pensei: só nos restaria trabalhar para fazer uma campanha minimamente digna, porque o rebaixamento seria inevitável, restando a cada rodada frases como “faltam tantos pontos” e “hoje é preciso vencer para afastar o fantasma da segundona”, e por aí vai.

Mas, talvez por intervenção divina, eis que Alisson, que divide com Bruno Cortez as pedras destinadas à “Geni”, acertou um chute forte no canto direito, sem chance para o goleiro.

O empate deu mais moral para o time gremista, que já vinha crescendo no jogo, de forma atabalhoada, é verdade, mas crescia e dominava o adversário, sem no entanto refletir esse domínio em situações de gol.

O gol da vitória saiu de um cruzamento de Alisson (melhor figura em campo) para o estreante Borja, que sofreu pênalti. Borja, de atuação discreta, natural para quem chegou há poucos dias, cobrou com categoria, bola num canto, goleiro no outro.

Mais uma vez o time jogou um futebol pobre tecnicamente, e só melhorou realmente quando Maicon entrou no lugar de JP, e em poucos minutos deu uma nova cara ao time.

A vitória veio em muito boa hora, mas o time precisa evoluir muito ainda para se tornar confiável. Agora, com a volta de jogadores que estavam no DM e as contratações que estão sendo especuladas, Felipão terá condições de armar um time capaz de sair do grupo de risco.

Por enquanto, o Grêmio segue como forte candidato ao rebaixamento. Por incrível que isso pareça.

Vale tudo: gremista torcendo pelo Inter contra o Fla por causa do Renato

O futebol por vezes lembra uma canção em que Tim Maia cantava “… vale tuuuudo, só não vale dançar homem com homem e mulher com mulher”.

A frase, do tempo em que as pessoas não ficavam ao lado dos corruptos de carteirinha, está mais do que superada. Está tudo liberado.

Se a expressão não vale para o sexo, hoje com mais de uma dezena de variações, vale para a política (que mais parece um bordel de beira de estrada) e até para o futebol.

Nos meus mais de 30 anos de atuação como cronista esportivo, já vi de tudo, até cartaz alertando que “é proibido chupar p. no vestiário”. Desconfio que essa proibição esteja superada atualmente, sei lá!

Neste domingo, veremos uma situação maluca, que remete para o vale tudo do inesquecível Tim. O palco será o Maracanã.

Não sei de vocês, mas às 18h15 estarei diante da TV para assistir um duelo que vai mexer com gremistas e colorados.

Flamenguistas não. Eles não entendem porque eles não torcem por suas teses. Se entregam à paixão. E são felizes. É coisa de gaúcho mesmo, mais especificamente de gremistas e colorados.

Vejam só a sinuca em que se meteram os gremistas: a maioria – os normais e lúcidos – vai torcer pelo Flamengo, querem ver o Inter levar uma surra, talvez os mesmos 5 a 1 aqueles.

Mas tem uma parcela pequena, mas ruidosa, insisto, que quer torcer pelo Flamengo, mas não tanto, porque na casamata estará Renato Portaluppi, que essa turma, ajudou a ir embora, secando o técnico/estátua desde sua chegada.

Claro que foi de forma discreta no início, quando o Grêmio passou a jogar o melhor futebol do país, mas aos poucos eles foram saindo do armário para fustigar e atacar Renato, atribuindo a ele todos os males do clube de dois anos para cá. E não importa que ele hoje seja técnico do melhor time do Brasil e vem acumulando goleadas.

Vai ser divertido ver o que sairá nas redes sociais. Tenho curiosidade em ler essa minoria que não lota uma kombi analisando o jogo e seu resultado. Vai dar de tudo.

Se o Inter vencer esse torcedores irão comemorar? Acho que sim, talvez com um certo constrangimento, porque ficará ratificado de novo que realmente existe essa espécie de torcedor, e não apenas os do Grêmio, que torcem mesmo é por suas teses, ou por isso ou por aquilo.

Bem, neste domingo dedicado aos pais vou ficar firme diante da TV torcendo pelo Flamengo, que será o Grêmio por 90 minutos. Ao menos para mim.

CHAPECOENSE

Percebo que há mais expectativa em torno desse jogo no Maracanã do que o confronto desta segunda contra a Chapecoense.

Acho que isso acontece por causa do momento assustador que vivemos. Mais uma vez o time entra em campo sob pressão. De novo precisa porque precisa vencer.

Se não somar três pontos em casa contra o lanterna…

FERREIRA

Ele anda afastado dos treinos, é o que se diz. Largou o Grêmio de mão. Mas o Grêmio não pode largar esse ativo. Hoje eu vejo esse guri como se olha um cheque de milhões de euros. Isto é o que ele representa.

E não se rasga dinheiro.

O que não pode é o clube ceder à essa pressão do jogador e seu empresário.

Grêmio joga pro gasto e confirma classificação

Texto: Copião de Tudo

Tudo bem que o pênalti e a expulsão facilitaram nosso jogo, pois o Grêmio iniciou com dificuldades de sair da marcação alta imposta pelo Vitória, mas um pênalti bizarro do volante João Pedro estragou a tática de pressão baiana que teve o seu jogador expulso, corretamente, facilitando e muito a vida do Grêmio que já era fácil pelo placar folgado no 1º jogo na Bahia.

O goleiro Lucas Arcanjo salvou o Vitória de levar uma goleada, pois o Grêmio assumiu as rédeas do jogo criando cinco chances claríssimas de gol. Mas Ricardinho pareceu o Jonas de 2010 perdendo dois gols claros de novo e isso prova que Borja foi um acerto à pedido de Felipão, e temos ainda o DS que cheira a gols quando está magro.

JP foi o destaque do jogo, mas só acordou após a expulsão do volante que cometeu o pênalti muito bem cobrado por ele por sinal, e cresceu no jogo, mas o adversário era o Vitória com sete reservas, um jogador a menos e a pressão de começar uma decisão depois de um 3 a 0.

Felipão começou com LS, Darlan e JP no meio no 4.3.3, fazendo o TS entrar no 2º tempo para pegar ritmo no lugar do apenas esforçado Darlan que perdeu alguns passes e combate no corpo a corpo, e terminou o jogo no 3.5.2 com entradas do Rodrigues e GG tirando Vanderson e Cortêz, além do fraco Jonathan Robert no lugar de Léo Pereira que nada acrescentou, e LF que entrou e jogou pouco mais que Álisson, a quem substituiu.

Classificação para as quartas da CB foi garantida sem sustos, mas o adversário foi fraco demais, não exigindo nada do goleiro Chapecó, um mero expectador do jogo mesmo que os baianos tenham tentado alguma coisa através de uma pressão no 1º tempo, nada mais que isso.

Acho que Felipão tendo os retornos de Brenno, Rafinha, Kannemann, TS, DC, com os reforços de Borja e um Lateral esquerdo “decente” além de um meia articulador, vai decolar com o time no Brasileirão, pois JP é lento e lerdo demais. Joga apenas troteando com passos largos e atrasa demais o jogo.