Depois de longo tempo os deuses do futebol voltaram a olhar para o Grêmio. O empate no final, minutos depois de levar o segundo gol do Cuiabá, decretando mais uma derrota perante sua torcida, foi como um bálsamo.
Mesmo sozinho diante da TV, não comemorei o empate de 2 a 2 por puro constrangimento. No fundo, a vontade que eu tive foi de gritar e pular, mas me contive.
Na hora vi no gol que garantiu um pontinho um sinal dos deuses do futebol, que nos abandonaram desde que a direção foi atrás da “porcaria” das redes sociais, como diria o presidente Romildo Bolzan, e decidiu livrar-se do multicampeão Renato Portaluppi.
Um claro desafio aos deuses, que já andavam meio distraídos em relação Grêmio, deixando o clube jogado à sua própria sorte.
O resultado é que hoje o Grêmio padece para sair da zona de rebaixamento, onde está desde as primeiras rodadas. Mais um pouco e o clube finca raízes.
Assim como o jogo contra o Sport, também na Arena, a expectativa diante do ‘poderoso’ Cuiabá era de vitória para engrenar uma série de resultados positivos para deixar de vez o porão da segundona.
A torcida está impaciente, irritadiça. A derrota diante do Sport foi duro de engolir. Assim, outra derrota em casa seria inaceitável, resultado para derrubar dirigentes e comissão técnica. “Atitude”, dizia uma faixa trazida por torcedores.
Eu penso que não falta atitude, não falta empenho. O que falta mesmo é qualidade. O time corre, morde o calcanhar do adversário, não desiste. Mas não ganha.
Nesta noite, na Arena, mais uma vez o time se esforçou, e por momentos até jogou bem. No segundo tempo dominou completamente.
Mas o que se vai fazer quando o Churin erra uma cabeceada (que seria sua principal ou única virtude) na pequena área, ou quando a bola passa duas vezes rasante a um metro da risca do gol e o centroavante não está lá para mandar pra dentro?
E o que se pode fazer se o adversário (vale para o Sport e o Cuiabá), cria três ou quatro situações de gol, e consegue praticamente 100% de aproveitamento?
A resposta para superar a fase é simples: trabalhar e esperar que a torcida dê uma trégua, que passe a cobrar, e aí duramente, da direção quando houver uma definição para o bem ou para o mal. A direção, ao final de tudo, precisa prestar contas e pagar pela situação vergonhosa em que colocou seus milhões de torcedores.
Fora isso, é torcer para que os deuses do futebol passem a jogar mais pelo Grêmio. A amostra foi alentadora. Eu já me conformava com a derrota quando Alisson, recebendo a bola de Rafinha (como no primeiro gol), e mandou para a rede.
Alisson, o anjo caído, foi erguido e ungido pelos deuses do futebol, para aliviar a tensão e sinalizar que nem tudo está perdido.
Alisson, o herói da noite, respondeu com gols e raça aos seus críticos sistemáticos, e aos que o vaiaram na Arena.
Se Alisson fez dois gols num só jogo, não há limites para o Grêmio. Eu acredito!
PRÊMIO PRESS
Segue a votação.
Nós (o blog é meu e dos comentaristas inscritos, sim, vocês também são culpados) estamos entre os cinco mais votados na categoria Jornalista de Internet (10).
www.revistapress.com.br/premiopress