Quando a Chapecoense fez 1 a 0 aos 5 minutos e logo após acertou uma bola na trave para depois Gabriel Chapecó salvar num misto de arrojo, reflexo e agilidade, perguntei aos meus botões: “O que nos restará se não vencermos esse jogo?”.
Pensei: só nos restaria trabalhar para fazer uma campanha minimamente digna, porque o rebaixamento seria inevitável, restando a cada rodada frases como “faltam tantos pontos” e “hoje é preciso vencer para afastar o fantasma da segundona”, e por aí vai.
Mas, talvez por intervenção divina, eis que Alisson, que divide com Bruno Cortez as pedras destinadas à “Geni”, acertou um chute forte no canto direito, sem chance para o goleiro.
O empate deu mais moral para o time gremista, que já vinha crescendo no jogo, de forma atabalhoada, é verdade, mas crescia e dominava o adversário, sem no entanto refletir esse domínio em situações de gol.
O gol da vitória saiu de um cruzamento de Alisson (melhor figura em campo) para o estreante Borja, que sofreu pênalti. Borja, de atuação discreta, natural para quem chegou há poucos dias, cobrou com categoria, bola num canto, goleiro no outro.
Mais uma vez o time jogou um futebol pobre tecnicamente, e só melhorou realmente quando Maicon entrou no lugar de JP, e em poucos minutos deu uma nova cara ao time.
A vitória veio em muito boa hora, mas o time precisa evoluir muito ainda para se tornar confiável. Agora, com a volta de jogadores que estavam no DM e as contratações que estão sendo especuladas, Felipão terá condições de armar um time capaz de sair do grupo de risco.
Por enquanto, o Grêmio segue como forte candidato ao rebaixamento. Por incrível que isso pareça.